Capítulo: 28

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Stella

Quando Stella chegou em casa, sua fúria por Ruby já havia passado, perdeu a aula de dança que tanto gostava por conta da discussão idiota que teve.
Praguejando contra a CEO, não se dá conta que a namorada estava em sua casa.

- Oi amor.

Danielle a esperava sem perceber que não era bem vinda naquele momento.

- Oi, como você entrou?
- Sua irmã estava saindo quando cheguei, me deixou te esperando.
- Hum...

Danielle abraça carinhosamente Stella, mas é afastada.

- Não estou com clima para amor agora Dani, tenho mil coisas pra fazer: estudar, fazer relatórios...
- Tem dias que você está assim sem muita paciência, aliás, você anda muito estranha.

Mesmo sabendo que tinha que conversar com a namorada, Stella postergou o assunto. Sentia vergonha de si mesma, porque no fundo percebeu que não se arrependia de nada que fizera com Ruby, era o contrário, desejava ardentemente por mais.

- Eu vou tomar banho e a gente conversa sobre sua entrevista, pode ser?
- Claro.
- Ótimo, já venho.

Stella já tinha a compreensão que não queria mais namorar com Danielle, colocou suas angústias para fora chorando baixinho no chuveiro. Seus problemas só estavam começando.

Ruby

Ruby liga para a mãe e fala um pouco com sua avó também, prometeu visitá-las assim que estivesse mais tranquila no trabalho. Seu pai precisava dela na empresa, e passou a gostar de ir trabalhar, ainda mais com a presença de Stella.
Após conversar um pouco com elas, toma um longo banho em sua banheira e pensa em Stella, queria que ela estivesse ali e começou a se tocar. Massageou seu clitóris com o dedo indicador e colocou o dedo médio em sua vagina.

- Hum...

Ruby geme, já fazia um tempo que não se
masturbava, fez movimentos com o dedo médio e introduziu mais um, de olhos fechados gemia e sua mente mais uma vez desenhou Stella.

- Ah!

Ruby continuou a se tocar até conseguir um breve orgasmo. Levanta da banheira e decide se divertir um pouco, já tinha se passado alguns tinha dias desde a última vez que saiu pra espairecer a mente e relaxar do estresse do trabalho.
Escolheu vestir um jeans, um top branco e um colete jeans. Nos pés, optou por uma bota de cano curto, o único acessório que colocou pra combinar com o bracelete de família que sempre usava, foi uma correntinha de ouro com a sua inicial. Dispensa a  maquiagem e desce para pegar seu carro.
Enquanto dirige, Ruby pensou em ligar para Maddison, mas logo se lembra que ela estava conhecendo alguém e não quis atrapalhar.
Parou em um barzinho exclusivo para mulheres e que era seu favorito, foi lá que conheceu Alex e desde que terminou o relacionamento não quis mais frequentar o lugar, não porque lhe trazia lembranças, mas porque não tinha sossego. Sempre tinha alguém querendo tirar fotos e nem era uma celebridade.
No bar pede uma cerveja, curte o movimento do lugar e a música até ouvir uma voz familiar, ao olhar para o lado vê Alex conversando com outra garota.
No mesmo instante se aborrece, qual a chance das duas se encontrarem no mesmo dia duas vezes?. Alex tocava no cabelo da moça e essa sorria de volta, sente ciúmes, embora soubesse que não deveria sentir, a moça em questão fazia o tipo da francesa.
Era ruiva, e pouco mais alta que ela, tinha cabelos compridos e se vestia com roupas curtas e justas, era bonita não podia negar.
Ruby, nunca entendeu, porque Alex se interessara por ela. Não fazia o tipo da francesa, tinha inúmeras tatuagens e cabelo curto, também não se vestia frequentemente com roupas curtas e decotadas e não era fã de maquiagem pesada, sua beleza sempre foi natural e se vestia de acordo com seu humor.
Desviando o olhar do casal, Ruby decide ir para a pista e dançar um pouco, não ia permitir que o ciúmes estragasse sua noite.
Enquanto dançava, uma mulher se aproxima e ambas trocam olhares e dançam juntas, em determinado momento se beijam e Ruby pede pra desconhecida ir com ela até o banheiro. No banheiro iniciaram uns amassos até serem interrompidas.

- Você não perde tempo, pega qualquer vagabunda pra me esquecer.

