12. - A long time ago.

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19 de agosto, domingo.

Espero que Sophie chegue até mim, e por um momento a fito, observando a mesma sorrir para mim.

— Oi, já está indo embora? — Eu fito os meus pés rapidamente, e, por ventura, uma resposta bem mal criada se forma em minha boca, do qual engulo para não sair.

— Quem era o homem com quem você estava conversando? — Me sinto uma intrometida, uma namorada ciumenta, mas acontece que...

Sophie olha para trás, franzindo o cenho.

— Quem?

Eu semicerro a boca.

— O homem bonitinho de preto do qual você estava conversando as escondidas — Isabella cantarola, fitando-a, e Sophie ri segurando o seu olhar.

— Primeiro, eu não estava conversando as escondidas com ninguém, e segundo bonito é relativo. — Ela ri, e me encara. — Aquele lá era o Danka, não o conhece? Ele é sobrinho da senhora Wandell.

Senhora Wandell?

A senhora Wandell não tem filhos, ela mora perto da faculdade, tem uma cafeteria, não me lembro de Danka por perto.

— Ele não mora aqui — Sophie fala, como se lesse os meus pensamentos. — Vem só passar as férias. A propósito, vocês vêm?

Indagou ela, passando sorrindo por mim e Isabella.

A última vira-se para mim.

— Por que você correu?

— Nada, só pensei ter visto alguém. — Sorrio em sua direção. — Vamos entrar?

Eu indago, enganchando o meu braço no seu, e seguindo para dentro com ela.

O plano era ir embora na manhã seguinte, Nia estava com as malas prontas, ansiosa para voltar para o solo americano, já eu, resolvi prolongar a minha estadia em Incles por mais alguns dias. Nia não gostou muito da ideia — temia que minha mãe me impedisse de sair do país —, o que me fez rolar os olhos. Ela não fora capaz da primeira vez, e não será na segunda.

— Por que vai ficar? Os papéis da adoção não sairiam tão rápido assim.

— Eu sei, não saíram, mas tem uma coisa que eu preciso fazer em relação a isso agora.

— E o que seria?

— Eu te conto tudo quando descobrir, ok? Além disso, tem um favor que eu preciso que faça para mim. — A mesma estreitou os olhos, fitando-me desconfiada.

A despedida sempre é a pior parte.

— Você tem certeza que vai ficar? — Justin indagou enquanto eu o ajudava a colocar as malas no carro.

— Não se preocupe — eu sorrio ao ver o seu franzir de cenho. — Não vai se livrar de mim tão fácil, e logo mais estou de volta a América.

— Bom... — ele sorriu para mim. — Adorei derivar sobre os mistérios da vida com você por um tempo.

Dou uma risada.

— Foi um imenso prazer descobrir o que é chassis — Justin riu. — Acredito que nós nos veremos muito de agora em diante.

Inclinei o meu queixo em direção a Nia e Nox.

— É, definitivamente. Foi bom conhecer você, As.

Eu concordo.

E teria sido muito melhor se...

Eu balanço a cabeça. Chega disso.

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