8.

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Já tinha se passado uma semana depois do incidente com os balaços, e também uma semana que Elisabeth e eu estávamos dando o maior gelo nos garotos. E estávamos andando pelos corredores a caminho da aula de Astronomia quando eu avistei os Weasley vindo na nossa direção.
 
Acho que eles ainda não notaram que estávamos ignorando deles.

– Como vamos aproveitar nosso mês? – Perguntou Lizzie sem perceber que os gêmeos estavam na nossa cola.
 
– Podíamos começar fugindo deles. – Falei apontando para os gêmeos.
 
No começo nós estávamos apenas andando e fingindo que não estávamos ouvindo seus chamados, mas depois de um tempo começamos a correr para longe sem nenhuma direção em mente.

Os garotos ficaram para trás mais confusos que um trasgo na biblioteca. Disse Elisabeth.
 
– Um trasgo? – Ri de sua fala e ao ver a cara dela percebi que na verdade ela tinha pensado isso, e não falado.

– Eu disse isso alto?

– Olha o banheiro da Murta, eles não vão nos achar aqui. – Mudei de assunto e puxei ela lá para dentro.

Não acredito que vamos perder aula por causa desses bocós. Pensou Elisabeth.

Por que será que elas estavam fugindo? Ouvi a voz de Fred e senti vontade de revirar os olhos.

– Porquinhos, porquinhos. – Disse ele, do lado de fora do banheiro.
 
– Nos deixem entrar. – Completou George e eu revirei os olhos do modo mais exagerado possível.

Eu também tenho um irmão gêmeo e mesmo assim não ficamos completando a frase um do outro.

– Sabemos que estão ai. – Disseram juntos.

– É, elas estão sim, escondidas igual dois ratinhos assustados. – Gritou a Murta saindo da privada e ela não parava de soltar aquela risada irritante.
 
Em um momento de raiva, tirei um dos meus sapatos e lancei nela, vendo-a sair chorando pelo esgoto em seguida.
 
Olhei em volta procurando meu sapato e então vi que ele tinha caído dentro da privada. Ótimo.

– Que droga! – Reclamei já pensando em como seria chato lavar aquele sapato cheio de água de privada.

– Se não saírem. – Continuou George a falar.
 
Essas antas ainda estão aqui?
 
– A gente vai entrar. – Completou Fred.
 
Já cansada daqueles dois, enviei um sorriso maligno para Elisabeth e em seguida puxei a varinha, sussurrando um “Wingardium leviosa” maroto para a meu sapato dentro da privada.

– O que vai fazer? – Elisabeth perguntou baixinho.

– Observe. – Falei, e então “joguei o sapato nos gêmeos que estavam bem na porta do banheiro.
 
Depois disso não demos muita atenção para eles, Elisabeth apenas comentou o fato do sapato ter caído dentro da privada para os gêmeos e então saímos andando para a aula de Astronomia.

                                         ...

Estávamos sentadas na grama aproveitando o tempo livre e conversando sobre bobeiras aleatórias quando os dois ruivos se aproximaram novamente.
 
– Espera aí, um momento de paz, por favor. – Disse George assim que viu Elisabeth já se preparando para correr. – O Fred tem algo a dizer.

Espero que esse algo a dizer seja um pedido de desculpas. Pensou Elisabeth.
 
– Aqui Liana, o seu sapato. – O gêmeo mais velho se aproximou de mim com cuidado e tentou por o sapato no meu pé. – Calma, eu lavei.
 
– E como secou tão rápido? – Perguntei desconfiada, aceitando que ele colocasse o sapato no meu pé.
 
– Eu sou um bruxo, se esqueceu?
 
– Difícil esquecer se você sempre anda com a sua vassoura pra cima e pra baixo. – Elisabeth olhou para George, deixando claro que a ofensa era para ele.
 
– Você é tão engraçada, Liz. – Disse George rindo para dar ênfase. Ele estava se esforçando para fazê-la gostar dele novamente, mas na verdade só tinha soado como deboche mesmo. – E o seu cabelo tá tão cheiroso hoje! Shampoo novo?

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