Cap. 6

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Ele usa as duas mãos para me pressionar contra seu membro que, caralhos, dava pra sentir pulsando. Ao mesmo tempo que uma sensação desconhecida invadia meu corpo, também era tomada por completo pelo desejo.
Ele vai beijando meu pescoço enquanto intercala com mordidas, às vezes fortes até. Procuro seus olhos, mais uma vez minha mente me prega uma peça, quando olho para seu rosto seu semblante tem algo diferente, como se fosse uma outra pessoa ali. Apesar de seus olhos emitirem um leve tom vermelho, com certeza eu passei da conta no álcool. Ele aperta meu rosto com uma das mãos e vai me conduzindo até a cama, vou tombando de costas.
–Eu sinto o seu desejo, é como energia amaldiçoada esvaindo de cada poro do seu corpo, eu sei que você me quer.
Ele fala com o olhar baixo, já que nossa altura é consideravelmente divergente, quando aquelas palavras entram pelos meus ouvidos posso sentir um calafrio desestruturando cada parte do meu corpo, minhas pernas amolecem mas ainda fico suspensa por sua mão que segurava meu rosto. Ele dá um sorriso de lado, me joga na cama e logo vem por cima enquanto dá uma risada sarcástica, sinto mordidas pela minha mandíbula, pescoço e colo, aos poucos os gemidos vão escapando da minha boca, e vão ficando mais densos quando sinto uma de suas mãos adentrando de vez minha calcinha. Com os dedos ele começa a me estimular. Porra, aquilo era tão bom, apenas com os dedos era uma sensação indescritível, meus olhos não tem ponto fixo, olho para o teto ao mesmo instante que tento encontrar seus olhos, em questão de minutos estou prestes a ter um orgasmo, quando de repente ele para e se senta na beira da cama.
–Que porra é essa? Tá de brincadeira comigo?
Ele permanece em silêncio, levanto da cama e fico em pé na sua frente. Observo seu corpo e de relance percebo que as marcas não estavam mais lá, bom, real ou ilusão o tesão foi junto com elas.
–Sinto muito, não podemos fazer isso, quer dizer, eu quero muito, mas não desse jeito.

Continuo olhando para ele incrédula, que tipo de bipolaridade do caralho é essa? Ele levanta da cama e pega seu uniforme que estava embolado no pé da janela, coloca sobre o ombro e vai em direção à porta.
–E-eu não entendo, o que tem de errado? Por quê isso de repente?
–Só não é certo, S/N, eu não iria me sentir bem se a gente continuasse com isso, nós dois estamos sob efeito de álcool e tudo mais.
–Pensei que era apenas um gatilho pra fazermos o que tínhamos em mente.

Característica apurada hoje: ser estupidamente honesta e impulsiva quando bebo.
Ele olha pra mim sem reação e dá as costas.
–Quando amanhecer eu vou ter que ir, a eletricidade não deve demorar voltar agora.

Ele fecha a porta depois de ter dito isso, sinto uma raiva descontrolada, pego a garrafa de bebida e jogo na porta, o som dos estilhaços de vidro batendo contra a porta e o chão é estridente. Eu realmente estava puta. Quem ele pensa que é pra fazer isso comigo? Eu sei que bebi, mas também estou consciente, eu sei o que sinto e sei o que quero, mas com certeza não vai ser o álcool que vai me fazer se arrepender de fazer o que eu fiz, vai ser simplesmente ele!
Deito na cama e sinto ela girando, tudo está girando, viro de lado e fecho os olhos, só consigo pegar no sono devido ao álcool que conseguiu deixar minhas pálpebras pesadas.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Onde histórias criam vida. Descubra agora