O REGRESSO DE AUTHENAR

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     Drakan e Arendat como era já costume de alguns dias foram ao pântano logo ao nascer do Sol, o conselheiro percebia algo de superior em Drakan com relação a suas habilidades de disparos, luta e esgrima.

     - Coloque a venda, lance o alvo ao ar e dispare! - disse Arendat.

     Drakan lançou o objeto, mirou, porém antes do disparo sentiu um movimento sorrateiro logo em suas costas e ao invés de disparar a besta, empunhou a espada e defendeu um ataque surpresa de Arendat.

     - Deixou seu alvo cair  - disse o professor em tom de zombaria e rindo.

     - Desculpe-me senhor! - diz o rapaz já pensando que seria repreendido pela atitude que tomou mudando o foco do alvo para si próprio.

     - Vamos até o laboratório, quero que veja algo - diz o conselheiro com uma voz séria.

     Drakan ficou chateado, até decepcionado consigo mesmo, talvez pudesse ter mantido melhor o controle da situação, imaginou que podia ter disparado antes de se defender ou qualquer outra coisa! Talvez Arendat estivesse o testando sobre disciplina, ele estava confuso e ansioso.

     Arendat mostrou a Drakan tudo o que ele já havia visto no laboratório desde os dias que passou a fazer parte de Beninstar quando chegou com seus amigos, só não entendia o que Arendat queria dizer com aquilo, até que começou:

     - Isso tudo meu jovem, é o meu coração, é o que realmente sou, se fui chamado por Beninstar foi por isso aqui! Pela ciência, por ensinar pessoas, por fazer do mundo um lugar melhor de conhecimento, de cultura. Mas nem tudo acontece como esperamos e o mundo quase nunca segue uma lógica ou um caminho pacífico. Tive que me tornar algo que não é minha natureza para proteger esse propósito!

     - Existem muitas coisas a respeito do mundo, de Beninstar que se revelarão ao seu tempo pra você também! Hoje sei que está preparado a defender Beninstar, hoje sei que é um Defensor e sei que fará o que for preciso para que o propósito de reconstruir o mundo se mantenha, aconteça o que acontecer! Será em breve um bom comandante para nosso povo e um grande guerreiro, apenas siga seu coração pois foi assim que chegou aqui. - disse Arendat com olhos orgulhosos para Drakan.

     - Senhor, não estou entendendo muito bem, mas agradeço suas palavras e gostaria que me fosse sincero numa pergunta. O senhor me pareceu lutar como Authenar de acordo com as histórias que meu tio me contava. O Senhor conheceu Authenar Di'Velox?  Lutou com ele, ao lado dele?

     - Conheci Authenar desde sempre, e lutei as mesmas batalhas que ele lutou! - disse Arendat sem encarar Drakan.

     - Queria ter o conhecido! Teria muitas coisas a me ensinar, assim como o Senhor! - Drakan se empolga em saber que o conselheiro e Authenar tinham sido combatentes juntos continua em suas perguntas:

     - Senhor, poderia me dizer como foi a morte dele? Pois nunca contam sobre essa parte da história, e meu irmão nunca acreditou que existissem Defensores ou Supremos, por não existir indícios.

     - Meu jovem, Authenar nunca morreu realmente - diz o professor.

     - Senhor! Eu entendo que pra Beninstar e por tudo que Authenar representa sempre viverá e nunca morrerá! Nossos corações o mantem vivo, mas digo sobre fatos, como ele morreu na Batalha do Fim do Mundo?

     - Drakan! Authenar nunca morreu! - disse Arendat já sério e encarando Drakan.

     O ambiente do laboratório parece até mesmo a pesar, pelas sugestões que o assunto trás e Drakan se mostrava entendendo aquilo que estava debaixo de seu nariz.

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