ᴄʀᴜᴇʟ sᴜᴍᴍᴇʀ | ʀᴇɢᴜʟᴜs ʙʟᴀᴄᴋ

002

˖◛⁺⑅♡ chapter two

Eu e meus amigos somos completos opostos.

Eleanor é totalmente sociável e cheia de amigos, ela traz felicidade para as pessoas apenas por estar lá.

Adam, por outro lado, é totalmente sarcástico e reservado, ele não fala muito com os outros.

Já eu, sou uma total introvertida a qual só sabe falar sobre livros e as histórias fascinantes que lê.

Não sei ao certo quando nós três viramos nós três, mas eles são as minhas pessoas favoritas do universo.

Depois de me cumprimentar, Regulus e eu ficamos em um silêncio estranho então fico olhando para a porta em procura de alguma distração. Assim que Adam adentra a sala ele me lança um olhar questionador o qual eu respondo com um dar de ombros. Me viro para o garoto ao meu lado, decidida a descobrir o que ele tanto queria.

— Tá legal, diga logo o que quer! — o encaro

— Por que presume que eu quero algo, doce Alya? — novamente aquele sorriso cínico volta ao seu rosto

— Talvez porque você de repente decidiu me infernizar.

— Eu apenas a cumprimentei — disse o garoto de olhos verdes dando de ombros

— Você nunca foi simpático comigo, está obviamente querendo algo. Diga logo!

— Muito rude da sua parte estar presumindo que eu....— ameaço me levantar e ele segura meu pulso — Tá legal, eu preciso de ajuda.

— Ajuda em que? Achei que você fosse bom em tudo — digo com desdém

— Em poções, sei que você vai dizer para eu me lascar ou algo do tipo, mas é sério, eu preciso de ajuda.

Eu sempre soube que Regulus era inteligente, mas por algum motivo ele vivia querendo esconder isso. Ele definitivamente não precisava de ajuda e com certeza nunca a pediria mesmo que precisasse, tinha algo por trás disso.

— Tudo bem — suspirei — Me encontre amanhã na torre de astronomia depois do jantar.

• • • •

Confesso que passei o dia todo pensando em possíveis motivos para Regulus querer minha "ajuda" em poções. Cheguei a quatro conclusões diferentes.

​1.​ Ele perdeu uma aposta estúpida ou algo assim

​2.​ Alguém o obrigou

​3.​ Ele quer me fazer virar um comensal e se for isso já sei até quem o enviou.

4. Sou totalmente paranoica, e deveria ao menos tentar confiar um pouco nas pessoas

Seja o que for, eu descobrirei. Mas também existe a quinta opção, a qual minha mente paranoica nem sequer se deu o trabalho de considerar, sei que ele definitivamente não precisa de ajuda mas talvez por estarmos passando por coisas semelhantes devido a esta guerra e as nossas famílias...

Ele me parece uma pessoa muito sozinha, com certeza a pessoa que eu seria se Eleanor não tivesse vindo falar comigo. Isso não quer dizer que ele não tenha amigos. Ele tem, são bem idiotas, mas ele tem.

Assim que a última aula do dia acaba decido voltar para o meu dormitório e me trancar lá para me esconder de Eleanor, que como todos os anos sempre tem uma festa de volta às aulas. Não é que eu odeie festas, eu apenas odeio o ambiente de algumas, as vezes não parece que eu estou numa festa e sim em um filme pornô. E essas festas sempre são assim.

Assim que entro na comunal Adam está sentado em frente a lareira fazendo algo que, suponho eu, seja um trabalho.

— Ah, herbologia... — digo com desgosto — As plantas me odeiam e eu as odeio de volta. — Adam revira os olhos e sorri para mim.

— Sabe, se você se esforçasse tanto em herbologia como se esforça em poções você poderia até seguir carreira nisso.

— Poções são muito mais carismáticas que plantas.

— Sim, claro — ele suspira, como se estivesse se perguntando se deveria falar o que quer que estivesse em sua mente. — Então... — ele hesita — o que Regulus Black queria com você hoje?

— Ele me pediu ajuda em poções — Adam fica boquiaberto — Sim, Regulus Black pedindo ajuda em algo é realmente estranho, o que me faz duvidar do que ele realmente quer.

— E você... aceitou ajudá-lo?

— Sim, quero saber o que ele realmente quer — o respondo direta e ele concorda.

Olho para o relógio na parede, está quase na hora do jantar, o que significa que logo Eleanor virá atrás de mim para me arrastar para mais uma de suas festas.