015

90 15 1
                                    

˖◛⁺⑅♡ chapter fifteen

A sala em que acabei de entrar é medonha, pelo amor de Deus essas pessoas não sabem o que é luz? Todos estão de preto, o que também não ajuda muito na iluminação

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

A sala em que acabei de entrar é medonha, pelo amor de Deus essas pessoas não sabem o que é luz? Todos estão de preto, o que também não ajuda muito na iluminação. O homem sentado à ponta da mesa se levanta, fazendo meu pai parar abruptamente em minha frente, me fazendo quase cair. Tom Riddle me encara por um longo tempo, bem mais do que o normal, o que parece deixar meu pai ansioso e Adhara com desgosto.

— E um prazer conhecê-la senhorita Aponi — ele estende a mão para mim me olhando de cima a baixo — devo dizer que se parece muito com sua mãe. — Olho para meu lado direito observando meu pai paralisado.

Merda, tia celeste já me disse uma vez, como o homem à minha frente era meio obcecado com minha mãe e sua pureza de sangue e beleza. Ele já chegou até a persegui-la, o que me leva a questionar o porquê de meu pai insistir em segui-lo mesmo assim.

— Obrigada — respondo estendendo minha mão para o cumprimentar.

— Venha, sente-se conosco — ele aponta para o lugar vago entre Regulus e outro garoto que me dá repulsa, Severus Snape. — Você deve conhecê-los, já que estão no mesmo ano em Hogwarts.

Aceno com a cabeça e me sento, tentando disfarçadamente puxar minha cadeira para longe da de Snape. Regulus me encara com curiosidade quando encosto meu joelho no seu em querer, então se aproxima um pouco para sussurrar:

— Tem tanto desgosto por Snape para se sentar tão perto assim de mim? — sussurra ele em meu ouvido, a proximidade me causa arrepios. Aceno positivamente sem o encarar e sussurro: — tenho um pouco por você também, mas ainda sim você é menos desprezível.

Olho para a minha frente sem expressão, o que parece fazer com que Bellatrix Lestrange me encare com uma expressão de raiva. — Tente não a encarar — sussurra Regulus novamente — ela é meio louca, e pode tomar isso como um insulto.

Isto faz com que meu olhar recaia em minhas mãos, e fica assim até que o homem na ponta da mesa retorne a falar. Todos os presentes ali parecem temê-lo, algo que não compreendo muito bem. Diferente deles, eu não tenho medo do idiota à ponta da mesa, muito pelo contrário, eu o acho desprezível e um grande hipócrita, afinal prega tanto pela pureza do sangue quando nem mesmo é de sangue puro.

Ele começa a falar sobre como nos, os novos membros passaremos por uma série de tarefas para provarmos nossa lealdade a ele e a causa. Só de pensar nas coisas absurdas que eu provavelmente terei que fazer sinto arrepios. Regulus parece sentir que estou nervosa, oque o faz colocar sua mão em cima da minha por baixo da mesa. Este gesto me deixa confusa, mas tenho medo de virar a cabeça e algo acontecer, por tanto mantenho meu olhar fixo no homem a ponta da mesa. Ele se levanta e começa a caminhar em volta da mesa designando os novos membros a alguém que já esteja lá a um tempo, solto um suspiro de alívio sem querer quando ele me junta a Regulus após dizer que acredita que trabalharemos bem juntos.

Quando a atenção já não está mais em nós lanço um olhar assustado para o garoto ao meu lado, que aperta minha mão de um jeito reconfortante em resposta.

Nossa primeira missão e matar um trouxa. Ótimo, terei de matar alguém inocente por nada, absolutamente nada, só de pensar nisso já fico enjoada. Mas dou o meu máximo para disfarçar minha repulsa, fazendo minha melhor careta sem expressão.

Não precisaremos nem ao menos procurar alguém para matarmos, pois no porão da grande casa escura há seis trouxas para seis iniciantes, algo em que infelizmente estou incluída. Encaro o homem a minha frente com pesar, ele parece tão assustado que não consegue parar de tremer. Levanto minha varinha com a mão tremendo um pouco, na antes que eu possa lançar o feitiço Tom Riddle segura minha mão.

— Quero que faça isso sem ela, Alya. Sei que você é especial como sua mãe, me mostre do que é capaz! — diz o homem ao meu lado, aceno com o que espero ser um bom fingimento de coragem e me viro para o homem assustado novamente.

Levanto minhas mãos sem tirar meus olhos do homem a minha frente e então recito o tão temido feitiço proibido — Avada Kedavra — e com isso o homem a minha frente cai em um baque surdo.

Não consigo mexer os olhos, nem mesmo meu corpo, ouço as vozes à minha volta abafadas e só saio um pouco do transe quando uma mão encosta em meu ombro. — Ótimo, senhorita Aponi, você será uma ótima adição para nós. Tem o sangue-frio necessário para este trabalho.

Aquela frase me faz querer vomitar. Eu matei alguém. Matei alguém inocente, alguém que não merecia a morte, alguém que eu nunca saberei o nome. Depois de alguns minutos, as pessoas começam a sair do porão, eu as acompanho ansiosamente. Tudo que quero é parar de pensar, eu só preciso disso. Só preciso parar de pensar.

• • • •

Deitada em minha cama, eu finalmente me permito chorar, algo que não faço desde a morte de minha mãe, quando percebi que ser vulnerável não era algo bom, era uma fraqueza. Minha cama parece tão grande sem o garotinho de 12 anos que ainda tem medo de dormir sozinho e pensar nisso me faz chorar mais ainda. Pensar que poderia ser ele em meu lugar, que ele teria que matar alguém inocente.

Caio no sono em meio ao choro e só acordo com os barulhos em minha janela. Do lado de fora, há uma coruja que não reconheço. Com cuidado para não fazer barulho, abro a janela e pego a carta, fazendo um carinho rápido na coruja que logo volta a voar e sumir em meio às nuvens. Acendo o abajur ao meu lado e encaro a carta em minhas mãos.

De Regulus Black para Alya Aponi

Alya, eu sinto muito pelo que passou hoje. Precisamos conversar, há algo que descobri recentemente e preciso de sua ajuda. Não posso dar detalhes aqui, quero que me encontre amanhã às onze no centro da Londres trouxa.

Regulus

ᴄʀᴜᴇʟ sᴜᴍᴍᴇʀ | ʀᴇɢᴜʟᴜs ʙʟᴀᴄᴋ Where stories live. Discover now