Picada

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O arrependimento bateu em Sakura quando ela parou diante da casa dos Uzumaki. O que era para ser uma simples visita se transformou em um verdadeiro circo quando ela avistou sete Borutos correndo de um lado para o outro. Um deles estava mergulhado na lama junto com os porcos até os joelhos, outro lançava pedras na casa de maribondos, enquanto um terceiro cavalgava uma miniatura de burro como se estivesse em uma competição de rodeio.

Sakura suspirou, segurando a sacola de caju que Mikoto pediu para ela entregar a Hinata. Ignorar os pestinhas parecia a melhor decisão no momento.

- Ei, tia! O que tem aí? – perguntou um dos Borutos, com a boca cheia de lama.

Inacreditável, um dia você é jovem e no outro já é chamada de tia pelos moleques.

- Caju – respondeu Sakura com a maior seriedade. – E essa outra coisa gosmenta aqui que se chama quiabo.

- Eca! – os garotos fizeram cara de nojo em uníssono.

- Eu também não gosto. – Sakura respondeu, achando um aliado temporário na guerra contra o quiabo. – Sua mãe tá em casa?

- Tá no quarto. Pode ir entrando. – O menino abriu a porta com um chute e voltou a correr, agora perseguido por um marimbondo furioso.

Dentro da casa, Sakura quase engasgou ao ver a bagunça. Parecia que um tornado tinha passado por ali. De repente, Karin surgiu do nada, com os olhos arregalados, analisando o caos.

- Que chiqueiro é esse? Ô, menino, traz uma vassoura aqui! – ordenou, como se estivesse em um quartel.

- De onde você surgiu?- a amiga ruiva ignorou a Haruno.

Karin pegou a vassoura e começou a varrer como se estivesse treinando para uma competição de limpeza olímpica. Ela com certeza ganharia uma medalha de ouro.

Sakura, tentando ignorar a tempestade de poeira que Karin levantava, foi até o quarto de Hinata.

- Oi, Hinata. Eu trouxe caju e quiabo. – disse, entregando as sacolas.

- Obrigada, Sakura. – respondeu Hinata, com olheiras que chegavam ao chão, segurando uma Himawari adormecida. – Você pode deitar minha cria no berço?

Sakura, meio desajeitada, pegou Himawari nos braços e a deitou no berço, fazendo um carinho em sua bochecha.

- Ela é tão fofinha – comentou Sakura, derretida. Mas quando olhou para Hinata quase gritou. – Que... que... – gaguejou, olhando para os peitos de Hinata, que estavam o triplo maiores e esguichando leite como uma fonte.

- Desculpa, às vezes acontece... – corou Hinata, tentando controlar a situação.

Sakura olhou para os próprios peitos "maracujá de gaveta" e deu um sorrisinho torto.

- Eu tenho de menos e você de mais... A vida é injusta. – brincou, enquanto Hinata tentava limpar o quarto com uma mão, equilibrando tudo com um pé, como se estivesse num show de malabares.

- A Karin está fazendo faxina na sala e cozinha. Ela é louca por limpeza. – disse Sakura, com um tom de alívio na voz.

- Obrigada. – Hinata deu um suspiro profundo.

– Mas, sério, você deveria colocar esses meninos para ajudar também!

- Eles não me ouvem... – lamentou Hinata.

Sakura saiu do quarto com uma cara determinada e, com passos firmes, foi até onde os Borutos estavam.

- Vem cá, seus pestes! Vou botar ordem nesse chiqueiro! Vamos, todos limpando e ajudando a mãe de vocês!

O Caipira (Sasusaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora