DOIS

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Aparei uma de minhas mãos no meu nariz que latejava

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Aparei uma de minhas mãos no meu nariz que latejava.

Então depois olhei para o muro que se chocou contra mim. Ele estava de olhos arregalados, percebendo o que acabara de fazer.

- Perdão, perdão!! - Falou com cuidado não sabendo se podia me tocar para tentar ajudar - vamos para a enfermaria, Sarah vai poder te ajudar! - pegou um lenço do bolso da calça e me ofereceu.

Olhei para o lenço sem conseguir esconder minha cara de nojo.

Já vi esse rapaz no palácio algumas vezes, mas não sabia quem era, não sábia de muitos empregados. Certamente ele era um deles, e não seria um rosto bonito que me impediria de colocá-lo para fora desse palácio depois do que fizera comigo. No entanto, pretendo resolver isso depois de falar com Sarah, então meio atordoada pelo sangue, a sujeira e dor latejante que fez meus olhos marejarem, deixei que o desempregado me levasse até Sarah, ele pousou as mãos nas minhas costas para me guiar já que estava difícil de pensar em qualquer coisa além de andar, tapar bem o nariz com o lenço do desempregado, piscar várias vezes para conter as lágrimas e respirar com a boca.

Ah, seu eu tivesse permissão para xingar! Ele escutaria umas boas da minha boca.

Assim que chegamos a enfermaria principal, Sarah nos vou chegando e veio ao meu atendimento.

Ela ajudou a limpar meu rosto com soro fisiológico, encheu de algodão as narina de onde expelia sangue e um pacote de gelo na ponte superior do nariz.

Apesar de tudo consegui notar a cara de dó que ela fez para o desempregado, ela sábia bem o que o aguardava.

E apesar dele também saber disso, não parecia preocupado, o que me deixou com mais raiva, porém tentava não demonstrar, e não estava preocupada no momento em o que minhas expressões queriam dizer, a dor me fazia apenas pensar nela e em respirar com uma narina e boca aberta.

Queria ter permissão para ao menos jogar o saco de gelo nele.

Então pensei no quão inferior ele era para me preocupar com isso. 

Então fechei os olhos e tentei respirar fundo, quando abri os olhos novamente, eles estavam focados em Sarah.

- Tire ele daqui - sorri para ela com serenidade - por favor.

Ela olhou para ele e entes que ela pudesse abrir a boca deu as costas e saiu fechando a porta.

Continuei olhando incrédula para a porta.

Ele não fez nenhuma reverência. Por um momento pensei em fingir demência e tacar o saco de gelo na cabeça dele.

Sarah engoliu em seco.

- Sarah, sei que não é trabalho seu, mas poderia cuidar para que nunca mais o veja o palácio?

- Sim, Alteza. - Ela fez um reverência antes de eu dar permissão para ela sair.

Memórias Reais - Eles tem muito o que contar.Onde histórias criam vida. Descubra agora