Cap. 19

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Estou ofegante e fraca, aos poucos a adrenalina vai acalmando e vou sentindo a vista escurecendo.
Yuuji e Fushiguro correm em minha direção.

–S/N! Acorda, por favor, não apaga!

Desesperado, Yuuji me pega no colo e sai disparado correndo para fora do local que estávamos, Fushiguro está logo atrás e seus olhos não desgrudam de mim. Consigo ver sua expressão de desespero.

–Os batimentos dela estão cada vez mais fracos, Fushiguro a gente tem que fazer alguma coisa! Sensei! Sensei!

A última coisa de que me recordo é o cheiro do capuz do uniforme de Yuuji.

Acordo com uma dor de cabeça insuportável, meus olhos não se adaptam à claridade da sala, logo percebo que estou em um hospital.

–Que bom que acordou, S/N, ficamos muito preocupados. Como se sente?

Meus olhos estão sensíveis por isso os mantenho fechados, mas percebo que é a voz de Fushiguro.

–Bem, eu acho. O que aconteceu?

–A situação saiu completamente do controle, Gojo-sensei está muito frustrado, não era para as coisas terem tomado esse rumo. Pensamos que íamos te perder.

–Eu tô legal, juro.

–Não sabemos o que te deixou tão debilitada ainda, mas precisamos falar sobre o seu shikigami, por quê não disse antes que os sabia dominar?

–Porque eu não sabia, até o momento, estou tão surpresa quanto vocês.

Sinto a cabeça doer, aperto os olhos, a sensação pós batalha com maldições é horrível. Sinto como se uma manada de elefantes tivesse me pisoteado.

–Certo, não vamos mais tocar nesse assunto por ora, você precisa se recuperar.

–Onde o Yuuji está?

–Ele não pode vir, só podia haver um acompanhante, eu insisti que devia vir.

O silêncio toma conta do cômodo, pode-se ouvir apenas o relógio contando as horas e a indicação dos meus sinais vitais nos aparelhos.

–S/N, sei que não é legal insistir no assunto, mas no momento em que você entrou na expansão, minutos antes pude ouvir sua voz bastante alterada, o que estava acontecendo?

Os batimentos aceleraram e naturalmente ele percebeu, por conta dos aparelhos. Por quê eu estava tão vulnerável assim?

–Eu não quero falar sobre isso agora. Quero voltar pra casa. Já estou melhor.

–Não podemos ir...

Tiro todas as fiagens e agulhas que se ligavam a meu corpo e levanto imediatamente da cama.

–S/N, volta pra cama agora!

–Ou o quê? Vai me obrigar Fushiguro?

–Você não me dá escolha.

Ele segura meus pulsos com certa cautela, estamos frente a frente e ele logo me empurra de volta na cama. Faço um impulso contra a cama fazendo assim com que seu corpo caia junto com o meu. Agora ele está por cima de mim e sua boca a poucos centímetros da minha.

Ele cora e desvia o olhar, consigo soltar uma de minhas mãos e seguro seu rosto, o fazendo olhar pra mim de novo. Seus olhos fitam minha boca, com isso não consigo me segurar e logo começo a beijar ele.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Onde histórias criam vida. Descubra agora