VAMOS TODOS RUMO AO UMBRAL

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     O Sol nasce forte enquanto Drakan e Nariza já estão preocupados se despistaram os rastreadores em definitivo ou se ainda estão sendo seguidos.

     Sem armas, sem cavalos e longe de onde era o plano original, apenas vagam pela floresta em busca de frutos ao menos para se manterem vivos o que parece ser difícil segundo as circunstâncias.

     Se não os rastreadores de Mallener, poderiam ser ladrões na floresta ou uma matilha de lobos seus algozes.

     Em Mallener, Koriól e Terjëin já iniciam a cavalgada até vila Najahoss para o sequestro de Barcci a mando de Serine. Koriól vai totalmente contrariado e Terjëin odeia a ideia de trazerem sua irmã para o Castelo Negro, embora ele esteja dividido sobre o que sente por Mallener, não quer sua irmã como mineradora prisioneira caso não seja aprovada para fazer parte dos soldados.

     Onze dias se passam, Drakan e Nariza tem sobrevivido a Floresta da Eterna Noite e andado rumo ao Oeste, mesmo estando fora do trajeto que Menendór havia os instruído, andar para o Oeste os colocaria o mais próximo das Montanhas de Maynir e do desfiladeiro que precisam atravessar.
    
     Koriól  e Terjëin estão acampados perto de Najahoss e começam planejar como farão para tirar a menina de lá sem despertar problemas, afinal Terjëin e Drakan já haviam sumido a mais ou menos seis meses e não se sabia qual era a ideia  que se formou desse desaparecimento misterioso. Não revelar as ações e localização de Mallener era tudo que importava!

     Drakan percebe um pequeno descampado na floresta cem ou cento e cinquenta metros logo a frente, com uma pequena cabana, que pela distância que estão, parece abandonada, possivelmente usada por caçadores de algum lugar mais ao Norte talvez.

       Chegaram perto cuidadosamente, checando todo o local, afinal poderiam encontrar justamente os rastreadores de Mallener que estavam em seu encalço. Nariza adentra o lugar e vê tudo vazio, se vira para Drakan com os olhos doces e diz:

     - Camas!

     Após dias dormindo no chão, camas para passar a noite são como canto de pássaros e perfume de flores.

     - Uma noite confortável ao menos - Drakan ri e se joga em uma delas para relaxar seu corpo moído de canseira.

     A cabana apesar de vazia, parecia ter sido usada a poucos dias o que gerava certa apreensão pois no canto da lareira tinha carvão que parecia recente ainda, talvez três ou quatro dias, como não tinha nada de alimentos puderam supor que os indivíduos que estavam ali alojados partiram em viajem.

     Longe dali, quase ao limite Sul da floresta Terjëin e Koriól espreitam a casa Najahoss e tentam a melhor forma de capturar Barcci.

     - Você é irmão dela, se apresente e a traga logo e vamos embora! - diz Koriól já ansioso e impaciente.     

     Terjëin olha para ele, retorce a face vira os olhos em sinal de desdém:

     - Você é idiota? - pergunta Terjëin.

     - Seria mais fácil dizer logo:
     - Oi, viemos te levar pra Mallener e vamos deixar um mapa para o Barador ir te visitar! - diz chacoalhando a cabeça de um lado para outro.

     - Faça logo como tiver que fazer! Ou farei do meu jeito, seu imbecil! Só quero retornar logo! - diz Koriól.

     - Não quero ficar fora de Mallener mais que o necessário - fala isso com uma voz estranha.

      - Saudades de Serine? - diz Terjëin zombando de Koriól, que logo lhe dá um tabefe na cabeça.

     - Ande logo, não me importa como, apenas traga a fedelha pra irmos embora! - diz isso e retorna a um abrigo de caça que estão seus mantimento e coisas de viajem.

Em Busca da Cidade da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora