O N Z E

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- O que você está fazendo aqui? - O pai da Ana marchou na minha direção com punhos fechados.

Permaneci firme.

Tinha algumas viaturas da polícia da cidade em frente a casa e policiais que foram deixados pelo Paul depois que me viu chegando.

- Eu vou ajudar a encontrar a Ana!

- Não precisamos... - Mas foi interrompido pelo Alex que se apressou em intervir.

- Pai, sei que tudo isso está te deixando nos nervos, mas nada mais importa além de encontrarmos a Ana, toda ajuda é bem vinda!

Os ombros de Paul caíram, ele estava firme, mas os olhos vermelhos de talvez cansaço e porque esteve chorando com a Lili.

- Achamos que o Taylor esteja com ela, o apartamento dele está vazio e ninguém o vê a uma semana. - Explicou o Paul.

- Aquele desgraçado! - Xinguei.

- Se ele encostar um dedo na minha irmã, ele está morto!

- Para mim, ele já está morto. - Falei e depois mudei a atenção para um carro e uma van preta que estacionava.

- Olá, sou David Maquein - um homem de terno e gravata escuros nos estendeu a mão, quando chegou a minha vez fez uma reverência - sou da equipe de detetive contratado por sua Alteza, vim encontrar a vítima.

Paul olhou de esguelha para mim.

- Ótimo, chegaram rápido, preciso que faça seu melhor e pode contar com a minha ajuda para tudo!

- Obrigado, Alteza, podemos entrar e montar nossos equipamentos?

- Venham comigo. - Alex foi a frente e David o seguiu com outros de sua equipe, contei oito e eles levavam maletas grandes com seus equipamentos.

Paul não disse nenhuma palavra quando entrou, mas antes chamando os policiais para que também entrassem.

Quis revirar os olhos e entrei com meus guardas, dois a frente e dois atrás.

Quando cheguei os equipamentos pareciam quase todos montados, eram rápidos, David fazia algumas perguntas aos pais da Ana e ao Alex.

- Senhor, aceita alguma bebida? - Não vi Dina se aproximando então levei um rápido susto - perdão senhor!

- Você nunca me chamou de senhor.

- Mas o senhor é um príncipe! - Se explicou.

- Mas eu sou o Aspen, continuo sendo o mesmo Aspen.

Ela sorriu e continuou.

- Sabe, eu via a grande semelhança que vocês dois tinham, quer dizer, você e o príncipe, mas quem poderia imaginar que o príncipe da Inglaterra estaria na nossa sala de estar?

- Acha que é por isso que a Lili também nunca suspeitou?

- Ah, por isso e porque ela também é meio avoada como já percebeu! - Sorriu, mas não chegou aos olhos - estou preocupada com minha menininha.

- Eu também Dina, eu também. - Falei e a puxei para um abraço, ela ficou vermelha.

Sorri com isso.

- Me desculpa, por ter mentido.

- Com dinheiro você tem a mulher que quiser, sem ele você tem a mulher que te ama. Eu te entendo, Aspen. Não concordo, de forma alguma, acho que você foi uma mula, mas entendo você.

- Obrigado. A Ana foi mesmo atrás de mim?

- Sim, ela foi.

- Eu devia ter ficado, assim ela não teria saído de casa e não teria sido levada.

Memórias Reais - Eles tem muito o que contar.Onde histórias criam vida. Descubra agora