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˖◛⁺⑅♡ chapter nine

— Alya Stella Aponi, me conte tudo! — Eleanor me recebe aos gritos, pulando de animação

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— Alya Stella Aponi, me conte tudo! — Eleanor me recebe aos gritos, pulando de animação.

— Acalme-se, garota! — reviro os olhos adentrando o quarto, deixando meus livros em cima da escrivaninha e me sentando na cama. Eleanor rapidamente se senta ao meu lado.

— Me conte como foi sua conversa com West? — ela me olha inquieta.

— Foi legal, ele acabou sendo surpreendentemente interessante, também parecia interessado no que eu tinha a dizer

Eleanor acenou animadamente e disse:
— Ele é um ótimo rapaz, muito legal. Só deixei que tentasse algo com você por essa razão.

Eleanor me encarou e fez um gesto para que continuasse.

— Foi isso, ficamos o intervalo todo conversando sem nenhum silêncio constrangedor até a hora que ele... — olho para baixo com vergonha — me chamou para ir com ele ao Hogsmead e eu lhe perguntei se aquilo era um encontro. Sou muito idiota.

Eleanor parece travar por um momento, absorvendo as novas informações e então, de repente acena com a cabeça
— Certo...isso não me parece tão ruim Alya, relaxe! Você poderia ter dito algo muito pior. Ele deve ter entendido a pergunta ou achado ser uma brincadeira.

Aceno com a cabeça me deitando em seu colo, com os olhos apontados para o teto de nosso aposento.

— Temos que começar a planejar sua roupa, o passeio para Hogsmead já é na semana que vem, tenho que te dar aulas de como ser normal em um encontro !

Balanço a cabeça em desaprovação.

— Por que não posso simplesmente ser eu mesma? Afinal, um dos conceitos do romance não seria ele gostar de mim pelo que sou?

— É claro que sim — Eleanor responde em um tom agudo. — mas isso não quer dizer que você deva ir despreparada, Alya.

Sorri em concordância, não querendo continuar aquela conversa e mudo o assunto perguntando como fora o dia de Eleanor até aquele momento. Ela faz uma careta, mas depois me parece feliz em contar tudo que lhe aconteceu.

• • • •

Após o jantar faço o mesmo caminho que fiz na semana anterior e novamente Regulus já está lá.

— Você é sempre tão pontual — digo me aproximando. Ele pareceu notar minha presença apenas quando falo.

— Eu costumo comer rápido, gosto de vir aqui para pensar. — seu olhar retorna ao céu enquanto eu me sento ao seu lado no cobertor estendido. O silêncio perdura por algum tempo, então decido pegar seu livro e analisar sobre o que podemos falar.

— Certo, na última aula o slug-

— Sobre o que você estava conversando com aquele garoto hoje?

— Regulus, eu não acho que esse seja um assunto que eu me sinta confortável para falar com você. Além do mais, os exames começam na semana que vem, temos que estudar.

Ele me encara com uma expressão que não sei decifrar então abaixa a cabeça e diz:
— Certo, tudo bem. Desculpe!

E assim os próximos 45 minutos se seguem comigo explicando o máximo que consigo das matérias enquanto ele apenas me encara totalmente sem expressão.

— Já está tarde, temos que voltar — ele me interrompe no meio da explicação. Encaro-o irritada mas concordo com a cabeça, me levantando e ignorando sua mão estendida para me ajudar.

Caminhamos em silêncio um ao lado do outro, nos escondendo toda vez que vemos um monitor ou até mesmo um dos fantasmas. E assim, um pouco antes de chegarmos ao salão comunal, ele se vira para me encarar. O ignoro até não conseguir mais.

— Certo, me diga o que está pensando — digo impaciente em um tom baixo.

Ele balança a cabeça, seus cachos pretos caindo em seus olhos. tenho vontade de tocá-los, algo que me repreendo imediatamente.

— Não estou pensando em nada. — nega ele, ainda me encarando

– Está sim, você não costuma me encarar com frequência e isto significa que você quer me dizer algo. Então vamos lá, me diga logo. — sua testa se franze enquanto ele continua a me encarar. Ele não me responde enquanto adentra a comunal seguindo para o lado dos garotos. Agarro seu pulso, obrigando a me encarar. — Regulus, pare de me ignorar e me diga o que está em sua mente mirabolante! — sussurro desesperada de curiosidade.

Ele me encara novamente, então muda seu olhar para nossos pés e limpa a garganta.
— Você sabe que com as férias chegando provavelmente teremos outro daqueles jantares com nossas famílias. — diz voltando a me encarar.

Ele faz uma pausa e eu o respondo — Aqueles em que você costuma me ignorar desde de que éramos crianças? — sua expressão se retorce e seu olhar se volta, novamente, aos sapatos.

— Você passou a me ignorar depois de alguns anos também. — ele levanta a cabeça — Só queria dizer que você pode continuar me ignorando e fingindo que eu não existo nos jantares, se quiser.

— Não vejo razão para fazer algo que nunca fiz. — ele me encara com aquela expressão estranha novamente. — Eu nunca o ignorei, apenas parei de tentar falar com você. Na verdade, parece que ninguém fala nada nesses jantares estranhos.

Ele acena com a cabeça em concordância enquanto ainda me encara, então dá um passo para trás e diz:

— Boa noite, Aponi — se virando e seguindo para as escadas sem esperar por uma resposta.

— Boa noite, Regulus. — sussurro baixinho, meio paralisada.

ᴄʀᴜᴇʟ sᴜᴍᴍᴇʀ | ʀᴇɢᴜʟᴜs ʙʟᴀᴄᴋ Where stories live. Discover now