Aya e Kakashi: Um conto de Konoha.

Capítulo 3

Kakashi

- Parem! Parem já com isso! Estão ficando doidos? Acabamos de chegar de uma missão, vocês mal têm tempo de descansar, daqui a alguns dias iremos em uma das maiores missões que a Aldeia já recebeu em anos, e vocês aí, brigando feito duas bestas. – Digo com raiva em direção a Naruto e Sasuke.

- Façam o que quiser, vou usar o tempo que me resta para me aprimorar – Diz Sasuke com um olhar furioso.

- Sasuke, espera! – diz Sakura.

- Não tenho tempo, Sakura. Preciso me concentrar.

Sasuke segue seu caminho e Sakura vai atrás. Observo os dois por um tempo, depois me volto para Naruto, quando olho pra ele, percebo que seu rosto está abatido, não da briga deles, era diferente.

- Por que tem que ser sempre assim Kakashi-sensei? Por que ele me trata desse jeito, como se eu fosse inferior, como seu eu fosse um idiota? – Naruto me pergunta isso com o rosto angustiado.

- Bem, ele te trata assim porque sabe o quão forte você é. Esse é o jeito dele de te desestabilizar, Naruto. Cabe a você, ser mais forte aqui – aponto o dedo para a cabeça dele – e não deixar que ele te atinja.

- Estou tentando, mas... deixa pra lá. Já estou indo também sensei.

- Espera um pouco, Naruto. O que você ia dizer?

- Bem, outro dia, eu ouvi uns meninos dizendo que eu nunca vou entender o que ele passou, que eu nunca tive pais então não sei como é essa dor. Às vezes, acho que eles estão certos, mas se eles estivessem certos, meu coração não ia doer tanto né?

Nossa, nem sei o que dizer. Nunca vi o Naruto tão vulnerável assim, tão triste. Ele só quer que o amigo o enxergue.

- Naruto, ouça com atenção. Nunca deixe alguém diminuir sua dor, não importa quem seja. Afinal, nossas dores e nossas dificuldades só nós sabemos.

Sento ao seu lado e continuo.

– Bom, perder alguém que amamos pode causar danos irreversíveis, é verdade. Mas nós sempre temos uma escolha. Sasuke está magoado e preza por sua vingança. Mas nem todos seguem esse caminho, imagina se eu fizesse o mesmo? – Naruto me olha espantado.

- O que? Sensei, você já perdeu alguém assim?

- Sim, Naruto. Perdi pessoas que eram importantes demais na minha vida. Porém, mesmo com essas perdas, eu ainda tinha alguém que me mantinha são. Quando eu a perdi, era como se o meu coração tivesse parado de bater. Por um momento, questionei minha existência. Mas nunca cogitei ser uma pessoa ruim, pois sei que ela jamais me perdoaria por isso... Bom, Sasuke não é uma pessoa ruim, ele só precisa enxergar que essa vingança está fazendo ele perder coisas incríveis, como seus amigos.

- Nossa, Kakashi-sensei, não imaginei que você tivesse passado por isso.

- Pois é, Naruto. Todos nós temos nossas lutas internas, mas como eu disse, é claro que cabe a nós decidir como lidar com isso.

- Obrigado Kakashi-sensei. Você é o melhor. – Naruto diz isso e pula em cima de mim, como um bebê. Esse garoto... queria que Aya estivesse aqui, ela daria um conselho bem melhor. Depois disso, levo Naruto para jantar e o levo em casa.

Alguns dias depois nós partimos para o país do chá para uma missão nível C, porém que requereria muitos ninjas, ao total foram 16 ninjas. Minha equipe, a de Guy, Kurenai e Asuma. Nossa, isso vai ser divertido.

Chegamos ao final do primeiro dia de viagem, estamos descansando. No dia seguinte, continuamos nosso caminho, paramos para descansar mais uma noite e no dia seguinte finalmente chegamos ao país. Fizemos a missão de defender o país contra ninjas patifes que estavam os ameaçando e tentando dominar a área, realmente não foi fácil, eles estavam em grande número, mas nós conseguimos, agora o país do chá estava em dívida conosco. Então, com todos cansados e abatidos, nos resta a voltar para casa.

Na metade do caminho, tudo parecia tranquilo, até que paramos para descansar. Dividimos as guardas da noite, pois sabíamos que tinha algo errado. Confirmamos isso no outro dia, nos levantamos e tomamos café o mais rápido possível, assim que terminamos continuamos na estrada, até que mais ou menos duas horas depois, fomos surpreendidos por nada menos do que 15 ninjas patifes da aldeia do som, eles estavam em número menor, só um a menos na verdade. Mas nós estávamos em desvantagem, os meninos estavam cansados. Exaustos, pra ser sincero.

- O que vocês querem? – Pergunta Guy, com uma voz séria.

- Nossa, parece que alguém está de mal humor. – Diz com desdém um deles.

- Vocês sabem muito bem o que queremos. – Responde outro.

- Olha aqui, não fazemos ideia de quem são vocês ou o que querem conosco, mas nós queremos ir para casa, então sugiro que nos deixem em paz... ou vocês vão se arrepender. – Digo com fúria.

- Temos um valentão aqui, HAHAHA! Não adianta ser valente assim, sabemos que vocês estão exaustos. Então vocês estão encurralados.

- E outra coisa – diz uma ninja patife – não estamos atras de algo, mas sim de alguém.

- Quem? – Asuma pergunta.

- Ora, não se façam de idiotas. – A ninja diz com raiva, sacando sua kunai.

Nós ficamos em posição de defesa. Enquanto eles nos cercavam. Estávamos apenas esperando, não íamos nos entregar, nunca. E esses garotos, apesar de cansados, estão com sede de luta, o maior objetivo deles é mostrar que estão prontos pra qualquer coisa. Os patifes pegam seus equipamentos, kunais, shurikens, alguns pegam até uma espécie de espada e lançam em nossa direção.

Mas de repente, ouvimos uma voz.

- Jutsu de proteção, arco relâmpago. – Uma voz feminina diz.

O que? Eu só posso estar louco, mas acho que conheço essa voz. Ao terminar de falar o jutsu, uma mulher encapuzada surge das árvores, quando ela coloca a mão direita no chão, um arco azul feito de chakra nos cerca, bloqueando todos os ataques. A mulher levanta, tira o capuz da cabeça revelando seu cabelo loiro e então se vira para nós.

É ELA!

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Oi vidaaas!!

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