Luana Taylor
31 de dezembro
Procuro na cama com preguiça algo másculo e grande para agarrar e quando não encontro abro finalmente os olhos.
Já era manhã, umas 8 e Arthur tinha saído antes que eu acordasse mas não sabia para onde, olho em cima do criado mudo para ver se tinha algum bilhete e não vejo nada, depois olho em meu celular e nenhuma mensagem também.
Era o último dia do ano, véspera de ano novo e do meu aniversário de 27 anos. A minha festa a fantasia será hoje na boate de Peter, me encontrarei com Ayla mais tarde.
Saio finalmente do enrolado de lençóis e visto o hobby para descer e vê se encontro ele.
Assim que chego no fim das escadas vejo Lúcia na cozinha e vou até lá.
- Bom dia Lúcia.
- Bom dia minha menina, como está?
- estou bem e você?
- Bem também, Arthur pediu para avisá-la que teve que sair para resolver alguns assuntos da família - assinto - ele disse que talvez voltaria para o almoço.
- Já ia perguntar, você não sabe exatamente o que ele foi fazer?
- Não tenho permissão para falar desses assuntos com ninguém, pergunte para ele quando chegar.
Sinto mais uma vez a sensação de que ele está escondendo algo. Pego uma maçã da fruteira que havia no balcão e volto para o quarto me despedindo de Lúcia.
Essa não era a primeira vez que eu sentia que ele estava escondendo algo. Muitas vezes quando estamos todos juntos, ele e Peter parecem conversar com sinais.
Marco um lembrete em minha mente para ter essa conversa com ele e vou até o banheiro para tomar um banho.
Arthur Venturi
Enquanto isso...
Capturamos um capanga da máfia Rússia novamente, já estou a manhã inteira torturando o para que fale que briga interna é essa que está acontecendo dentro da máfia mas nada me foi dito ainda.
Eu e Peter viemos para o galpão afastado da cidade e estamos revezando na tortura, porque ele disse que queria brincar um pouco também.
- Почему бы тебе просто не убить меня? (Porque não me mata logo?) - diz o capanga amarrado, chorando e ensanguentado na cadeira a minha frente.
-ты все еще полезен мне (você aínda é útil para mim) - Pego o canivete que estava preso em minha cintura e perfuro sua perna no mesmo lugar onde já tinha furado nas cinco vezes antes.
- Перестань, пожалуйста (pare por favor)- giro o canivete abrindo mais ainda o buraco.
- Что планирует русская мафия? (O que a máfia russa planeja) - me aproximo encarando-o -скажи мне, и я сохраню твою жизнь ( me diga e eu poupo sua vida)
Tiro o canivete e pego a pistola em meu quadril apontando para sua testa.
- Я устал ждать, ты мне скажешь или нет?(cansei de esperar, vai me dizer ou não?)
- я говорю, я говорю, но не убивай меня, пожалуйста ( eu digo, eu digo, mas não me mate, por favor) - diz ofegante e eu carrego a arma.
- скажи мне (me diga) - falo já sem paciência
- один из них одержим властью(um deles é obsecado por poder)- olho para Peter com uma cara de dúvida e ele me olha da mesma forma.
- Кто они? (Quem são eles?)- pergunto
- Я сказал достаточно, теперь дай мне свободу(já disse o suficiente, agora me dê a liberdade)
Percebo que ele não me falará mais nada e atiro no meio da sua testa, respingos de sangue caem sobre o branco da camisa social que eu usava.
- Porra maninho, eu queria torturar mais um pouco - Arthur se aproxima dengoso olhando para o cadáver do capanga.
- Você tem feitiches estranhos irmão - rio e me volto para meus capangas - façam com que isso chegue até a máfia russa - digo apontando para o cadáver com um tiro na testa.
Era a marca Venturi, um tiro na testa. Desde que me tornei chefe essa tradição de meu pai foi passada para mim e um dia será passada para meu herdeiro.
Antes de sair do galpão vou até o banheiro para tentar limpar os pingos de sangue, e dps que dou uma disfarçada saio para ir ao encontro da minha loirinha.
Taylor já estava me esperando fora do galpão com o carro já pronto, cumprimento o antes de entrar no banco do passageiro.
- Para casa senhor? - pergunta
- Sim Taylor
Pego meu celular e mando uma mensagem para Kate.
" Boa tarde Kate, limpe da minha agenda qualquer compromisso nos próximos três dias e agende uma reserva de três quartos naquele hotel que te falei uma vez"
Alguns minutos depois chegamos em casa, passamos pelos portões ainda no carro e quando paramos em frente a porta eu adentrei a casa com um único pensamento.
Luana. Eu tinha passado a manhã e uma parte inteira da tarde sem vê-la, não é querendo ser um grude mas eu senti um pouco de saudade, pouco não, senti muita saudade.
Entro e vejo Lúcia na varanda, ela percebe a minha presença e se volta para mim.
- Nem procure, ela não está aqui.
- Ela disse para onde ia? - me aproximo perguntando
- Ayla, sua prima Lisa e ela foram até a boate de Peter para organizar a festa - cazzo, eu tinha esquecido completamente disso. Elas combinaram de fazer a festa na véspera para comemorarmos o ano novo e o aniversário de Luana e com todo esse assunto da irmandade eu não parei para lembrar.
- Vou tomar um banho e ir encontrar elas - dou um beijo na testa de Lúcia
- Menino, ela me perguntou o que você foi fazer, eu disse para que ela lhe perguntasse quando chegasse - ela me para antes que eu saia
- Tudo bem, falo com ela depois - sigo para as escadas.
Com certeza ela desconfia que eu não conto tudo, ainda não me sinto pronto para que ela descubra sobre a irmandade, ainda mais com toda essa rixa com a máfia russa, não quero envolvê-la nisso, pelo menos não agora .
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Dangerous love | CONCLUÍDA
RomanceEla era uma mulher empoderada Ele um homem de poder Um encontro Provocações Jogos Mortes e muito mais Um verdadeiro amor perigoso Muitas revelações e reviravoltas Mas no fim, quem sabe a paz e união? Apresento lhes: Dangerous Love A 1° obra de Miss...