Reyna [Bucky Barnes]

➪ 𝟾 - 𝙳𝚒𝚐𝚊 "𝚘𝚒" 𝚊̀ 𝚏𝚊𝚖𝚒𝚕𝚒𝚊

𝔽iquei ansiosa o caminho todo, especulei quem poderia ser mas a única pessoa que vinha na minha cabeça era meu padrasto.

A última vez que o vi foi quando estava no aeroporto de Nova Iorque, me despedindo de minha mãe, embarcando para Washington. O desgraçado ainda teve a coragem de sorrir e desejar boa sorte enquanto apertava o ombro de minha mãe, em uma cadeira de rodas.

A sala de Monica ficava no final do corredor, e cada passo que eu dava parecia que me levava mais longe. Como em um pesadelo, quando vocês nunca atinge o que quer.

Mas a diferença é que eu não quero, não quero vê-lo nunca mais.

Sam abre a porta e entra, seguido por Torres. Respiro fundo e entro na sala da diretora da SWORD. Estão todos aqui, Yelena e Blink escoradas em um canto me olham com preocupação. Bucky e Rhodes sentados no sofá olhando para nós que acabamos de chegar.

Marsh Rogan está de costas para mim, mexendo em alguma coisa na mesa de Monica, a qual o olha desconfiada. Quando ele se vira, vejo que seu rosto está extremamente velho e cansado. Apesar de ter sumido no Blip, ele parece ter envelhecido muitos anos.

- Diga "oi" à família, Reyna. - Ele diz, sorrindo e olhando para o chão.

E então ele olha para mim, e sinto meu sangue esquentar. A sala fica em silêncio e sinto os olhares em cima de mim.

- O que está fazendo aqui? - Sam pergunta atrás de mim.

Ele é o único que confiei para contar o que aconteceu, sabe quem Marsh é, e o que ele fez.

- Um belo dia eu estava vendo televisão, na minha casa... - "Minha casa", penso. - E eu vi o rosto da minha enteada, junto com alguns Vingadores. Só queria me certificar de que ela estava bem...

- O que você quer? - Pergunto.

- Não sentiu minha falta? - Meu coração parece querer pular do peito por conta da ansiedade. - Foi para o exército por anos... não visitou e nem mandou nenhuma carta. Depois de cinco anos que eu sumi, você nem veio me procurar, nem nesse ano que se passou.

Eu queria gritar com ele, mandar ele para aquele lugar, mas respirei fundo. Quero ouvir o que ele tem a dizer para decidir como vou mata-lo.

- Nós ficamos muito sentidos sem sua companhia, Reyna. Sua mãe chorava toda noite...

- Não se atreva a mencionar ela... - O meu sangue se esquenta mais ainda. - Foi você que a matou.

- Ah, ainda não superou? Eu não injetei o câncer nela. Foi você que a abandonou, a deixou para morrer na cama... eu só a ajudei.

- Você... casou com ela para ter as ações e as casas da minha família! - Levantei a voz e escutei Sam me chamando baixo, mas ignorei. - Ela morreu porque você não pagou o tratamento!