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Depois de obrigar Lizzie a ir comigo na parte das aranhas caramelizadas, voltamos para perto dos nossos gêmeos e dos gêmeos Weasley para ver o que eles estavam fazendo demorando tanto na sessão dos chocolates.

Elisabeth ainda estava se tremendo de medo e em seus pensamentos ela não parava de repetir “Ninguém vai descobrir”.

Eu estava me esforçando para não rir e ser uma boa amiga, mas a questão era que era hilário o desespero dela. Estava sendo muito difícil permanecer neutra.

– Calma, Elisabeth Carter. Eles não vão nos descobrir. – Disse para ela pela sexta vez só desde que tínhamos nos aproximado dos gêmeos. Antes disso, na sessão das aranhas de caramelo, eu tinha dito catorze vezes.

– É, Jackson mulher, nós estamos invisíveis aqui. – Concordou George.

– O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Carlinhos parecendo surpreso, mas nem tanto, por nos ver ali.

“Invisíveis”, não é, George? Lizzie pensou.

– Carlinhos! – Fred e George falaram um pouco alto de mais pela surpresa, mas tentaram sorrir animados, como se fosse completamente normal estarmos em Hogsmeade mesmo não tendo idade.

– Não é o que parece. – Jack tentou se explicar.

Para alguém tão inteligente, ele tem umas respostas bem burras.

– Jura? Porque parece que vocês aproveitaram a ausência da Minerva para fugir da escola, e que estão fingindo que são mais velhos, e que também aproveitaram que a professora que veio com a gente é nova, então não vai reconhecer vocês.

Touché, meu caro Carlinhos Weasley.

– Queeee? Que ideia bizarra! – Disse George se fazendo de burro.

Não burro como ele é diariamente. Mais burro.

– É, você acertou. – Respondi com um dar de ombros. Não adiantava tentar enrolar ele se estávamos bem ali, fazendo tudo que ele disse que estávamos fazendo.

E também, mesmo que ele contasse, aquela não seria a primeira detenção dos meninos. E sobre Elisabeth e eu? Bem, tem uma primeira vez para tudo. Talvez fosse até legal passar a tarde com o Snape, limpando caldeirões com líquidos corrosivos e que podem até te transformar em uma iguana.

Uma tarde mágica.

– Dana! – Fred reclamou comigo e então olhou para o irmão mais velho. – Quem dedura os irmãos tem uma vida mais curta, viu, Carlos Weasley?

Eu vou é sair daqui. Pensei comigo mesma e já dei as costas, focando nos chocolates e ignorando o diálogo que não mudaria nada na minha vida.

– Ótimo! Agora estamos na mão de outro Weasley. – Ouvi Lizzie reclamar quando Carlinhos foi embora com seu sorriso zombeteiro.

– Ele não vai contar, Jacksana. Nós, os Weasley, temos um código de honra. – Disse Fred em um tom despreocupado. – E eu conto pra mamãe que foi ele quem quebrou o conjunto de pratos de porcelana favoritos dela no Natal passado se ele dedurar a gente.

– Siga o código ou morra pelas mãos da Molly Weasley. Parece justo. – Falei e Fred  assentiu com um sorriso grande.

– Mamãe é ótima, mas não queira ver ela com raiva. Venha, eu quero te mostrar uma coisa. – Disse Fred para mim.

Ouvi alguns assobios super infantis e comentários mais infantis ainda vindos de George e Jackson quando Fred segurou meu braço, me arrastando para longe com ele.

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