Aya e Kakashi: Um conto de Konoha.

Capítulo 35

Aya

- Naruto, eu já vou! São seis e quinze.

- Ok. Que horas o sábio chega? – ele me pergunta, enquanto procura algo para comer.

- Ele já deve estar chegando.

- Beleza. Espero que você e o sensei se acertem.

- Eu também! – digo com um sorriso esperançoso.

Vou rápido até o nosso lugar, que independentemente de qualquer coisa... ainda é nosso.

Eu chego lá por volta as 6:30 da tarde. Enquanto espero Kakashi, lembro do que conversei com Naruto ontem pela manhã. Eu estava certa. Ele combinou um clone das sombras e o jutsu de transformação. Se transformou em mim. Ideia do Byakko, para que os ninjas não achassem que os genins estavam sozinhos pela aldeia.

Mas aí ele viu os caras da Akatsuki. Inclusive Deidara. E pra ele, essa foi a coisa estranha que aconteceu.

"O cara loiro impediu que os outros dois loucos te machucassem. Eu juro, Aya. Quer dizer, ele não deixou machucarem meu clone, mas nenhum deles sabiam. Enfim, muito estranho né? Considerando que ele também é da Akatsuki."

Eu disse a Naruto que talvez os dois estivessem fazendo isso sem a permissão do líder deles. Por isso foram impedidos. Ou talvez o líder tivesse abortado a missão por causa do ataque, mas mesmo assim eles insistiram e por isso foram impedidos. Tive que inventar algo.

Naruto achou minhas teorias interessantes. Imagina se ele soubesse o porquê de o cara loiro ter me ajudado.

Ah, além do Kakashi, Naruto também reparou no machucado em meu pescoço.

"Você disse que se machucou no ataque, mas eu não percebi esse machucado. Tem certeza que não se bateu por aí? Em outro lugar? Você é desastrada às vezes." Quando ele perguntou isso, quase tive um infarto.

Obrigada pelo machucado, Deidara.

Ah, esse homem mexeu comigo. Mas meus sentimentos não mudaram. E nem sei se vão.

Falando nisso. Hoje vou falar tudo o que venho sentindo para Kakashi. Inclusive sobre Yui e Deidara. Mesmo que ele me odeie por isso, sinto que não posso esconder isso dele.

Porém as horas vão passando e nada dele.

Sete horas.

Oito horas.

Nove horas

Dez horas.

Onze horas.

Foi quando eu finalmente decidi ir embora. Não faço a mínima ideia do porquê esperei ele até tão tarde.

Quando chego em casa, leio um bilhete que está em cima da mesa.

"Oi minha garotinha. Cheguei!! Naruto e eu vamos ao Ichiraku, em seguida para o karaokê e depois vamos dar uma volta por aí. Vamos voltar tarde e deixar a casa para vocês. Se comportem. Eu te amo. Papai."

- Ele não apareceu, pai. Ele não apareceu.

Me jogo no sofá e fico olhando para o teto, pensando em tudo e ao mesmo tempo, em nada. Porém, uns minutos depois escuto batidas fortes e apressadas na porta. Tomei um susto tão grande, que caí do sofá. Vou atender a porta e me deparo com Kakashi.

- O que você está fazendo aqui? – pergunto brava, sem deixar ele entrar.

- Aya, me perdoa. Eu perdi a hora.