▬ ❛ 💌 ˗ˏˋ CRUEL SUMMER 》
◤ Alya Stella Aponi nunca combinou com sua família, supremacista de sangue. Sua reputação familiar a precede.
Em meio a tantos eventos com as mais puras famílias do mundo bruxo, ele jamais imaginaria que encontraria alguém...
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Sou puxada por Appolo até a Dedos de Mel, e o deixo escolher o que quer levar, pois sei que ele trouxe os Galeões que nossa tia lhe deu em seu aniversário. O garotinho de cachinhos loiros anda saltitante pela loja enquanto escolhe o que levar, eu o acompanho logo atrás, meio divagando e meio prestando atenção no mundo ao meu redor e sorrindo com a animação de meu irmão mais novo.
— Alya, você pode comprar um desses para mim? — ele aponta para a caixa de feijõezinhos mágicos em frente — Acho que tenho o dinheiro para todas as outras coisas que peguei.
Aceno para ele, pegando uma das pequenas caixas na minha frente. — Já pegou tudo o que queria? Acho que estamos meio atrasados para voltar a estação.
Ele acena e me puxa rapidamente em meio a multidão, composta de alunos de Hogwarts e outros bruxos até a fila do caixa. Acabo tendo que pagar mais alguns doces para Appolo, após ele se empolgar e pegar mais coisas do que poderia pagar.
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Assim que embarcamos Appolo se despede de mim e procura a cabine em que seus amigos estão. Faço o mesmo que ele, mas não encontro Eleanor na cabine, apenas Adam, com a cabeça apoiada na janela ao seu lado. Assim que me escuta abrir a porta da cabine ele se levanta animado.
— Finalmente! Faz uns 15 minutos que Eleanor me deixou aqui, dizendo que ia atrás de uma amiga e já voltava — rio para o drama dele.
— Acho que este é o fardo de ser popular — encolho os ombros.
— Popular e incrível também — não preciso nem me virar para identificar, Eleanor está sorrindo enquanto diz isso.
Me sento ao lado de Adam enquanto ela se esparrama no banco à nos frente.
— Como foi o dia de vocês, pessoal? — pergunta Eleanor enquanto encara o teto da cabine, então se levanta rapidamente e aponta para nós — Não, não, não! Deixem-me adivinhar. Como passei boa parte do dia com Adam sei que ele provavelmente ficou enfurnado na primeira loja de velharias que viu pela frente. Já você.... — ela aponta para mim com os olhos estreitos — Você teve um dia diferente e eu quero que me conte tudo... que nos conte tudo! Adam e eu passamos quase o dia todo fazendo suposições, cogitamos até espionar você.
— Só você cogitou esta ideia, Eleanor — Adam a interrompe e em troca ganha um olhar mortal.
— Continuando o que eu estava falando... Alya por favor — ela me olha com olhos de cachorrinho — nos conte tudo.
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Passei cerca de 10 minutos contando tudo, o restante do trajeto foi passado com Eleanor contando todos os detalhes de seu dia e sobre as coisas que diferentes que viu. Não demora muito para logo estarmos de volta a Hogwarts. Passo o resto da tarde adiantando as tarefas para conseguir estudar para os exames de forma mais organizada e sem preocupações, decido por pular o jantar para aproveitar o silêncio da biblioteca, que eu suponho que esteja vazia, para estudar.
A biblioteca não estava vazia, mas havia apenas três pessoas lá. Quatro contando comigo. Percorro as prateleiras atrás dos livros que preciso e me sento em uma mesa vazia. Tento entender mais um pouco sobre a matéria de herbologia, mas sem muito sucesso. Passo cerca de duas horas naquele silêncio confortável, acredito que as outras três pessoas que estavam comigo já tenham retornado para seus respectivos aposentos, até ouvir passos vindos do corredor ao lado do meu, mas não me dou ao trabalho de tentar descobrir quem é.
— Sabe aponi, eu não acho que está seja hora para se estar na biblioteca. — escuto a voz rouca atrás de mim, o que me causa um pequeno sobressalto.
Sem ao menos tirar os olhos do livro respondo: — No entanto você também está aqui, não é Black?
— Sim — respondeu Regulus — Achei que deveria estudar um pouco antes dos exames finais.
Regulus caminha até ficar em frente a mesa em que estou. Ergo o olhar para ele, que parece exausto, como se não dormisse bem a dias e tivesse passado a mão pelos cabelos umas mil vezes.
— Nossa, você está com uma aparência péssima, Black. Se o seu problema é dormir, posso te ensinar uma ótima poção para isto!
O garoto de cachos escuros a minha frente me encara incrédulo. — Eu não entendo você, Alya — ele balança a cabeça — Você é basicamente uma das melhores alunas da nossa casa, provavelmente a de nosso ano também... então por que se esforça tanto em tudo?
Encolho os ombros, olhando pensativamente para o livro à minha frente, decido que odeio esta nova personalidade questionadora de Regulus. Como pode, em menos de algumas conversas que tivemos, ele conseguir me ler tão bem? Isso não faz nenhum sentido. Balanço a cabeça como se para afastar esses pensamentos e o encaro novamente.
— Você também é um dos melhores de nosso ano e mesmo assim está aqui. Mas respondendo a sua pergunta, estudar ou até mesmo ler, me ajuda a acalmar as vozes. Você sabe, nós estamos sempre no meio destes conflitos estranhos de família, acho que você entende isso. — ele acena positivamente — O problema é que me sinto diretamente no olho do furacão de todos eles, então ter algo com o que me distrair é bom, ainda mais se for algo produtivo e útil.
Regulus continua a me encarar meio boquiaberto, acho que ele não esperava uma resposta tão pessoal de mim. Bem, nem eu mesma achei que falaria algo assim para ele, mas acontece que eu disse, e não sei se estou exausta depois de tanto tempo ali ou se me sinto confortável perto dele, talvez um pouco dos dois, seja o que for, já foi. — Você me frusta de uma maneira indescritível, Alya. Ao mesmo tempo em que sempre acha um jeito de me surpreender.
Eu o olho em confusão: — Como assim frusto você? — ele para de me encarar para olhar meu livro, o virando para o lado dele. —Sou ótimo em defesa contra as artes das trevas, caso tenha alguma dúvida — diz ele, voltando ao seu semblante sério de sempre enquanto parece bastante focado em ler a matéria a sua frente.
— Não tenho nenhuma dúvida, só estava revisando mesmo. Mas obrigada. — o respondo enquanto puxo meu livro de volta para mim.
Ele se levanta, pega um livro na prateleira atrás de si e volta a se sentar na minha frente. E fica lá, estudando comigo até a hora que me levanto para ir embora e ele me acompanha.
