Jubileu

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Quase trinta minutos  depois Sakura finalmente havia chegado na casa de Mikoto. A fazenda era enorme sem falar que talvez tenha se perdido umas três veses caminhando em círculos por uma árvore de jaca que ela desejou parar para dormir, porém o medo de acordar com algum bicho a picando foi maior. Seus pés tinham calos maiores que seus dedos, suas pernas estavam coçando e vermelhas com bolhas por todos os lados. Talvez passou  por alguma Urtiga e Coroa-de-cristo, enfim o nome já dizia tudo né?

 Sakura olhou para as mãos e chorou, não reconhecia os próprios dedos de tão avermelhados e cheio de caroços. Ela chutou a porta da Uchiha , os modos de dama foram para o inferno.

Chutou outra vez. E chutou novamente mais forte.
 Mikoto comia goiabada com queijo de Minas quando escutou alguém querendo invadir sua casa, ela correu para pega a espingarda, olhou se tava carregada e infelizmente só tinha uma bala. Ela deveria ser certeira no maldito que queria derrubar sua porta.

 Sakura ficou tranquila quando a porta foi aberta, só não esperava sentir o cano frio de uma espingarda antiga bem na sua testa enorme, ela arregalou os olhos engolindo em seco. Mikoto avaliou a pessoa que tava do outro lado e vendo que aquilo não matava nem mosquito abaixou a arma.

— Desculpa. Moça tá perdida? Não temos quartos vagos para visitantes hoje não.

— Sou eu Mikoto.— disse fungando alto, o catarro descendo pelos lábios, Sakura lambeu e engoliu sem querer querendo quando abriu a boca para falar.

— Eu quem?

— A Sakura. — a Uchiha olhou para aqueles olhos de peixe morto e cara de cão arrependido da Haruno. Seu rosto estava vermelho e sujo de terra e esterco.

— Oh querida, você tá horrível.— Sakura lançou um olhar afiado, como se ela já não soubesse.— irei preparar algumas ervas para tirar esse fedor podre e limpar seu cabelo. E irei trazer um sabonete caseiro para a coceira.— Sakura assentiu coçando todo o corpo como um cão sarnento.

— Obrigada. — entrou na casa indo em direção ao quarto e começou a tirar a roupa.
 Aquele imbecil filho de uma boa mãe...
 Mikoto bateu na porta.

— Entra.

— Tem algumas ervas para aliviar seus pés que devem estar doendo. Veio andando? — não magina.

— Sim, nem carroça vi nesse fim do mundo. Seu filho é um ogro horrível.

— Sasuke?

— Por acaso tem outro Sasuke?— a mulher riu, Sakura bufou alto.

— Desculpa. Ele não leva muito jeito com mulheres bonitas. E aqui não se tem muito.

Sakura iria falar mas seus pés doíam demais. Mikoto passou algum óleo em seus pés para aliviar a vermelhidão e inchaço. E a deixou sozinha, Sakura lavou o cabelo com shampoo sentindo que tirou quilos de terra do couro cabeludo.
 Depois de horas para finalmente finalizar o banho ela colocou uma camisola confortável e deitou na cama com o cabelo úmido. Se sentindo limpa e fresca.

— Preciso de internet.—bufou e ligou para sua amiga.

— Amiga finalmente deu sinal de vida.— a ruiva gritou através do chiado da ligação.

— Oi Karin.

— Que voz de desgosto é essa? Não está se divertindo Hollywood? Ou Las Vegas não está tão legal como antigamente?

— Hollywood ou Las Vegas um escambau. Meus pais me mandaram para a fazenda. Aqui é o inferno melhor dizendo.

— O que?— a ruiva gargalhou.— não acredito que tio Kizashi fez isso!

O Caipira (Sasusaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora