Problema Irresistível | Min Yoongi

🌗12º Capítulo

🌕

Seis horas da noite.

Aproveitei que Min Yoongi havia saído e fui em minha casa buscar algumas roupas para tomar um banho, já que a única que tinha aqui era as que eu estava usando ontem, antes do baile.

Me sentei no sofá da sala daquela casa enorme em um suspiro, desejando que Taehyung saísse daquele quarto para que tenhamos a chance de conversar por pelo menos cinco minutos.

Eu já não consigo pensar em mais nada depois que Yoongi me contou tudo.

Por que ele nunca me deixou ciente de que se envolvia com esse tipo de coisa?

Por que Ayla me escondeu tudo isso junto com ele?

Isso me dá impressão de que tem mais história por trás de tudo isso e que eu sou a única que não está sabendo de nada por aqui.

Virei meu rosto ao ouvir passos na escada e em seguida suspirei em alívio ao vê-lo.

— Como você está? — Pergunto me levantando do sofá quando ele desce o último degrau.

Taehyung me ignora.

— Suga deixou café pronto, ele disse que você tem que beber pelo menos um pouco porque pode te ajudar. — Falo o observando.

Ele balança sua cabeça negativamente.

— Você precisa melhorar, Tae. — Meu tom de voz é calmo. — Não vai conseguir sobreviver carregando tudo isso.

— Não quero sobreviver. — Ouço sua voz rouca pela primeira vez depois de horas assim que ele me olha.

Engulo em seco quando o ouço com atenção.

— O quê? — Pergunto desacreditada ao ouvi-lo.— Não diz isso. — Peço me aproximando em pequenos passos.

— Desculpa, Claire. — Respira fundo. — Eu não quero. — Encolhe suavemente seus ombros. — Depois do que aconteceu ontem, isso tem que acabar. — Seus olhos castanhos encaram os meus. — Eu quero acabar. — Diz ao pegar seu casaco no cabide, passando por Yoongi quando sai.

— Para onde ele vai? — Suga pergunta confuso assim que entra.

— Eu... eu não faço a mínima ideia. — Respondo pensando no que Taehyung havia me dito alguns segundos atrás. — Suga... ele falou que quer acabar com tudo isso. — Meu tom de voz é baixo.

— Ele sempre faz isso. — O moreno responde de forma simples em um suspiro. — Ele deve ter saído para pensar no que aconteceu, daqui a pouco está de volta. — Fala calmo. — Não precisa ficar preocupada dessa forma. — Sorri fraco.

— Por que ele diria isso? — Pergunto voltando a me sentar.

— Porque se sentiu mal em magoar você, é o jeito dele de se atormentar. — Diz tirando sua jaqueta e a colocando no cabide. — Vai passar.

— Vai mesmo?

— Uhum. — Murmura balançando sua cabeça em concordância.

— Parece que ele está com muita dor. — Cruzo meus braços quando estico minhas pernas no sofá.

— Isso também vai passar quando ele aceitar de vez o que está acontecendo. — Suas respostas continuam ainda mais simples.