Capítulo: 27

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Stella

Stella volta do refeitório correndo, se distraiu conversando com os colegas sem perceber que o horário do "cafezinho" já tinha se esgotado. Sem querer esbarra em Alex e é xingada por ela.

- Sua idiota, olha por onde anda.
- Me desculpe, senhora.
- É Srta. Laviee pra você, sua abobalhada.

Alex olha com desprezo e sai pisando duro, Stella fica irritada com a arrogância da mulher. Notou pelo sotaque que era francesa, mas nunca a vira na empresa, foi para sua mesa e ao avistar Lilly lhe diz:

- Essa empresa é cheia de pessoas mal educadas.
- Hahaha, está referindo a Srta. Laviee?
- Você a conhece?
- Quem não a conhece? Ela é ex-namorada da nossa chefe.

Stella fica chocada, então a francesa era a pessoa que Ruby chamou em um dos seus sonhos e chorou.

- Desde que Ruby terminou, não a vi mais na empresa, pelo menos uma vez na semana ela vinha aqui.
- Hum...por que terminaram?

Lilly organiza alguns papéis e responde em seguida.

- Ninguém sabe ao certo. Mas sei que a Ruby ficou muito mal, passou dias sem vir para a empresa, e quando finalmente voltou, passou dias de óculos escuros pra esconder as olheiras e o Sr. Bismarck proibiu a entrada dela.

Stella estreita o olhar confusa.

- Que estranho! Se ela terminou o relacionamento porque ficou sofrendo depois?
- Eu acho estranho também, mas Ruby gostava muito dela, eram noivas. Alex era bem ciumenta, mas algo me diz que foi sério.
- Suspeito.

O sexto sentido de Stella lhe dizia que algo muito grave havia acontecido, caso contrário, Raphael não teria proibido a entrada da mulher. Embora estivesse curiosa, não tinha liberdade suficiente para perguntar a CEO. Ficou claro que, Ruby e Alex ainda precisavam esclarecer pendências mal resolvidas.

Ruby

Ruby passou o dia em sua sala trabalhando e distraída do mundo lá fora, com a presença de Alex se esqueceu totalmente que queria falar com Stella.

- Lilly, peça para Stella vir até aqui, por gentileza.
- Sim.

Lilly passa o recado para a colega, que voltara do banheiro e recolhia suas coisas para ir embora.

- Antes de você ir, Ruby quer falar com você.
- Ok.

Stella suspira, oscilava entre querer ver a CEO e não vê-la nunca mais.

- Licença, me chamou?

Ruby se servia de café, preparou outra xícara e deu para Stella, e gentilmente pediu para ela se sentar.

- Stella não sei como começar, eu não queria te magoar, mas...
- Mas sou pouca coisa pra você.

Ruby suspira, mas continua.

- Por favor, não fale assim. Você é incrível, é clichê o que vou dizer mas o problema sou eu, entende?
- Não entendo e nem quero entender, quem você pensa que é pra me usar e depois me descartar como uma qualquer?

Stella estava irritada e Ruby sabia que não daria pra conversar, a garota era geniosa e apesar de admirar sua personalidade odiava discussões, a moça tinha a tendência de elevar o tom de voz, algo que não gostava pois lhe trazia terríveis lembranças.

- Stella, não consigo ter uma conversa saudável com você, seu humor muda rapidamente e eu não estou acostumada com isso.
- Olha quem fala, a desentendida da colmeia.
- Como é?

Ruby fica ligeiramente irritada, não era possível que a estagiária estivesse "usando" o apelido que os funcionários deram a ela nos corredores da empresa.

- Você entendeu muito bem, seu humor muda também em minutos.
- Não use esse tom comigo por favor, e se meu humor oscilou nos últimos dias eu te peço desculpas, tenho humildade pra reconhecer quando erro, e sei que errei com você. Mas não vou tolerar sua falta de respeito comigo.

Stella se aborrece e responde com rispidez.

- Respeito? Agora você quer ser respeitada? Por favor, não me faça rir Srta. Bismarck.
- Já chega, ironias e deboche não. Boa noite Stella.
- Boa noite.

Ruby a observa sair incrédula, exceto por Alex, nunca ninguém falara assim com ela, a menina não tinha freios e falava o que vinha em sua mente.
Com a cabeça estourando novamente, deu um tempo em sua sala e depois foi para casa, seria uma semana daquelas.

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