Cap. 7

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São 8h da manhã, sinto uma sensação horrível, quando meus olhos se adaptam ao ambiente impulsivamente meu corpo levanta e vou em direção ao banheiro, meu organismo está colocando todo o álcool que restou da madrugada pra fora. Olho no espelho e vejo nitidamente marcas de mordida pelo meu pescoço, barriga e até nas pernas. Acho que ele devia estar esfomeado, otário. Mas porra, era tão bom.
Os estilhaços de vidro ainda estavam na passagem da porta, abro assim mesmo e tomo cuidado para não pisar em nenhum caco, vou direto para a sala, mas nenhum sinal de Yuuji. Filho da puta!
Noto que há alguma coisa coberta em cima do balcão da cozinha, levanto o pano e vejo que ele havia feito café para mim. Meu primeiro pensamento é atirar no lixo, ainda pela raiva que senti ontem, mas logo fico mexida, fico sem jeito. Enquanto estou sentada comendo percebo que também há flores no jarro ao lado da janela da cozinha.
O que ele pensa que está fazendo? Que porra é essa? Não sei lidar com esse tipo de coisa, involuntariamente sinto meu rosto quente, estou corada com certeza.
–Otário.
Pego o celular e o coloco para carregar, dou uma olhada nas mensagens que vão atualizando no momento em que o mesmo liga.  Percebo mensagens de um número desconhecido mas tinha certeza que era Yuuji.
—Mensagens—
XX: oi, eu n sei nem o que falar. foi tudo mto rapido, me desculpa ter agido daquela forma, n queria que as coisas saíssem do controle. quando vc chegar no colegio a gente pode conversar melhor? :)

Mensagem enviada: ok

Eu devo demonstrar frieza, mas com ele simplesmente não dá. Durante o dia todo vêm flashbacks daquele momento na minha mente, às vezes me desconcentro do que estou fazendo e paro no tempo, que diabos.
Lembro das marcas que jurei ter visto no seu rosto e no corpo dele, e os seus olhos vermelhos, eu devia realmente estar alucinada por conta da bebida, certo?
O fato como sua voz oscilava, o fato de como sua presença mudava, como o ambiente todo mudava de repente, é tudo muito confuso. Puta merda, isso tudo me deixa intrigada mas ao mesmo tempo sem espaço para pensar muito, nunca tinha sentido sensações como as que senti naquela madrugada, ele realmente tem algo de diferente. Algo que soa diferente, mas não consigo dizer o que é.
O relógio já marcava as 18 da noite, não recebi mais nenhuma mensagem do dito cujo, fiquei meio sentida. Mas logo passa, a última coisa que quero agora é criar sentimentos por alguém.
Me pergunto se aquele tal do Fushiguro tem meu número salvo, parando para analisar ele até que não é tão mal de aparência, lindo e introvertido, com certeza vai ser um bom hobby provocar um caladão como ele, mal posso esperar pra ir para este Colégio.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Onde histórias criam vida. Descubra agora