Capítulo: 33

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Stella

Depois de rolar na cama a noite inteira e não conseguir dormir, Stella levanta com o sol batendo na janela. O dia estava lindo e sua alma angustiada, quando foi para a cozinha pra tomar café, nota que a irmã já saíra para o trabalho, deixando-lhe um bilhete.

"CONTE AINDA HOJE PARA DANIELLE OU EU CONTO."

Stella suspira longamente, não podia mais adiar, Esther não estava brincando. Pensou em uma conversa durante o caminho do trabalho para ter com Danielle.
Ao chegar em sua mesa, notou que Lilly não tinha chego, entra na sala de Ruby para fazer o café, e recolhe as roupas que a CEO usara no dia anterior do banheiro. Ruby tinha uma funcionária pra fazer isso, mas estava doente e Stella não se importou em ter que fazer o serviço por uns dias.
Quando termina de fazer as pequenas tarefas , volta para sua mesa, Raphael estava em pé mexendo no celular.

- Bom dia, minha filha já chegou?
- Bom dia, Sr. Bismarck ainda não.

Stella estranha a pergunta dele, ainda eram 08:25 da manhã, todos na empresa sabiam que Ruby raramente entrava antes das 10:00. Com ironia, pensa na CEO, que com certeza dormia tranquila e confortável em sua cama.

- Fale pra Ruby,  ir até minha sala quando chegar.
- Ok.

Assim que Raphael se retira, Stella recebe uma mensagem por torpedo de Lilly, avisando estar indisposta e que não iria trabalhar. A secretária executiva, pede para que Stella atenda Ruby no que ela precisasse e que fosse paciente.
Stella se irrita, embora, precisasse do emprego, não queria ser assistente pessoal de Ruby por nenhum dia. Sem escolhas, ocupa sua mente com o trabalho, teria que ter paciência dupla, o dia iria render e demoraria a passar.

Ruby

Ruby resmunga algo que Henry não entende, a noite tinha sido longa, o sono dela era agitado, ora chorava e em outras chamava por Alex.
Henry conhecia de vista a francesa, nunca soube o porque do término, apesar de confiar nele, Raphael nunca lhe disse o porque de odiar Alex, em seu íntimo achava que tinha algo errado ali.
Tenta se levantar mas sem sucesso, Ruby estava deitada em seu peito e com uma das pernas em cima da sua. Henry não se lembra em que momento da noite aconteceu, mas o abraço dela era gostoso e reconfortante. Fazia um tempo que não saia com alguém, desacostumou a dividir a cama com outra pessoa, Ruby era espaçosa, se mexia muito durante o sono, além de falar enquanto dormia. No fim, o jovem advogado estava cansado, por não ter tido uma boa noite de sono.
Mesmo cansado, resolve levantar e acordar Ruby.

- Ruby acorde, já são nove da manhã e preciso ir trabalhar.
- Hum! Não.

Ainda dormindo, a CEO franze o cenho fazendo beicinho, se aconchegando ainda mais em Henry.
Sem poder controlar os desejos do seu corpo e mente, Henry nota uma pequena ereção, fica constrangido ao pensar que se Ruby visse, ficaria sem graça.

- Ruby! Por favor acorda, cacete que situação.
- Nãããooooooo.
- Você tem uma vida de princesa, pessoas como eu tem trabalhar.
- Hum!

Henry nota que a camisa que Ruby usava, estava com dois botões abertos, de certo abriram por ela se mexer tanto a noite pensou. Vislumbrou um dos seios, eram lindos sem dúvidas e com certeza macios, devia ser gostoso beijá-los. Aborrecido com pensamentos que não deveria ter, Henry aproveita que a CEO não o abraçava mais e levanta, corre até o banheiro, para tomar banho e disfarçar a ereção.

****

Ruby acorda sentindo cheiro de café novamente, diferente da última vez, já sabia onde estava. Sua cabeça doía muito e a ressaca ainda mais forte, do lado da cama em uma mesinha, havia um comprimido e água e tomou. Levanta da cama e vai atrás de Henry, o encontra na cozinha distraído com os ovos mexidos que preparava, o advogado já estava vestido pra trabalhar, Ruby o achou bonito, apesar de nunca ter reparado muito nele.

- Oi Henry.

Henry se vira, como da outra vez, fica estupefato com a beleza de Ruby ao acordar, mas disfarça.

- Oi moça, como se sente?
- Bem...

Ruby estranha a gentileza de Henry, não se lembrava que chorou muito e que ele a consolou, só lembrou que ele brincou ao dizer que haviam transado. Sua mente apagara diversas coisas.

- Ovos mexidos?
- Não, eu não como, sou vegana.
- Ah! É verdade, tenho frutas e cereal.
- Café somente.

Apesar de estarem se tratando cordialmente, um clima estranho pairava no ar, ambos se evitavam.

- Onde está minha roupa e meu celular?
- Seu celular eu não sei, sua roupa está na lavanderia, passada e dobrada.

Ruby vai até a lavanderia e se troca ali mesmo, só depois que tira a camisa se dá conta que não usava roupas íntimas, fica envergonhada novamente, tinha ciência que Henry não se aproveitou, entretanto, ele era homem e com certeza não deixou de conferir seu corpo, ainda que a detestasse.

- As chaves do meu carro não estão no meu bolso.
- Bom Ruby, eu não sei onde você pode ter deixado, com certeza deixou seus pertences largados por aí. Mas te dou carona até a empresa.
- Você está louco se acha que vou chegar com você lá, para que? Para os funcionários falarem ainda mais de mim? Nem morta.

Henry acha graça das palavras dela, Ruby pagava um alto preço por ser uma mulher livre sexualmente.

- E quem falou que eu quero chegar com você, eu tenho uma reputação a zelar.
- Hahaha que engraçado, quem tem uma reputação a zelar sou eu.
- Tem mesmo, só não está fazendo direito, hahaha.

Henry dá uma gargalhada deixando Ruby irritada e com mais pressa de ir embora.

- Chama um Uber pra mim por favor, eu vou pra casa, me trocar.
- Certo, mas posso te levar em casa se quiser.
- Eu não quero, já passamos tempo demais juntos.
- Tem razão, você é muito chata.

Henry provoca a CEO que não liga e espera por seu Uber visivelmente irritada. Nem sob tortura diria alguém que passou a noite com ele, ninguém ia acreditar que não fizeram nada, ela própria não acreditava, só queria ir pra casa e esquecer a noite tribulada que teve.

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