MALLENER VIVE E SE PREPARA PARA GUERRA

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     Ao saberem de Mallener, dos Supremos e do Castelo Negro, o que pensar senão que ao menos parte das histórias eram reais? Se reais, quais as partes ou eram ali apenas farsantes?

     Tanto Drakan, quanto Terjëin estavam surpresos, e possivelmente também todos os jovens prisioneiros, que assustados, tremiam com os olhares dos soldados que ainda não conseguiam definir em suas mentes quem realmente eram os soldados sob a bandeira de Mallener.

     Koriól afasta os soldados dos prisioneiros com um assobio que ao que parece era reconhecido fatalmente, o próprio Koriól parecia ser alguém de certa relevância dentre aquelas pessoas que ainda não era ao todo sabido se realmente eram alguns remanescentes de Supremos ou representação farsante de Mallener,
o inegável é que eram pessoas um tanto quanto assustadoras.

     Isso já era o bastante para que todos prisioneiros tivessem a grave incerteza de qual seria seu destino.

     - Queridos amiguinhos, inicialmente são nossos hóspedes, quero dizer prisioneiros - disse Koriól rindo, e todos os soldados também riram.

     - Os levarei aos seus aposentos, digo, ao calabouço, e logo alguém os levara algo pra comer, pão e água, presumo. É a especialidade da nossa cozinha! - diz Koriól sempre de forma sarcástica e em seguida diz com firmeza aos soldados ali presentes:

     - Levem- nos daqui e os prendam, ou tenho que fazer tudo por aqui seus imprestáveis?

     Seguido de um - sim senhor - temeroso por parte dos soldados, os prisioneiros são retirados um a um da carroça e amarrados uns nos outros em fila. Retiraram-lhes as mordaças e logo foram conduzidos para uma porta que parecia levar a um subsolo, provavelmente o calabouço de onde passariam suas noite e dias, era tudo incerto.

      Andando em passos curtos, por estarem amarrados mãos e parte das pernas, cansados pelos doze ou treze dias de viajem e sem alimentos, uma das prisioneiras cai, e por estarem todos amarrados, sua queda puxa outros consigo atrasando e atrapalhando a fila de prisioneiros.

     - Levante-se logo sua idiota, veja o que fez? Não temos tempo para gracejos por aqui! - gritou o guarda que ficou responsável em conduzi-los ao calabouço.

     - Deixe-a em paz! Estamos fracos, não fomos alimentados esses treze dias de viajem! - diz Terjëin desconsiderando o pão e água que recebiam ao cair da noite, quando Koriól parava para se esticar.

     - Deixe-a seu imbecil! - grita Terjëin em defesa da menina e recebe um soco no estômago pela afronta. Drakan vendo o ataque ao seu irmão, mesmo amarrado tenta avançar sobre o soldado que o atacou e é agarrado pelo cabelo por um outro soldado logo atrás que diz:

     - Corajoso! Será que serão escolhidos como novos soldados? Dariam ótimos Supremos! - diz envergando toda coluna de Drakan forçando-o a se ajoelhar e diz:

     - Todos de joelhos igual ao valentão aqui. AGORA!!!

     Os prisioneiros todos passam a se ajoelhar inclusive a garota que recobrou um pouco das energias.
Com o cabo da lança longa que tem em mãos, o soldado desfere um golpe em Drakan na altura do pescoço que apenas geme! E diz:

     - Mais algum valente? - os prisioneiros permanecem em silêncio. Ele golpeia novamente Drakan com mais força e pergunta com mais vigor na voz e mais alto:

     - MAIS ALGUM VALENTE AQUI?

     Entendendo que se não respondessem negando, o soldado não cessaria de espancar o novo colega, os prisioneiros respondem amedrontados e gaguejando a voz!

Em Busca da Cidade da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora