- E o que vocês conversaram exatamente? - olhei por cima do ombro para o Matt que me seguia.
- Porque anda tão curioso? Você mesmo disse que não daria em nada, porque ela seria mais uma interessada pela coroa quando descobrisse quem eu sou - franzi o cenho - E quais as chances de encontrar ela de novo?
- Mínimas, bem mínimas. - Fred passou por nós fazendo uma breve reverência para mim e indo até meu pai que andava a frente com alguns sócios.
Arregalei os olhos, quem mais poderia estar nos escutando?
Estávamos caminhando até a sala de reuniões com o Matt me fazendo perguntas que parecia sair do protocolo de segurança.
- Eu certamente não a verei mais e certamente ela não é nenhuma espiã de algum governo querendo tirar informações de mim ou simplesmente tirar a minha vida! Não se preocupe meu amigo! - bati em seu ombro.
Na última parte mais pessoas que o previsto olharam em nossa direção.
- Se quiser continuar com esse assunto, vamos deixar para outra hora. - conclui e deixando fofoqueiros curiosos - E em outro lugar.
- Já concluímos Alteza. - fez reverência ao se retirar para manter as aparências.
Deu meia volta e eu continuei meu caminho.
Na noite passada depois de ver a garota da praça tentei não pensar nela depois que o Matt disse que ela seria mais uma interessada na coroa, mais uma para a longa lista, e ele tinha razão, mas ainda assim não consegui impedir de sonhar com ela.
O sonho foi breve, envolvia seu rosto, seus lábios e os meus.
Primeira vez que me interesso em uma garota apenas por vê-la e tenho vontade de vê-la mais vezes.Devia ter pego seu número, mesmo que depois fosse crucificado pelo Matt e meu pai, mas fui crucificado pelo Robert por não ter pego.
Sempre teria as duas partes, os que apoiam e os que não apoiam. Acho que minha mãe apoiaria e assim depois meu pai e depois o Matt por causa do meu pai, ou ele ficaria com uma pulga atrás da orelha só por precaução. É o dever dele ter pulgas atrás da orelha, isso nos mantém vivos. E isso é um detalhe bem importante aliás.
No final da reunião estávamos de olho em dois engenheiros, senhora Evans e o senhor Arleie, uma argentina e um britânico.
A senhora Evans já fez alguns trabalhos para o governo e dizem que o senhor Arleie faz faz parte da linhagem direta de um dos engenheiros que ajudou a fazer o castelo de Dover, duas pessoas interessantes. Vamos construir uma grande empresa de bolsas de valores da Inglaterra sendo sócios de uma das maiores empresas de bolsas de valores em Nova York.
No final meu pai decidiria quem seria o engenheiro.
- Podemos conversar? - meu pai tocou em meu ombro.
Entramos em uma saleta cor creme do tamanho do meu quarto.
Nos sentamos em um dos sofás de frente ao piano.
- Sabe, quando tinha sua idade - ele colocou uma de suas pernas sobre o joelho - eu ia em várias reuniões com o meu pai, assim como você, e era uma chatice. - riu, já eu não sabia como reagir porque não sabia o que esperar daquela conversa, então acompanhei dando um sorriso amarelo - E sabe porque era chato? Porque eu não fazia nada além de escutar, observar e dar opiniões que ninguém levaria a sério, ele achava que assim eu estaria aprendendo - descruzou as pernas e apoiou os cotovelos nos joelhos - e estava certo, ele aprendeu assim e eu aprendi assim, e você está aprendendo dessa forma, porém sei que você tem um potencial grande demais - consertou a postura ficando ereto - e sei que pode aprender muito mais do que eu aprendi em menos tempo se você não só começar a opinar, mas tomar decisões. E quero que seja você quem bate o malhete para escolher o engenheiro.
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Memórias Reais - Eles tem muito o que contar.
RomanceApenas quem chegou até aqui sabem o que cada um passou! E agora chegou aquela hora de conhecer um pouquinho mais cada um deles! E descobrir mais uma vez que o nosso bem conhecido "Felizes para sempre" vai muito além do que conhecemos nos contos de f...