Cap. 32

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Me aproximo mais do espelho, olho mais de perto, não parecia com nenhum hematoma ou coisa parecida.

Era mais como uma marca, acabei não dando tanta importância já que estava perto da hora de me encontrar com Yuuji. Escuto batidas na porta.

Abro a mesma e posso desfrutar da bela visão que se encontra em minha frente, Yuuji vestido com uma camisa larga por coincidência também rosa, calça e tênis também brancos.

Fiquei impressionada com a nossa sintonia.

Ele me encara também de cima a baixo com uma expressão de surpresa. Solta uma risada que me faz querer rir também.

–Acho que nem se nós tivéssemos combinado. Precisamos tirar uma foto para recordar.

Sorrio concordando, tiramos uma breve foto juntos no espelho e logo pegamos o trajeto até a cidade enquanto decidimos em qual karaokê irmos.

As luzes neon do ambiente deixavam tudo com um ar eletrizante.
Podia sentir meu coração querer pular pela boca, ver Yuuji assim, sob as luzes, distraído, me faz querer pular em seu colo e beijá-lo ali mesmo.
Acho que ele não percebeu que estou há tempos o observando, já que está ocupado tentando fazer o microfone funcionar.

–Você me chamou para um karaokê, mas em momento algum me perguntou se eu cantaria.

–Mas é claro que vai.

–Pensei que você me conhecia um pouquinho, pelo menos o suficiente pra saber que eu não faço esse tipo de coisa.

–Para de ser chata, S/N! Você vai cantar sim, vai cantar pra mim.

Balanço a cabeça em negação enquanto me sento, cruzo os braços.
Ele se levanta e vem em minha direção, já disferindo uma sequência de cócegas pela região do meu abdômen.

Me contorço, soltando uma gargalhada, posso ver seus olhos fechadinhos pelo fato de estar rindo também.

–Você vai sim!

Acabo me rendendo devido à falta de ar.

–Está certo, eu vou! Me deixa respirar!

Puxo uma grande quantidade de ar, nossos rostos estão quase colados. Seus olhos penetram os meus, impossível ignorar o fato de ele estar olhando agora para minha boca que estava entreaberta.

–Eu começo então.

Quebra o clima, acho que ele sabia que se nos beijássemos ali, não pararíamos, na verdade não tínhamos ideia de como iria acabar.

Ele estava "cantando" uma música desconhecida por mim, posso sentir que a qualquer momento meus ouvidos vão sangrar.

Ele sabe que está indo mal pois ri mais que canta, e o faz olhando para mim que também não poupo risadas.

Eu congelaria esse momento, poderia ficar aqui para sempre. É tão bom que até esqueci da existência de Sukuna por um instante. Até da de Megumi.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Onde histórias criam vida. Descubra agora