A voz de Alex sai carregada de raiva e ciúmes, Ruby para de beijar a garota e responde com altivez.

- Tem vagabunda nenhuma aqui, a única vagabunda que tem nesse recinto é você.
- Do que você me chamou?
- De vagabunda por quê?

A essa altura, a menina que beijava Ruby já estava assustada o suficiente com o barraco e saiu de fininho.

- Sua putinha, retire o que disse agora mesmo.
- Não retiro, vai fazer o quê, me bater como sempre fez?

Ruby não soube dizer pra si mesma, de onde tirou a coragem pra enfrentar Alex, talvez fosse o álcool ou adrenalina de ter sido pega quase transando em um banheiro, mas o fato era que não permitiria mais que ela a intimidasse.
Alex se aproxima de Ruby e a prende na parede, coloca um dos dedos em seu rosto e vocifera.

- Tenho que me controlar pra não te encher de tapas, tendo em vista que seu pai quase arruinou minha vida, você é uma erva-daninha Ruby, maldito dia que coloquei meus olhos em você.

Um sorriso de deboche deixa os lábios de Ruby que continua a sustentar o olhar de Alex.

- Eu disse que você se arrependeria.
- Cale-se, sua voz me irrita, você me irrita, tudo em você me irrita.

Ruby, olha profundamente nos olhos de Alex, sentiu por dentro um pequeno triunfo, finalmente conseguiu tirar a francesa de sua pose. Algumas lágrimas, apontam nos olhos de Alex que se apressa em secar, era raro chorar por algo, dado o fato de não demonstrar seus sentimentos. Se desviando dela, Ruby diz, decidida:

- Nunca entendi o que você viu em mim, o porque de ter mudado tanto comigo, e entendo menos ainda porque fui a única que você agrediu. Sua irmã me disse que, você mudou muito desde que começou a namorar comigo, eu sempre te dei amor e carinho e recebi tapas e xingamentos em troca. O que fiz pra me odiar tanto?

Alex estava na beirada da pia de frente ao espelho, sua maquiagem borrada denunciavam lágrimas que corriam por seu rosto.

- Nada, você nunca fez nada...eu não te odeio, te amo mais que a mim mesma, você sabe que depois da minha irmã é o único ser humano que eu me importo. Não sei dizer o que vi em você, porque nunca consegui responder essa pergunta, mas a verdade é que nunca conheci uma pessoa como você, intensa e que se entrega a alguém sem amarras e sem medo de ser feliz. Nunca quis tanto alguém como quero você, eu me arrependo de tudo que te fiz, porque só agora percebi que te perdi.

Ruby fica chocada com o desabafo de Alex, ela nunca tinha se aberto daquela forma, não demonstrava fraqueza ou temores.
Sempre que brigavam, a francesa era indiferente não tinha um pingo de paciência para ouví-la, quando chorava era acusada de ser fraca e infantil.
Alex se aproxima e a beija, queria sentir o gosto do beijo dela novamente, mas a CEO se afasta.

- Alex não vou cair nas suas artimanhas novamente, te dei quatro chances e você desperdiçou todas.
- Princesa, me dá outra chance. Dessa vez vai ser diferente eu prometo.
- Não Alex.

Alex abraça Ruby pela cintura, não conseguiu resistir aos encantos da CEO. Adorava como ela se vestia, sente o perfume dela e geme.

- Hum...você sempre será minha número 1.

Ruby por sua vez, se deixou abraçar, o álcool continuou fazendo seu efeito e por fim não conseguiu se afastar das investidas de Alex. Abriu a guarda e assim trocou um beijo, o ambiente começou a esquentar e faz com que a CEO esqueça momentaneamente de onde estava e com quem.
Enquanto se beijam, ouvem batidas na porta, eram outras mulheres querendo usar o banheiro, Alex a tinha fechado, quando viu Ruby com outra garota.

- Vamos pra minha casa mon cher.

Ruby nega, enquanto sente os lábios de Alex em seu pescoço.

- Não posso Alex dessa vez você não vai me ludibriar com sexo.
- Só vamos conversar você sabe...
- Suas conversas terminam com você me chupando e me fodendo.
- E você ama que eu sei.

Alex, beija Ruby com ímpeto, deixando claro que não desistiria tão fácil assim dela.

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