🧸 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍𝒍𝒚, 𝒙-𝒎𝒂𝒔

2.9K 223 671
                                    

AOI

— ACORDA CAMBADAAAA.

— Ô DESGRAÇA VIROU GALINHA?

Acordei do meu soninho da tarde com o grito de Hiro ecoando sobre a mansão.
Mesmo Hiro fazendo isso toda santa véspera de natal eu ainda não me acostumei.

— Olha só tem uma fazenda de perus perto daqui a gente podia ir lá mais tarde pra-

— Hiro querido você poderia se acalmar? São 17:30 — falo dando batidinhas em seu rosto enquanto bocejo. — Te deixo responsável pelo peru pode ser? Eu arrumo as coisas por aqui.

— CERTO! To indo lá então — Hiro corre freneticamente até a saída.

Rio enquanto vejo o quanto ele estava animado com aquilo.
Logo começo a me distrair olhando pro nada, pensando que logo logo veria meus amigos... e óbvio, meu amado.

Inosuke me mandou uma carta neste tempo, escrito um "olá, te amo", com uma letra torta... pensa numa menina feliz.
A cada momento que se passa, percebo o quão eu amo o Inosuke, em cada detalhezinho posso ver o quão foi bom ter confessado tudo o que sentia, e que isso vai valer a pena pelo resto da minha vida.

— Nunca vi alguém tão animado com o natal — alguém ri atrás de mim. Uma voz que fazia muito tempo que não ouvia.

— ... — Me viro pra trás bruscamente — R-raijin?

— Aoi! — ele sorri e abre os braços, logo vou correndo para um abraço apertado.

Raijin, fazia muito tempo que não falava desse nome.
Meu melhor amigo de infância, antes de qualquer outro amigo que eu tenho atualmente.
No mesmo ano em que vim para a propriedade, conheci o menino de cabelos brancos e olhos vermelhos, Raijin, vizinho da propriedade.
Nos falávamos todos os dias, toda a hora, até ele ter que de mudar quando eu tinha 12 anos, e eu nunca mais ver ele.
A saudade me consumiu por um tempo, por que além de tudo, ele foi o meu primeiro amor.

Achei que não se lembraria de mim — ele se afasta do abraço.

— Você mudou claro, está bem... mais alto — rio sem graça — Mas seu rosto continua o mesmo.

— Você não mudou muito em altura — ele ri alto.

— Q-quem liga pra isso — faço bico, irritada.

— É bom te ver de novo... — ele ameniza a risada.

— Se não for rude perguntar, que veio fazer aqui?

— Quis vir dar uma passada aqui... tentar te ver pelo menos nesse natal. — ele sorri largo.

— Fico feliz! Quer ficar para o jantar? Teremos mais gente pra celebrar o natal.

— Oh gostaria muito!

— Legal então! Enfim, eu vou pra estação de trem esperar as visitas, acordei tarde e acabei esquecendo que eles chegariam nesse horário. Quer vir comigo ou esperar o Hiro aqui com o peru?

Eu sou uma... covarde Onde histórias criam vida. Descubra agora