Introdução: E Se?

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Lexa

A MAGA RÚNICA

Lexa era apenas uma jovem aprendiz quando conheceu os poderes arcanos que moldaram o mundo.

Sua mestre, uma feiticeira chamada Costia de Helia, era membro de uma antiga ordem cuja missão era reunir e proteger os artefatos mais perigosos de Runeterra. Certa vez, Lexa ouviu por acaso Costia falando em voz baixa com outro mago, discutindo algo chamado "Runas Globais". Mas ao notar a presença da aprendiz, Costia encerrou abruptamente a conversa, segurando firmemente o pergaminho que ficava sempre ao seu lado.

Apesar de todos os esforços da ordem, o conhecimento sobre as Runas começou a se espalhar. Poucos entendiam a importância ou o poder absoluto que elas continham, mas todos as viam como armas a serem utilizadas contra seus rivais. Lexa e Costia percorreram todos os povoados de Valoran, tentando estancar a paranoia e estimular a o autocontrole. Mas com o passar do tempo, suas missões tornaram-se cada vez mais precárias e Lexa podia sentir o crescente desespero de sua mestre. Finalmente, nos antigos territórios de Noxus onde Lexa nasceu, a primeira explosão cataclísmica irrompeu no que acabaria por ser conhecida como as Guerras Rúnicas.

Duas nações se enfrentaram e as tensões se elevaram. Costia implorou a seus líderes que se unissem no vilarejo de Khom, mas viu que esse conflito já havia escalado além de sua capacidade de mediação. Fugindo pelas colinas, ela e Lexa testemunharam horrorizadas, e em primeira mão, todo o poder destrutivo das Runas Globais.

A terra desabou, os fundamentos subterrâneos vomitavam e guinchavam, enquanto o céu parecia recuar como se estivesse mortalmente ferido. Elas olharam para o vale onde os exércitos rivais estavam e testemunharam insanidade e destruição em tão grande escala que desafiava todos os sentidos físicos. As construções, as pessoas, tudo se foi, e o oceano, que outrora rumava para o leste, passou a fluir na direção deles.

Lexa caiu de joelhos e olhou para o grande buraco aberto no mundo. Não sobrou nada. Nem mesma o vilarejo que uma vez ela chamou de lar.

A guerra declarada logo se espalhou por Runeterra. Lexa se viu obrigada a participar do conflito, a escolher um lado e a emprestar sua força mágica para a causa, mas Costia se manteve firme. As duas tinham que guiar os outros de volta à paz e rezar para que algo do mundo restasse quando tudo estivesse acabado.

Sempre que encontrava os possuidores das Runas Globais, Costia implorava por autocontrole. Muitos encontraram profunda sensatez com a ameaça da aniquilação total, e de fato, aqueles que já haviam sofrido amargamente na guerra poderiam até concordar em entregar suas Runas a ela, mas ainda assim nenhum deles desejava ser o primeiro a fazê-lo.

Com o passar do tempo, e a propagação do conflito, Lexa notou que sua mestre ficava mais distante. Enquanto Costia participava de reuniões clandestinas com grandes líderes e arquimagos, ela enviava sua aprendiz em tarefas que pareciam ter pouca importância, muitas vezes por semanas a fio. Em determinado momento, Lexa decidiu confrontá-la e, para seu horror, descobriu que Costia de Helia havia se apossada secretamente não só de uma Runa, mas de duas.

Amargurada e irritada, a maga mais velha insistiu que os mortais comuns eram como crianças imprudentes, brincando com poderes que não tinham capacidade de entender. Ela deixaria de agir como diplomata para ignorantes sedentos por poder. Ela tinha que detê-los. Lexa tentou argumentar com Costia, mas não adiantou - à sua frente estava uma mulher imperfeita, vulnerável às mesmas tentações que condenava. O fascínio das Runas havia deixado uma marca nela. Antes elas queria apenas a paz, mas agora tinha os instrumentos necessários para perpetrar o fim de todas as coisas. Lexa tinha que agir, mesmo que isso significasse destruir sua única aliada e verdadeira amiga no mundo todo.

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