Capítulo: 31

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Ruby

Era nos braços do pai que Ruby se consolava nos últimos tempos, mas sentia vergonha de procurá-lo  nessas condições. Teve a ideia de ir para um barzinho qualquer, não gostava de ficar sozinha, não porque fosse fazer algo contra a vida, mas porque na solidão do seu grande apto se dava conta que por mais que tivesse dinheiro não tinha o principal, alguém para lhe dizer que não estava só e que a amava. Seu pai com certeza lhe daria um sermão, odiava vê-la sofrer por Alex, não tinha paciência pra lhe consolar se a francesa estivesse no meio.
No bar, Ruby começou a beber sem se preocupar como iria pra casa, estava puta com o mundo e tocou o foda-se. Observando-a de longe, Henry pensou o que levara a filha do chefe para um bar misto, já que não era adepta de frequentar lugares assim, a CEO tinha dinheiro suficiente para fechar um lugar inteiro só pra si se quisesse. Notou que Ruby pediu uma garrafa de vodca e uísque, alternando as bebidas, em pouco tempo já estava sorrindo para homens que flertavam com ela. Henry soube que tinha que agir antes que algo pior acontecesse.

- Ruby vem comigo, vou te levar pra casa.
- Opa cara, ela está comigo.

Um homem cheirando a cigarro e cerveja, tira a mão de Henry do ombro de Ruby.

- Ela não está em condições de ficar com ninguém amigo, e outra ela não gosta da fruta.
- Vou fazer ela gostar.
- Eu gosto de frutas.

Totalmente bêbada e sem nenhum controle de suas ações, Ruby passa um dos dedos no rosto do rapaz desconhecido. Henry fala em seu ouvido que se refere a outra coisa, mas a CEO não entende.

- Então vamos para minha casa, tem muitas frutas lá.

O homem que conversava com Ruby se levanta e pega em seu braço, mas Henry, faz a CEO sentar-se novamente e diz sério com autoridade para o cara.

- Se você forçar essa mulher sair daqui totalmente bêbada e sem condições nenhuma de cuidar de si própria eu vou chamar a polícia e te acusar de estupro de vulnerável.
- Estupro? Você está louco, ela quer ir comigo.
- Ambos sabemos o que vai acontecer com ela caso a tire daqui.

O homem recua, pensa por alguns instantes e a contragosto deixa Ruby aos cuidados de Henry, no fundo sabia que a mulher não estava em condições de dizer o que queria ou não, responder a um crime sexual não estava em seus planos.

- Até outro dia gata!

Ruby sorri e dá um tchauzinho, alheia totalmente ao perigo que se expôs. Quando o cara enfim se afasta, Henry fica na frente de Ruby e antes que falasse algo, ela vomita em sua roupa, fica puto, mas mantém a calma, não podia perder a paciência, não naquele momento e não com aquela pessoa. O jovem advogado pede ajuda a uma garçonete e coloca Ruby em seu carro.
Durante o caminho, Ruby canta e passa a mão no braço de Henry que tira e fala pra ela parar.

- Para com isso...vou te levar pra casa do seu pai, porque não sei onde fica a sua.
- Bla bla bla, hahaha, papai não vai gostar de me ver assim...

Ruby faz um beicinho sentido, Henry passa a mão nos cabelos, tinha um problema nas mãos, Raphael com certeza daria um sermão na filha e Sarah tripudiaria em cima da desgraça da enteada. Sem opção, leva Ruby para seu apto, mesmo que perguntasse a ela o endereço, a CEO não saberia dizer mesmo que quisesse, não estava em condições, cantava e ria sem ter noção nenhuma onde estava e com quem estava.

****

Quando chegou em seu apto, Henry teve que levar Ruby no colo, fica surpreso ao perceber que apesar dela ser malhada era leve. Mesmo tendo vomitado, o jovem sentia o perfume da CEO através das suas roupas que secretamente achava uma delícia.
Henry deixa Ruby no sofá e perde o fôlego ao notar  que a mulher era ainda mais linda dormindo e agradece aos céus por estar no local certo e na hora certa, sabe Deus o que teria acontecido com ela.
Deixa Ruby dormindo e vai tomar banho, fedia a vômito e a cigarro, ainda tinha que pensar no que fazer
com a filha de Raphael.

****

Depois de tomar banho e voltar pra sala, Henry olhou para Ruby por longos minutos até ter a coragem de tirar suas roupas e lhe dar banho, se a irmã ainda morasse com ele, pediria a ela. Mas teria que se virar sozinho, não podia deixar a garota fedendo a seu próprio vômito, seu apto já cheirava mal por conta do odor forte.
Pega a CEO no colo novamente e a leva para o banheiro, no caminho ouve os resmungos incompreensíveis de Ruby e sorri. No banheiro, deixa Ruby sentada em um tapete e liga a torneira de água quente da banheira, enquanto isso, tira as roupas dela com cuidado. Não quis despi-la totalmente, porém teve que controlar a tentação e o desejo.
Depois que a banheira encheu, Henry coloca Ruby dentro e começa a lhe dar banho, molha seu cabelo e o lava com shampoo, passa sabonete no pescoço e nos braços pra tirar não só uma fina crosta do vômito como o cheiro também. Para seu azar, a camisa da CEO que era branca, em contato com a água ficou transparente, os seios perfeitos de Ruby "aparecem" através do tecido molhado.
Sentindo a água mais fria que morna, Ruby resmunga sonolenta:

- Hum! Água gelada.

Henry não consegue segurar a irritação e responde impaciente:

- Se não tivesse bebido igual uma gambá não estaria aqui, sorte sua que não sou mau caráter.
- Não briga comigo.

Ruby choraminga e Henry se sente péssimo, já tinha curado uma bebedeira da irmã e sabia que a noite estava só começando.

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