Famía Uchiha

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Com as instruções que o desconhecido passou Sakura fez exatamente o que ele disse. E depois de ter caído no lameiro, xingando todo o lugar ela aprendeu uma lição: nunca peça informações a um desconhecido de dentes tortos.
Seguiu para a direção oposta, a estrada era um pouco mais estreita e a terra estava úmida, causando lama e barro nos pneus do carro. Como se já não bastasse ela ter ido para a direção contrária antes, quando viu a grande cerca de madeira e a grande porteira olhou por fora da janela atrás de uma campainha. O que obviamente não teria, já que estamos falando de fazenda e não apartamento no centro da cidade. O enorme nome estava escrito com letras maiúsculas.

FAMÍA UCHIHA!

Ela quase, quase pegou uma caneta para acrescentar o LI que faltava no família mas se conteve.

Para a sua felicidade tinha encontrado o lugar, e para sua tristeza iria ter que dormir e acordar rodeada de galinhas.

Quando viu um sino grande perto da porteira, parecendo mais sino daquelas igrejas católicas antiga do nordeste ela abriu a porta do carro e desequilibrou  exatamente onde não pensou que seria.

Caiu no enorme cocô que ela nunca viu maior de bunda no chão e ambas as mãos ao lado do corpo menos mal ou as unhas enormes e postiças iriam para o lixo, Sakura fez cara de nojo quando viu o enorme morro parecendo um vulcão em erupção de moscas a sua frente.

Jesus que a salve, nunca pensou que iria para o inferno antes mesmo de morrer.

— Que nojo.— xingou aos quatro cantos da terra levantou olhando para os lados, menos mal que não tinha ninguém e se talvez houvesse vizinho no mínimo ficaria a uns 30 km. E bufando tocou o sino desesperadamente enquanto chacoalha  a sua bota caríssima rosa choque de salto fino.

— Maldição! Era nova.—  passou a bota por uma parte da grama verde perto da porteira afim de limpar um pouco.

Quando ela levantou o olhar viu um senhor de meia idade , cabelos negros sujo de terra,camisa xadrez surrada e calça jeans gastas, ela se sentiu aliviada, ele sorriu de forma gentil e Sakura acenou com a mão entrando no carro. Fugaku abre a enorme porteira e ela passa com seu automóvel rosa pink.

— Obrigada, senhor.— Tendo certa dificuldade em passar pela estrada de barro ela acelerou mais forte.— Vamos Penélope. Não me deixe na mão agora.— arrancou, o motor roncou e finalmente saiu do lugar.

Ela já avistara a grande casa da fazenda, os matos e alguns animais por ali. Acelerou mais fundo e o carro roncou quando atolou na lama. Em que momento aquela enorme poça de água e terra surgiu na sua frente?

— Cuidado querida, choveu a noite toda. — ouviu a voz feminina falar. Sakura olhou para o céu azul, o sol ainda raiando e queimando sua pele queria entender ainda o clima tempo de Minas Gerais. Mikoto estava na porta da casa com um vestido simples azul cabelo preto numa trança longa e sorri docemente para ela.— Precisa de ajuda?

— Claro que sim. — respondeu abrindo a porta do carro e ao pisar fora atolou na lama até metade da perna tendo sua novamente preciosa bota caríssima suja de barro.

Ou seja, cocô de vaca  e lama em sua  bota favorita.

Ela choramingou se apoiando no carro para não perder o equilíbrio, Sakura vai até o porta mala com dificuldade abrindo o mesmo e sacando sua mala de rodinhas cor de rosa.
Tendo dificuldade para andar ela tenta equilibrar apoiando um dos braços no carro.
Mikoto correu até o curral onde viu seu filho mais novo passando um pente largo em um dos cavalos. Que tem o nome de Oda.

— Meu fio a visita chegou, vá ajudar a pobre moça. — o cavalo rinchou em protesto.

— Perainda mãe, num terminei aqui.

O Caipira (Sasusaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora