Capítulo 5

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P.O.V. Liz

~Algumas horas antes~

       Deixei a gravação preparada, assim que Jake abrisse o arquivo, seria transmitido no noticiário, sinto ter de me despedir assim, mas não vou arriscar arruinar o plano por sentimentalismo. Todos os programas que acessei dos computadores dele agora estão no laptop do mesmo, deu um certo trabalho transferir tudo na pressão, recebi a garantia que o sonífero deveria deixa-lo inconsciente por pelo menos 5 horas, posso ter exagerado na dose, pedirei desculpas em outro momento por roubar seu laptop e seus programas, também retrocedi as máquinas para suas configurações de fábrica, garantindo que não sobre nada, além do meu arquivo.

       Tenho pouco tempo até o horário que combinei com o FBI, quero chegar uma hora mais cedo, se algo der errado, terei tudo em mente. Puxo o celular do bolso e noto a notificação, "todos os arquivos movidos para a nuvem", assim não vão fuçar meu celular para conseguir informação de ninguém, deletei todo o restante para não haver provas e disquei um número, iniciando uma ligação.

       —Tudo de acordo com o plano. —Disse eu. —Sua parte vai começar em breve, confio em você.

       —Não se preocupe, terei tudo sob controle, você mesma vai ver quando a segunda parte começar.

       —Obrigada, me sinto mal em te pedir pra fazer isso, obrigada por me ajudar.

       —Sempre às ordens, "Garota Sem Rosto. "

      Encerrei a ligação e deletei o histórico de chamada, logo guardando o aparelho. Dou uma longa olhada em Jake, que permanece dormindo tranquilamente.

      "Me prometa que não vai se arriscar"

       "Prometo"

      I promissed

       Liar

       Não vou deixar que cheguem até ele. Mesmo que me custe caro... Eu vou te proteger.

***

       Cheguei até o local combinado, como planejei, uma hora mais cedo. Devo acrescentar à lista de delitos, que também roubei um dos casacos pretos com capuz de Jake.

       Sentei em um dos bancos de madeira, e esperei. O dia mal tinha amanhecido e fazia frio, pelo canto dos olhos pude notar alguém sentado num banco mais adiante, eram eles, só vovôs desocupados ficam sentados em praças de manhã cedo, e aquele cara não era um vovô.

       Fecho os olhos por um momento, pensando no que me vai acontecer. E sinto o sol ser coberto por uma sombra, obscurecendo minha visão, há alguém em minha frente, pisco algumas vezes para encarar a figura a minha frente.

       —Olá, Alan. —Disse eu.

       —Olá, Liz, ou deveria dizer Eliza, ou quem sabe Jake? —Perguntou ele, cético.

       —Liz está bom. —Dei um sorriso forçado.

       —Todo esse tempo foi a garotinha que "ajudava o hacker", que era o próprio hacker, e pensar que achei que ele estivesse te ameaçando, quando era o contrário.

       —Decepcionado? Quem criou expectativas onde não tinha, foi você. —Alfinetei.

       —Engraçadinha. —Desdenhou ele. Me puxando pelo braço me virou e pressionou contra o banco com as mãos nas costas. —Eliza Fairbrook, você está presa pelos crimes de roubo e vazamento de informação, descumprimento de leis de política e privacidade, ameaça, subversão contra o Estado, incitação à acesso ilegal de dados, falso testemunho, falsidade ideológica e difamação. Tudo o que disser pode e será usado contra você em um tribunal, tem o direito de permanecer em silêncio.

LIAROnde histórias criam vida. Descubra agora