Lugar esquecido por Deus!

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 Já não bastava ter uma conexão com quatro horas de espera, um vôo super demorado, dando total de doze horas, doze benditas horas numa viagem super cansativa, a hemorróida doendo, a enxaqueca persistindo... certo, tirando tudo aquilo e o enorme chifre na cabeça causada pela traição do ex- namorado Sakura iria sobreviver.

Mas o pior de tudo era ter que comer no aeroporto, ela se limitou a água mineral sem gás e biscoito cream cracker de sal, ela quase chorou pois sempre foi acostumada demais com o luxo, mimada era seu sobrenome desde o berço. Mas seu pai garantiu que só iria liberar todos os cartões de crédito, quando ela tomasse vergonha na cara e parasse de chorar por um marica que segundo Kizashi um homem capaz de trocar sua filhinha mimada por outra, ou melhor, outro nem se quer poderia ser chamado de homem, e claro que ela também teria que aprender ser mais humilde.

Com esse pensamento ela revirou os olhos, ela era humilde pois uma vez ajudou um cachorro a atravessar a rua , ela só não tinha culpa do pulguento ter sido atropelado logo em seguida.

 Suspirando longamente e deixando esse pensamentos de lado, a Haruno girou o mapa de cabeça para baixo, e girou outra vez olhando o verso.

— Não acredito que me perdi. — bufou por fim ao desligar o motor do carro no meio da estrada, o GPS com certeza mandou para o lugar errado. Ela observou o mapa em papel mais uma vez a sua frente e não entendeu em que maldito lugar estava que o GPS não funcionava.  

 E só então ela lembrou do aeroporto de Guarulhos , deveria ter ficado por lá, fingir que estava na casa do amigo de seu pai e depois regressar para Nova York, seu pai nunca iria saber já que aquele aeroporto parecia uma cidade de tão enorme, a fez se perder três vezes apenas dentro do banheiro feminino.

— Merda. Deveria ter ido conhecer o Egito, melhor aquele calor do inferno do que ficar perdida no meio do nada. — quando um mungido  fez presente, ela olhou para frente viu várias vacas atravessando a rua, ela revirou os olhos só o que faltava, trânsito de animais. Um rapaz usando um macacão surrado jeans e camisa xadrez e chapéu de palha com uma vara na mão, espantava as vacas.

 Árvores, matos, estrada de terra e nada mais. Isso fez sua cabeça girar.

— Vai, vai. —ele disse em seguida ver que o mesmo não a viu, então buzina forte, fazendo o homem assustar assim como as vacas que ficaram desorientadas. 

 O aeroporto de Beagá não era tão grande quanto ela imaginou, o problema foi arrumar um táxi para que deixasse ela no centro e de lá finalmente tirar seu carro da loja a qual havia ligado e comprado via telefone. Ela sempre sonhou em conhecer o Brasil, porém, nunca imaginou que fosse nessas circunstâncias.

— Eiii? — ela grita colocando a cabeça para fora da janela, esse movimento fez ela bater a testa no automóvel. As vacas correm em círculos e o homem tenta acalma-las, ainda ignorando a Haruno que até então massageia a testa dolorida.

— Oh oh, calma.— quando finalmente ele consegue que todas atravessem em segurança, o desconhecido aproxima do carro com o rosto sujo de terra fedendo a estrumo de vaca apoia um dos braços no carro.

— Tá perdida moça?—ela olha para os dentes dele meio tortos e claro, não devia ver um dentistas desde o dia que nasceu.

— Estou procurando a casa do Fugaku?— ela sorriu sem graça quando ele cospiu uma gosma preta no chão antes de coçar a barriga e responder.

— Uai, por acaso ele é o fio de dona Maria da Conceição que era casada com turrino peideiro, irmão do açougueiro que morava perto da cidade, vizinho da dona zefa?

—Oi? — ela ficou com cara de idiota, ainda olhando para ele. O mesmo olhou para a direção a frente e apontou.

— Oh, tá venu essa direção aqui, onde o vento faz a curva?— Sakura assentiu olhando para frente.— Siga reto, mais na frente vire a curva pra lá.— apontou para a direita.— depois vire a curva pra cá.—apontou para a esquerda.— Siga reto mais uma vez e vai ver na frente um grande curral com uma praca com nome Fazenda Uchiha. 

 Sakura não prestou muita atenção na informação não, olhava mais era a saliva preta que o homem cospia enquanto falava e as unhas pretas de terra apontadas na direção de Deus sabe lá onde. 

— Ah, ok. Obrigada. —ele sorriu mostrando seus dentes tortos outra vez.

— De nada moça. Tu é a da cidade grande é?

— Sim. Sou Novaiorquina. — ele riu claramente sem entender onde ficava aquilo. Suigetsu era filho caçula de sete irmãos mais velhos, ele tirou sujeira da unha com a ponta de um canivete que tirou do bolso da roupa, Sakura engoliu em seco se benzendo.

— Boa sorte, madame. — ela liga o motor do carro e ele afasta do veículo, Sakura não disse mais nada e pisou fundo querendo sair logo de toda terra e poeira, enquanto Suigetsu observa ela ir embora ele coça a bunda.

— Ihhh, acho que dei a direção errada.— ele riu.— A madame vai cai direto na lama.

Eu tenho esse plot a anos guardado!!!🤭🤭🤭 Espero que gostem dessa comédia romântica para passar o tempo e rir um pouco. Quero que seja bem estilo Mineira 🤭❤️
O que acharam???
Estou postando no Spirit também!

O Caipira (Sasusaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora