Capítulo 12

1.5K 276 54
                                    

Dylan Griffin

Abro a porta do apartamento e ligo as luzes para Lucy não se sentir desconfortável, ela caminha pela sala e começa a tirar o casaco grosso para deixar em cima da poltrona. Tenho certeza de que Kara não está esperando para um surpresa.

Abro a porta do quarto de visitar e começo a tirar as coisas dos armários, assim que arrumo tudo saio do quarto e percebo que Lucy está na varanda. Me aproximo lentamente e vejo que ela está observando a paisagem.

Desço os olhos para ver que ela puxou as mangas da camisa e seus pulsos estão a mostra. Observo os três cortes profundos em casa pulso e subo o olhar para o rosto sereno de Lucy.

-Por que?- pergunto e ela olha para mim.

-O que?- parece confusa.

-Isso.- meu dedo toca seu pulso e ela o puxa para si própria.- Por que?

-Eu só queria desaparecer.- ela se abraça e olha de novo para a paisagem.- Ninguém falava comigo, talvez ninguém notasse que eu não estava mais...

Uma lágrima desce pela bochecha dela e seguro seu queixo, Lucy fica surpresa e eu passo o dedão pela lágrima para limpar, me aproximo lentamente e Lucy apoia as mãos  no meu peito enquanto passo o braço por sua cintura.

Levo minha mão até sua nuca e meus dedos entram em seus cabelos para afastar do rosto, os olhos castanhos de Lucy me observam com calma e meus lábios tocam os dela. Simplesmente não sei o que estou fazendo quando começo a beijar Lucy de verdade.

Minhas mãos agarram seu corpo como se ela fosse se afastar e meus lábios procuram os dela como se não beijasse há anos. Lucy não parece pensar diferente e agarra meus ombros para me trazer mais para perto, nossos corpos estão quase colados e sinto o calor dela.

Nossos lábios se movem e passo minha língua pelos cantos da boca dela para provocar, Lucy responde mordendo meu lábio e sua mão aperta minha nuca, seus dedos entram nos meus cabelos e apertam com força me fazendo ficar excitado.

Desço minhas mãos para os quadris dela e subo de novo para entrar embaixo da blusa, Lucy solta um gemido baixo quando minhas mãos tocam sua pele e trago ela para meu colo quando percebo que isso não vai ficar só no beijos.

Ela passa as pernas pelos meus quadris e abraça meu corpo enquanto a levo lá para dentro, levo uma mão te a sua lombar e passo a ponta dos meus dedos pelas costas dela. Lucy treme e arquea o corpo com um sorriso leve, me denso passagem para seu pescoço.

Encosto ela em uma parede e agarro seus cabelos para deixar ela com a cabeça para trás, passo meus lábios pelo seu pescoço e uso minha língua para fazer ela suspirar de um jeito tímido. Pressiono meus quadris contra os dela e Lucy desce as mãos até meu cinto quase na mesma hora.

Estou quase arrancando minhas calças quando o celular dela começa a tocar no bolso de trás. Lucy pega rapidamente enquanto beijo seu pescoço e olho para o lado ao mesmo tempo que ela para ver quem liga uma hora dessas.

-É a minha irmã.- ela fala como se fosse tudo que e eu preciso saber.

Não falo nada quando ela atende e controlo meus pensamentos enquanto os dedos de Lucy se mexem distraídos pelo meu pescoço, me provocando sem nem perceber. As sobrancelhas dela ficam mais tensas e seu olhar mais sério.

-A minha sobrinha tá no hospital.- ela volta para o chão e guarda o celular.

-No hospital?- franzo as sobrancelhas.

-É, parece que está com febre.- pega o casaco e a bolsa.- Eu preciso ir.

-Eu deixo você.- pego minhas chaves e Lucy olha para mim.- O que?

-Não sei.- balança a cabeça abrindo a porta.- Você quer mesmo vir ou está falando isso por educação?

-Não vou responder, Lucinda.- passo por ela.- Fecha a porta direto.

Vou até o botão do elevador e aperto, logo ela chega ao meu lado prendendo os cabelos em um rabo de cavalo e observo o pescoço dela. Acho que já deu para perceber a tara que eu tenho em pescoços, principalmente no sexo.

Esqueço tudo isso e entramos no elevador, Lucy parece não saber o que fazer e fica batendo o pé no chão enquanto passa o dedo indicador pelos lábios várias vezes. Está nervosa e parece que vai explodir a qualquer momento.

-Ei.- agarro seu pulso para que ela pare.- Ela deve estar bem, deve ter sido só um susto.

-É, eu sei.- fala óbvia.

-Então por que fica com essa mania?- balanço a mão dela.

-Eu fico ansiosa.- ela tira o pulso da minha mão.- As pessoas tem isso, sua pedra.

-Pedra?- fico surpreso.

-É, você não sente nada.- explica na defensiva.

-Eu estava sentindo algo.- murmuro.

-Sobre isso....- ela respira fundo.- Acho que é burrice, não? Você e eu...

-Se concentra na sua sobrinha e depois falamos disso.- o elevador abre no subsolo.

-Eu preciso falar quando fico ansiosa, então...- ela caminha comigo.

-Você não sabe só ficar calada?- abro a porta e entramos.

-Não.- balança a cabeça.

-Ok....

-O beijo foi bom, e eu não lembro muito da transa, então pode ser que dê certo se a gente quiser esquecer....

-Você não lembra da transa?- fico surpreso quando ligo o carro.

-Não.- balança a cabeça.- Você lembra?

-Não.- começo a dirigir.

-Então ótimo. Dá pra gente se tratar normal.- ela fala simples.- É só a gente não ir se pegando pelo seu apartamento. Onde eu nem deveria estar.

-Eu só estava tentando fazer uma boa ação...

-Me beijando?- parece incrédula.

-Não, convidando você para dormir no meu apartamento e....quem disse que eu beijei você?- paro em um sinal.

-Você avançou primeiro.- ela lembra.

-Não avancei, não.- balanço a cabeça.

-Foi.- assente.

-Ok, acho melhor não discutirmos isso.- acelero quando o sinal abre.

-Porque você sabe que foi você.- ela relaxa no banco.

-Não fui eu.- me irrito.

-Foi sim.- sorri.- Você passou o braço pela minha cintura, a gente se encarou e você me beijou.

-Você aproximou o rosto do meu e me beijou.- rebato.

-Não foi assim.- balança a cabeça.

Desisto de tentar insistir e Lucy parece uma vencedora, mas ela só é isso porque eu deixei ela vencer. Claro que não fui eu quem começou, eu nunca era a pessoa que começava e não ia ser diferente com Lucy.

Só ia deixar ela no hospital e ir embora, estava cansado e amanhã tinha uma reunião importante. Então precisava de todo o sono possível, e com Lucy, eu nunca iria dormir com ela falando daquele jeito tagarela dela.

Lucy Gallagher - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora