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JOSHUA


— Cara, preste atenção. — eu repreendo, rapidamente arrancando a barra das mãos trêmulas de Krys quando ele parece que está prestes a se sufocar com ela. — O que diabos você está olhando?

— Nada — ele murmura, inclinando a cabeça para trás no banco para me olhar de cabeça para baixo. — A vista é muito boa daqui, no entanto.

Eu levanto uma sobrancelha e levanto a barra de volta ao suporte, andando em volta dele para pegar minha garrafa de água do chão. Eu tomo um gole e ele se esforça para se sentar, apoiando os cotovelos nas coxas para baixar a cabeça entre as mãos.

— Vocês fazem isso todos os dias? — Ele pergunta, estremecendo enquanto esfrega os músculos doloridos. — Dói.

Eu rio e jogo uma bebida para ele, ainda me divertindo com seu short rosa choque e tiara combinando. Ele apareceu em casa no momento em que eu e Noah saíamos para a academia de sua irmã, disse que queria que o levássemos para casa para se trocar para que ele pudesse ir junto e brincar com os meninos grandes, como ele disse. Não conheço o cara muito bem, mas tenho quase certeza de que a coisa mais pesada que ele já levantou foi a coxa para raspar suas esqueléticas coxas de galinha no chuveiro.

Noah termina sua seção e se senta para limpar o suor da testa com sua camiseta, sorrindo para si mesmo quando vê os olhos de Krys em seu abdômen. Krys arrasta o lábio inferior para fora entre os dentes e eu inclino minha cabeça para ele, saltando meus olhos entre os dois meninos que parecem não conseguir tirar os olhos um do outro.

— Vocês dois estão fodendo? — Noah engasga com sua água e Krys cora como uma freira, me dizendo tudo que preciso saber.

O menino não é uma freira de merda, e parece que meu primo sabe disso.

— Cara, você vai calar a boca? — Noah sussurra, olhando rapidamente ao redor para verificar se ninguém me ouviu.

— Desculpa.— Ele me encara e eu sorrio, franzindo a testa quando ele engole e esfrega a mão sobre a boca.

— josh, ouça-

— Não faça isso.

— Fazer o quê?

— Explicar-se para mim como se fosse algo que precisa de uma explicação.— digo simplesmente, revirando os olhos quando ele me encara como se eu tivesse crescido duas cabeças. — Eu sei o que é porra, Noah. Eu faço isso o tempo todo.

— Isso é diferente.

— Por que é diferente?

Ele suspira e olha para Krys, sorrindo um pouco quando percebe o olhar em seu rosto. É um alívio, mas não é o tipo que eu esperava. Ele não está aliviado por eu não ter porra nenhuma para reagir ao relacionamento secreto deles, ele está aliviado por Noah não entrar em pânico e ir atrás de mim por chamar atenção indesejada para isso.

— Eu preciso de um banho.— Noah diz, me acertando com um olhar rápido que diz: mantenha a porra da boca fechada ou morre, então ele se levanta e inclina a cabeça para Krys segui-lo.

Krys pula como se seu traseiro estivesse pegando fogo e eu balanço minha cabeça para eles, decidindo recuar um pouco porque eu não sinto vontade de ouvir meu primo foder seu namorado contra a parede do banheiro.

— Quanto tempo devo esperar?

— Trinta minutos.

— Quinze — Krys chama por cima do ombro. — E isso só porque ele leva dez minutos para se preparar-

Noah dá um tapa na nuca e Krys grita, me fazendo rir. Os dois se dirigem aos vestiários no final do corredor e eu me movo para a torneira para encher minha garrafa de água, dando uma segunda olhada na porta no canto quando avisto a garota trabalhando pela janela retangular.

Seu rosto está sombreado pela escuridão e seu corpo está virado para longe de mim, mas eu sei que é ela.

Any fodida Gabrielly.

Hesito por três segundos antes de me mover, verificando rapidamente para ter certeza de que ninguém está olhando antes de eu escapar pela porta. Teardrops do Bring Me The Horizon ecoa de algum lugar e eu olho ao redor, sorrindo para mim mesmo quando vejo seu telefone conectado ao alto-falante instalado no canto. Eu sabia que ela gostava desse tipo de música, vi aquele sorrisinho sorrateiro em seu rosto quando aquela música de vampiro emo tocou em sua casa naquela noite. Pouco antes de ela me ver pela primeira vez. Logo depois que ela ajudou aquela garota de cabelo loiro a se afastar de Shivani e Sofya.

Any é boa. Muito boa para mim, mas eu não dou a mínima.

Eu a quero pra caralho. Eu fico nas sombras e me inclino contra a parede atrás dela, apreciando a maneira como seu corpinho sexy se move enquanto ela bate na bolsa pendurada no teto como se tivesse feito algo errado. Ela parece louca. Pronta para matar alguém. Sexy pra caralho.

Ela está vestindo um par de moletom camuflado preto e verde e um sutiã esportivo preto, mostrando sua barriga tonificada e aqueles pequenos ossos em seus quadris. Sua pele está quente e coberta por uma leve camada de suor, seus lindos cabelos grudando em sua testa enquanto ela coloca tudo para fora, mal parando para respirar entre os socos antes de começar tudo de novo.

Minhas mãos se contraem com o desejo de tocá-la e eu quase faço isso, quase passo à frente e agarro sua cintura para assustá-la como eu posso, mas então eu olho para seu rosto e pego as lágrimas grossas caindo sobre suas bochechas.

Porra, ela está chorando?

Minhas sobrancelhas caem no centro e meu estômago embrulha, a necessidade crescente de tomá-la em meus braços vindo de um lugar totalmente novo desta vez. Não gosto dessa expressão no rosto dela. É ainda pior do que aqueles sorrisos falsos que ela distribui como lembrancinhas. Eu a observo por mais alguns segundos enquanto tento decidir entre perguntar a ela o que há de errado ou deixá-la em paz, mas então a porta se abre e eu olho para lá, revirando os olhos quando Bailey May entra como se ele fosse o dono do mundo.

Fodido bloqueador de pau.



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ᏢᎬϘႮᎬΝᎪ ᎠᏆᎪᏴᎪ √ BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora