ENFIM A CIDADE DA LUZ

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     - Podem abrir os olhos, mas permaneçam onde estão até sabermos quem são vocês! Afinal faz tempo que ninguém usa essa entrada e não soubemos de chamados a um bom tempo! - disse a mesma voz que vem falando com eles desde o início.

     - Meu nome é Drakan senhor, viemos avisar sobre os sequestros de jovens e novo grupamento de Mallener, fomos feitos escravos lá mas conseguimos escapar!

     - Levem esses peregrinos até o Salão do Alto Conselho e avisem o Primeiro Conselheiro, o conselho deve ouvi-los! Mas antes deem-lhes o que comer, digam que fui eu que os enviou, retornarei em dois ou três dias.

     - Sim, senhor! - responderam os lanceiros e não mais viram a pessoa que lhes dera a ordem.

     Se aquilo não era magia não saberiam mais descrever o que era, de tamanha a beleza do vale e da cidade que circulava uma construção ao centro que devia ser o Salão do Alto Conselho, pois era naquela direção que estavam sendo encaminhados.

     O Sol brilhava iluminando todo o lugar, com áreas de pomar e animais, um vilarejo de muitas pessoas, e podia se observar que eram todos trabalhadores e também guerreiros, a cidade parecia ser muito próspera e autossuficiente, e pela realidade que as pessoas viviam ao lado de fora, aquilo era sustentado por algo diferente, possivelmente magia.

     A cada passo para o interior da cidade, percebiam ser uma cidade comum, diferente da visão que se tinha logo do alto, com um brilho intenso dourado como se o material usado para construir a cidade fosse o ouro. Da entrada de Beninstar tudo reluzia, e quando não do amarelo ouro, os pontos coloridos em meio a cidade pareciam partes de um vitral! As copas das árvores em meio a cidade eram de um verde intenso e brilhante, como uma coleção de esmeraldas. A Luz intensa de Beninstar talvez se desse pelo reflexo das águas dum brilho intenso de lazulita, davam origem a cachoeira do lado externo, escorrendo pela grande formação rochosa feito um paredão que escondia e protegia o lado interno onde se encontrava o vale, chamado de Luz.

     Ao se aproximarem do centro do vale perceberam que a construção não era somente um salão, mas um complexo de salões, cozinhas, armazéns, estábulos e principalmente a casa, ou o castelo da Vila de Beninstar.

     Ainda muito confusos e em silêncio os cinco foram deixados numa sala de jantar com frutas, água e pães.

     - Sirvam-se! E logo receberão orientações de onde serão hospedados. Assim que o Alto Conselho for reunido serão chamados - disse um dos lanceiros parecendo preocupado, mas tentando ser cordial.

     - Nem posso acreditar que esse lugar existe! - diz Drakan maravilhado.

     - Nem posso acreditar que tem comida! - diz Calsiggar já de boca cheia de pão e se servindo de suco e outros alimentos da mesa.

     - Penso como você meu amigo, estou faminto! - diz Kaumur comendo uma fruta parecendo ser maçã mas de cor bem escura, quase marrom.

     O vale tinha a aparência de render diversos alimentos, alguns peculiares a exemplo do que matava a fome do wärkin. Frigiara não falava, mas comia um pão doce da cor de folhas de almeirão de tão escuro era o verde, achava estranho, mas saboroso.

     Já Drakan e Nariza mesmo famintos estavam mais ansiosos em relatar ao responsáveis por Beninstar sobre tudo que viram em Mallener e a ajuda que Menendór havia lhes dado.

     Após descansarem um pouco logo depois da refeição, Calsiggar, Frigiara e Kaumur foram levados as suas acomodações enquanto Drakan e Nariza seriam apresentados ao Alto Conselho.

     O local das reuniões no Salão do Alto Conselho, era uma sala simples, sem luxos ou objetos que ostentassem grandezas materiais. Apenas existiam seis cadeiras em um semicírculo de madeira, uma espécie de mesa, onde três homens e três mulheres, dentre eles o casal real, já estavam a espera dos até então forasteiros.

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