SACRIFÍCIO DE MENENDÓR

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     Os planos de Menendór em enviar os jovens a Beninstar está prestes a conclusão, contará apenas com a sorte deles no caminho.

     Koriól tem acompanhado de perto os novos arqueiros e a comandante Serine embora com raiva da artimanha de Terjëin sobre a prova da caçada, tem se satisfeito e visto o rapaz com bons olhos, sem falar de Dorien que ela não deixa transparecer mas o quer muito bem, até já havia o presenteado com um punhal.

     Com o retorno de Vullkar para um ou dois dias a frente, um mensageiro chega em aviso, na mensagem pede que seja feito um relatório de todo trabalho nas minas, e o progresso com o engenho dos ausors, para que o andamento do plano contra Beninstar seja colocado em prática sua fase final.

     Ao término dessa leitura Serine convoca todo grupamento, tanto antigos e novos soldados de Mallener para dar a notícia. Juntar todos para noticiar boas novas levanta o moral e fortalece o comprometimento dos soldados, e Serine sabia bem disso.

     Depois desse informe ela aproveita Terjëin que está se dirigindo a uma guarita ao Leste, repassa a missão a outro soldado e manda que Terjëin a acompanhe até a mina, queria um relatório direto de Menendór, o encarregado dos trabalhos de mineração, assim como estipulado na mensagem enviada por Vullkar.

     Na mina Menendór passa as prováveis últimas instruções a Drakan e Nariza.

     - Sigam o máximo que conseguirem enquanto é dia e se abriguem a noite, serão quase vinte e dois dias até o Umbral... - ao falar do Umbral é surpreendido por uma voz na entrada do túnel, era Serine!

     - A que umbral se refere meu amigo? - diz Serine surpresa em ver Menendór e os dois jovens falando com certeza do Umbral do Pântano de Shir.

     - O que esses dois fazem aqui ao invez de minerar? O que está acontecendo aqui? - reclama ela entendendo se tratar de uma traíção.

     - Saiam já! Fujam! Não se esqueçam das instruções! Avisem Beninstar sobre Mallener! Tragam os Defensores, vão! - grita Menendór já desembainhando sua espada!

     - Prendam-nos, não os deixe escapar, vivos ou mortos não importa avisem os sentinelas das muralhas! - grita a comandante de forma raivosa, e ataca Menendór que se defende a agarrando!

     Um outro soldado grita em aviso aos Sentinelas que ficam a postos mirando arcos e bestas para entrada da mina. Os jovens são barrados por outros soldados. Os mineradores entram em pânico mas se percebem em vantagem com os soldados todos concentrados na fuga de Drakan e Nariza e começam a gritar em certa alegria, mas dentro da mina o som excessivo começa criar focos de desmoronamento.

     Serine mesmo em combate percebe os deslizamentos e grita incessante para que parem ou serão todos soterrados, enquanto Menendór estica os olhos tentando ver se os jovens tinham atingido o túnel de saída dos ausors!

     Ao perceber que estavam encurralados pelos guardas, Menendór faz Serine de refém, com a espada em seu pescoço, força para que os soldados deixem ele e os jovens sair da mina. Serine por sua vez imobilizada gritava aos soldados que matassem Menendór e os jovens, porém sem sucesso.

     Essa era uma situação onde os soldados não colocariam a comandante e maior líder de Mallener, somente abaixo de Vullkar em risco. Os soldados se afastavam pouco a pouco e Menendór com Serine por refém e os dois jovens iam saindo da mina.

     - Abram o portão principal! Rápido! - gritava Menendór ameaçando Serine e pedindo a imunidade para ele e os jovens em atravessar a muralha e partirem em segurança.

     Os portões foram abertos e Drakan pegou cavalos para fugirem. Nariza já montada chamava pelos amigos que pareciam indecisos. Drakan avistava Terjëin e o chamava para fugirem juntos, enquanto montava um cavalo.

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