Capítulo: 32

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Stella

A culpa consumia Stella de tal forma, que resolveu se abrir para a irmã, entretanto, a reação de Esther não foi das melhores.

- Como teve coragem de fazer isso com a Danielle? Passou por cima dos seus princípios Stella, que vergonha.

Stella chora, não tinha coragem de encarar Esther, não podia culpar Ruby, pois estava ciente do que a CEO queria e foi de livre e espontânea vontade para cama com ela.

- Desculpe Esther, eu não sabia onde estava com a cabeça, estou com tanta vergonha.
- Não é pra mim que tem que pedir desculpas, Danielle não merece isso, se não gosta mais dela devia ter sido sincera.

Decepcionada com a irmã, Esther a deixa chorando e vai para o seu quarto, preferia não falar com ela até a decepção passar. Stella por sua vez, tinha um misto de sentimentos ora sentia raiva de Ruby e do que nutria por ela, ora sentia desejo e desejava estar em seus braços novamente.
Desejou voltar no tempo e nunca ter pisado nas Empresas Bismarck e conhecer Ruby. Com o coração apertado, vai para o seu quarto e chora até pegar no sono.

Ruby

Henry não teve escolha, no fim teve que remover a camisa e o short doll de Ruby, não só estavam sujas de vômito como ficaram molhadas.
Perdeu o fôlego ao vê-la totalmente nua, a garota era um verdadeiro espetáculo, pensou em como a natureza foi generosa com ela. Entretanto, o jovem teve o bom senso de não ensaboar os seios e nem tocar em sua vagina, só jogou água com o auxílio da esponja. Apesar de nutrir desejos por Ruby, não passou na cabeça de Henry de se aproveitar da situação, nunca fez tal coisa na vida e não faria agora, seus pais o ensinaram a respeitar as mulheres e seguia a risca. Entretanto, admitiu pra si mesmo que era difícil resistir à tentação de beijar a CEO, mas não tinha esse direito, aliás, ninguém tinha...afastando os pensamentos, admira algumas das tatuagens de Ruby que ficavam cobertas pelas roupas e gostou da tatuagem de coroa, já tinha visto mais ou menos, mas nunca prestou muita atenção.
Após dar banho em Ruby, a pega no colo novamente e a pousa em sua cama, termina de secar o corpo dela  com uma toalha limpa e resolve colocar uma de suas camisas nela, admirou por algum tempo o movimento suave de sua respiração, pensou divertido que os pais de Ruby estavam em um dia inspirados quando a conceberam, sempre achou a garota bonita, mas ao vê-la ali com mais atenção, concluiu na verdade que ela era estonteante, não tinha uma palavra melhor para descrevê -la. Com o pensamento longe, foi lavar as roupas de Ruby e fazer café.

****

Ruby acorda sentindo cheiro de café, resmunga ao sentir frio e dor de cabeça, ao virar pro lado caí da cama e começa a chorar por conta do susto, não reconhece o lugar e tampouco a cama em que desperta, o efeito do álcool ainda estava presente em seu corpo e a ressaca viria forte.
Cambaleando se levanta e sai do quarto de Henry, ficou confusa ao ver que era noite ainda. Diversas perguntas assolavam a sua mente, como: que lugar era aquele, o que fazia ali e como foi parar ali, as perguntas eram tantas que temeu o pior ao ver que não vestia suas próprias roupas.
Uma voz familiar chama sua atenção e seguindo o som, Ruby fica chocada ao se deparar com Henry

- O que estou fazendo aqui Henry?

Ruby pergunta assustada, confusa e com medo, Henry se vira surpreso e fica pasmo com a beleza da jovem, o cabelo bagunçado e ainda molhado lhe davam um ar sexy junto a camisa. Achou que depois de vê-la nua não ficaria surpreso com mais nada, mas se enganara, pensou em tirar uma onda com ela, mas Ruby estava realmente assustada.

- Bom, então...você bebeu pra caramba, flertou com caras em um bar e eu tive que intervir, te trouxe pra minha casa, pois, vomitou em mim e em você mesma, te dei banho e te coloquei pra dormi. É isso.

Ruby fica chocada, não lembrava de nada, uma das razões de não frequentar bares mistos, era pra evitar o assédio dos homens, sua inconsequência a levou a aceitar flertes masculinos. Morreu de vergonha, não sabia onde enfiar a cara e não conseguia encarar Henry. Por sua vez, o jovem advogado achou tudo divertido, omitiu a parte em que ela ficou alisando seus braços, em outra época adoraria deixá-la sem jeito e calar sua boca atrevida. Porém, estaria tripudiando de algo que trazia vergonha a Ruby e não achou certo fazer isso, até porque tinha uma irmã e era capaz de fazer justiça com as próprias mãos se alguém fizesse algo para ela.

- A gente transou?

Ruby tinha medo da resposta, não se lembrava de nada, estava a ponto de chorar novamente.

- Você acha que a gente transou?

Mesmo não querendo brincar com ela, Henry não resiste, quis descobrir a reação dela. Ruby se irrita e fala com raiva.

- Não conte a ninguém sobre isso entendeu? Eu vou negar até a morte.

Henry solta uma gargalhada, estava nítido que a CEO não se lembrava de nada e mandou seu bom comportamento para as cucuias.

- Olha não quero dizer nada não, mas você geme gostoso.
- Para Henry, por favor.

Ruby coloca as mãos no rosto e começa a chorar, sua noite só piorava. Henry a observa chorando, o remorso é tão grande que a abraça.

- Desculpe, não aconteceu nada entre a gente, só queria te irritar fazendo uma brincadeira sem graça.

Ruby soluça, deixando Henry sem saber o que fazer para acalmá-la, irritado consigo mesmo, pragueja em pensamentos e diz:

- Por favor não chore.

Henry fica sem jeito, não sabia lidar com aquela reação, Ruby chorou tanto que molhou a camisa que usava. Sem alternativas a pega no colo e a leva de volta pra cama, a CEO esconde o rosto no peito de Henry, estava triste e angustiada, desejou profundamente sumir do mundo.

****

Um tempo depois Henry que ficou ao lado de Ruby para acalmá-la, percebe que a CEO respirava tranquilamente, não estava dormindo mas olhava fixamente para a vista da janela. Sem saber, Henry a acalmou se mantendo ao lado dela, enquanto acariciava seu cabelo, era macio e denso como sempre imaginou.

- Você está bem?

De costas para Henry, em posição fetal, Ruby balança a cabeça com um preguiçoso SIM.

- Desculpe mais uma vez, pela brincadeira.
- Tudo bem...

A voz de Ruby sai baixa e quase inaudível, Henry sente um aperto no peito, imaginou a irmã no mesmo estado.

- Quer que eu te leve pra casa?

Ruby não responde, adormece com a carícia de Henry.
Apesar da fachada de durona, por dentro Ruby era frágil e muito sensível. O jovem advogado, soube que nunca mais a veria como antes, com esses pensamentos adormece abraçado a Ruby.

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