ᴄʀᴜᴇʟ sᴜᴍᴍᴇʀ | ʀᴇɢᴜʟᴜs ʙʟᴀᴄᴋ

ᴘʀᴏʟᴏɢᴜᴇ

˖◛⁺⑅♡ prologue

A morte não me é estranha. Desde que eu me entendo por gente já fui a vários funerais, não que eu gostasse de ir a eles, eu apenas acompanhava meus pais.

Embora o luto também seja algo frequente, eu nunca tinha sentido. Pelo menos não tão forte como senti após a morte da minha mãe.

O único pensamento que estava em minha mente ao balançar do trem em direção a Hogwarts era: "Não posso deixar que estes sentimentos que estão dentro de mim saiam. Tenho que me manter forte e não demonstrar nenhuma fraqueza, pois sei que muitos esperam que eu demonstre —entre eles, meu pai".

Quando eu tinha 6 anos meu pai costumava levar a mim e Adhara ao beco diagonal para comprarmos doces na dedos de mel, ele sempre me deixava visitar a livraria e às vezes até mesmo trazer um livro, o qual ele leria para mim até eu adormecer.

Ele começou a ficar diferente comigo quando eu completei 11 anos e entrei para Hogwarts. Por mais que tenha ficado orgulhoso —e surpreso— por eu ter entrado na Sonserina, ele ainda me achava fraca e gentil demais, como uma garotinha.

Eu nunca fui muito sociável, mas impressionante em Hogwarts eu consegui fazer dois amigos, Eleanor e Adam. Nenhum deles era puro-sangue, o que fez com que meu pai não gostasse deles por essa grande idiotice de supremacia sanguínea. Mas isso não me impediu de nada, eles eram os meus melhores amigos e eu sei que sempre seriam.

Muitos em Hogwarts não gostavam ou tinham medo de mim por me acharem uma aberração.

Minha família materna é considerada o sangue mais puro do mundo bruxo, conseguindo ser superior a qualquer outra família, mesmo que supremacista de sangue. Nós temos o sangue de Salém percorrendo nossas veias, desta forma conseguimos fazer qualquer magia sem o auxílio de uma varinha.

Na época de Salém, os bruxos que conseguiram se salvar passando-se por jovens comuns foram considerados sobreviventes e por sua persistência, passaram a conviver com os demais bruxos, sem preconceitos ou diferenças. Quando suas crianças foram aceitas em escolas como Hogwarts, foi notado que elas não precisavam de varinhas para que seus feitiços fossem realizados, assim passaram a ser apenas amplificadores. Desde então, famílias bruxas passaram a se unir e com o tempo, poucos com este poder restaram. A única família que ainda possui plenos poderes, sem limitações alguma, é a família Lumin, minha família por parte de mãe.

A maioria dos sonserinos eram orgulhosos demais para me tratar normalmente, pois sabiam que de alguma forma eu era melhor que eles.

Minha aula favorita definitivamente era a de poções, pois nela eu não tinha que usar meus poderes e sentir o olhar de todos em mim, apesar de Adam sempre ser bom em fazer as pessoas despistarem, sendo derrubando algo ou apenas fazendo graça para que olhassem para ele.

Espero de verdade que vocês gostem da minha história. Ela é muito especial para mim e eu já venho desenvolvendo ela a algum tempo.