𝔼stavámos nas primeiras páginas de todo site, jornal e redes sociais. Droga.
"Três misteriosas garotas e um algemado salvaram a vida de uma garota de sete anos ao combater junto com a polícia um grupo mutante que assaltava uma loja de armas."
Ligamos a tv para ver o que tínhamos nos metido e torcemos para nossos rostos não aparecerem, mas eles apareceram. Agora, Shaw poderia saber que estamos na cidade, ele pode encerrar o plano. Estragamos tudo.
Jogo o controle da tv no chão, e saio pelo corredor do hotel, subindo até o terraço. Sinto uma dor de cabeça, e assim as lágrimas começam a cair, desesperadas por tudo que tem de errado acontecendo.
Eu perdi meus poderes, minha sanidade, meu propósito está arruinado e eu não consigo parar de pensar se deveria ter aceitado a merda psiquiátrica de Bucky.
As lágrimas param de escorrer quando chego no parapeito. Olho para baixo e vejo a rua, a metros de distância, mas ela parece me chamar. Tão longe e ao mesmo tempo tão perto.
Meu telefone toca, e o deixo tocando por bastante tempo. Seria tão mais fácil desistir de tudo e descansar. O telefone para. Shaw poderia fazer qualquer merda que quisesse e eu estaria livre. O telefone volta a tocar.
- Alô? - Respondo ao atender.
- Sai de perto da beirada. - A voz de Shaw me faz distanciar da beirada. - Isso, boa menina. Agora, vamos aos assuntos importantes?
- O que você quer?
- Ah, calma aí. Eu te ajudei quando estava desesperada, lembra? Querendo entrar no exército e com anos de negação... ah, eu amo nossa amizade. Aliás, recebeu uma visitinha, não foi? Gostou daquela fumaça negra e a sua amiguinha morta toda de branco? Foi ideia minha, e Madame amou.
Eu começo a chorar, mas não faço barulho. A última coisa que quero é ele me escutando chorar.
- O que você quer? - Pergunto novamente.
- Quero Jon, quero Sam, e você. Vamos nos reunir! Vai ser legal. Tenho novos amigos que amariam conhecer vocês. - Ele ri. - Sabe Reyna, deve ser confuso para você entender, então eu vou te explicar.
Ele começa dizendo que o exército americano não tinha direito de invadir países sem mais nem menos, enviar crianças para tratar de coisas que líderes covardes fizeram. O patriotismo era uma merda, segundo ele, erguer uma bandeira contra outro ser humano e negar abrigo era um pecado.
Todos éramos irmãos, únicos e deveríamos nos ajudar. Defender a Terra contra "ameaças" externas, de outros planetas. Os vingadores do Capitão América eram a prova de que havia falha nos sistemas: toda destruição, todo sofrimento...
- Sam pode ter escolhido o lado errado, mas sempre mudamos o que pensamos, certo?
- Você quer matar ele. Eu sei. - Eu digo.
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Reyna [Bucky Barnes]
أدب الهواةReyna é uma mutante que luta contra o seu passado depois do Blip. Bucky é um soldado cansado que deseja paz, mas sabe que vai demorar a tê-la. Os dois juntos são de uma equipe que se uniu para destruir os grandes escravistas de mutantes, e o vilão A...