Uma conversa com Buddha

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   O quarto era grande o bastante para caber mais de vinte deuses ou mais, o chão estava cheio de oferendas e cartas, Buddha guardava cada presente dos terrenos em seu aposento.
   Spinel passou o olho em algumas cartas, que iam de declaração de amor até cartas de agradecimento por um milagre, ou iam de pedidos de cura até pedidos como "mata aquele assassino"... Nada muito haver com Buddha.
- Quanta coisa... - Resmunga Spinel enquanto olhava a montana de presentes que Buddha recebia, de roupas a bichos de pelúcia, de comida chique a chocolates baratos com gosto de parafina.
Que logicamente eram os que Buddha mais gostava, não adiantava dar chocolate requintado para ele que, nem chegaria na boca dele.
  - Sempre recebo muitos presentes... Ainda tem um monte para olhar. - fala ele
- Você vê todos? - Pergunta
- Sempre. Cada um deles. Eu os separo... Mas tenho os meus presentes mais queridos guardados aqui...
Ele abre uma porta de madeira de carvalho entalhada a mão, com fios de ouro, dentro Havaí um lugar dedicado a uma única pessoa no mundo.
- De quem é? - Pergunta curiosa
- De uma pessoa que era muito importante pra mim e agora... Eu a perdi... Por idiotice minha... Sabe Spinel... A muito tempo quando eu era humano ainda eu tinha uma mulher ao meu lado... Ela era tudo na minha vida... Estava sempre lá quando precisei... Sabia tudo sobre mim... E quando ela precisou eu não acreditei na pessoa que mais merecia minha confiança.
- Você foi um baita de um babaca.  - falou
- Você não tá me ajudando Spinel. - riu Buddha com lágrimas nos olhos - queria vê-la uma última vez... Dizer a ela que a amo... Pedir perdão.
- Nunca disse seus sentimentos a ela?
- Não... Eu só falava de Jataka na época ... Mas ela sempre me fazia ser o meu melhor... Agora eu... Tento buscar o que eu era com ela... Mas sem ela aqui... - diz com uma voz de choro
- Wann... Adoro essas declarações de amor... Me deixam tão feliz. - fala Spinel com o rosto ruborizado e os olhos em formato de coração.- Ano se preocupe  Buddha... Eu posso ajudar. Coloque a mão em minha pedra faça um desejo ao final do Ragnarok ele se realizará. Mas tome cuidado com que pede.
  Buddha sentiu o ar frio e sombrio daquela proposta, que era realmente tentadora.
- Obrigado Spinel... Mas não vou desejar nada..
- Hmmm. Sério?
Ele balançou a cabeça convicto
- Pois bem... Vc passou! - Saltitou ela - Eu sei onde ela está mas... Não posso dizer até o fim do Ragnarok. Pode esperar não é?
- Esperei milhares e milhares de anos... O que são algumas horas?
Spinel riu.
   Esperou o deus se deitar na cama para começar o processo de cura... No telão ao lado a luta entre Apollo e Nostrodumos já estava acontecendo...
A vantagem de Apollo era evidente.
- Ele sempre faz isso...
- Isso? - Questiona Buddha.
- É de dar o oponente uma vantagem aí ele pede para parar e diz... "Você já perdeu" - Enquanto Spinel explicava isso para Buddha o que ela falava acontecia meio que instantâneamente... Era quase como se ela estivesse fazendo aquilo acontecer. A Luz rosa claro que saia das mãos de Spinel acalmaram o corpo de Buddha que sentia dor... Logo todas as feridas e qualquer resquício delas se foram, era quase mágico.
- Incrível. - Disse o deus cansado - Mas dá um sono não é? Venha deite comigo.
- QUE? - Indagou assustada.
- Não vai me dizer que não quer. Você não quer? Não gosta de mim também?
- Não... Não é isso... É meio repentino... Tá... Eu deito... - disse envergonhada
    Buddha sorriu maléfico, puxou a deusa para perto dele beijou sua testa e envolveu o pequeno corpo dela ao dele
- O que ouve com Zero? - pergunta ele fazendo carinho em seu cabelo.
Enquanto isso na mente de e
Spinel...
'SOCORRO... SOCORRO... EU ESTOU DEITADA COM BUDDHA... não pira Spinel tá tudo bem. Não pira... Ele tá falando com você foca.'
- o que? Desculpa me distrai...
- O Zero... Quando estava lutando com ele... Vc o abraçou antes dele virar aquele troço lá.
- Waaaa... Eu salvei o que restou do Zero Buddha... Já tinha em mente o que Belzebu estava fazendo com o Zero no mesmo dia que ele implantou aquela semente eu coloquei no Zero uma pedra minha... Então quando Hajun acordasse eu poderia salvar Zero. 
- Gênia. - Disse - Por isso as faíscas?
- Sim são as almas de quem morreu... Por isso eu guardo e depois dou pra Anubis.
- Porque elas vão pra você?
- Porque elas ainda tem um vínculo com alguém, ainda existe amor, enquanto existir amor a alma deles estarão vivas.
- O que vai acontecer se você se for também? - Questionou o deus
- meu corpo se torna faísca oras... E minha pedra será dada a Anubis... E é o único que pode reviver, ou não alguém.
- Não ouse morrer. - Diz ele abraçando forte a deusa
- Hahahaha porqueee??? Você me ama? - Provoca
- E se eu amar?! - Provoca de volta
   Os olhos de Spinel brilham e toma a forma de corações...
   Era estranho estar tão perto daquele deus e ao mesmo tempo era como sentar na praia e apreciar o mar... Uma sensação de paz...
   Ela olhou para a batalha que acontecia no telão... O fim dela na verdade... enquanto Buddha dormia abraçado segurando-a pela cintura.
O resultado da batalha nós foi nem um pouco inovador... Claramente Nostrodumos havia vencido...e como sempre não havia arranhado nem sequer a sua roupa.
O pior seria aguentar aquele pivete se vangloriando...
Placar: humanos 5 x Deuses 3

A faísca que mudou tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora