Aya e Kakashi: Um conto de Konoha.

Capítulo 7

Aya

A mulher continua o abraçando até que ela me vê por trás do ombro dele.

—  Ah, oi. Desculpa, eu não vi você aí. – Claro que não.

—  Bem, Aya essa é Tandara Yoshida. Ela é ninja da areia. – Ele se vira para Tandara e diz. – Tandara, essa é Aya Namikaze.

—  A irmã desaparecida do quarto Hokage.

—  Bom, parece que eu tô bem aparecida, né? – Falo com um sorriso irônico.

—  É, sim. – Ela responde com um sorrisinho irritante, depois se vira para Kakashi e diz. – Então Hatake, vamos, ou vai deixar minha família inteira esperando?

Família? Nossa, a coisa é séria.

—  Na verdade Tandara, eu havia esquecido.

—  O que? Não acredito! – Ela espuma contra ele enquanto eu arrumo as sacolas em meus braços.

—  Ei, aonde você está indo? – Kakashi me pergunta, ao se virar para mim.

—  Bom, eu já estou indo. Hatake, nos falamos depois ok?

—  Aya, espera, por favor.

—  Olha, eu preciso mesmo ir, tá? – me viro para ela e digo. – Até mais Tendara, foi um prazer.

—  TANdara.

—  Foi o que eu disse. Não foi?

Saio de lá o mais rápido possível, sem olhar pra trás.

Ai meu Deus, que idiota. Eu passei 12 anos fora. 12 anos, não 12 dias. É claro que o Kakashi ia seguir sua vida. O que eu estava pensando. É claro que ele se importa comigo, mas não é como antes. Que merda. Porque isso tudo teve que acontecer.

Ando mais um pouco, quando sou parada por Kakashi.

—  Aya, espera. Ela é só uma colega, tá? Estamos juntos em uma missão das duas aldeias, só isso.

—  E a missão é conhecer a família dela?

—  O que?

—  Nada, olha esquece isso. Você não tem que ficar se justificando. Ta tudo bem.

—  Aya, por favor, vamos conversar. Nós precisamos conversar. Que tal jantarmos amanhã? Eu posso passar na sua casa.

—  Pode ser, mas eu preciso ir agora, tá?

Sem falar mais nada, continuo meu caminho até chegar em casa. Minha casa, a casa que meu irmão comprou pra mim quando eu tinha 13 anos porque cismei que já deveria morar sozinha.

A casa tem uma sala, um depósito, uma cozinha e 2 quartos com banheiro, o meu, e um que eu queria que fosse do meu sobrinho ou sobrinha no futuro. Quando descobrir que ia ser tia, tudo fez sentido, mas Kushina não quis me dizer se era menino ou menina, disse que seria surpresa e que já tinha um nome, então eu nem decorei o quartinho, mas estava muito ansiosa. Nele tem só minha antiga cama, de quando eu morava com meu irmão uma mesa com cadeira e um guarda roupa.

Quando deixo as coisas na mesa da sala, percebo que está tudo em seu devido lugar, só que bem limpinho.

Quando eu voltei da minha falsa missão e soube do que havia acontecido, decidi vender a casa do meu irmão e pegar todas as suas coisas pra cá. Olho as caixas e vejo as coisas deles, abro uma das caixas e pego uma blusa que era de Kushina e abraço a peça de roupa. Nossa, que saudade.