Século 17, Europa.
Anastacia Riley, uma herdeira milionaria que execrava a própria família por motivos
contrassensos e resídia sozinha no Sudeste da Inglaterra, em uma pequena cidade chamada Burford. Com quase 21 anos, tinha um apartamento dado por seu pai, que sempre amara a garota de cabelos loiros e ondulados. Não que ela não amasse o pai, mas seus antecedentes nunca foram o exemplo.
os Riley eram conhecidos popularmente por suas condições, sendo uma das famílias mais famosas do continente europeu.
Era uma tarde de outono em 1641, Anastacia estava em uma pequena cafeteria apreciando um pedaço de torta de framboesa e lendo um romance quando avistou um rapaz de cabelo escuro sentar-se na mesa ao lado da sua.-É um bom livro- Ele disse em um tom baixo e sutil.
-Desculpe?
-O livro, é um bom livro.- Ele repete, aproximando-se.
-É difícil encontrar alguém de bom humor por aqui.- Diz a moça, dando uma garfada na torta-Como se chama?
-Louie. Louie Carter. E você?
-Anastacia Riley.
-Uma Riley numa cidade como essa? Estranho.
-É apenas um sobrenome.-Anastacia rebateu com um toque de grosseria e o moreno deu de ombros.
-Seria atrevimento demais lhe pedir para tomar um café comigo?
-Seria.- O rapaz olha para baixo e dá uma risada nasal após a resposta da garota.-Mas eu aceito. Contanto que seja aqui, não gosto de conhecer lugares novos, prefiro o comum.
-Perfeito. Amanhã, ás 3 da tarde, aqui.
-Até mais.- A mesma diz deixando 3 libras no balcão pela torta.
No dia seguinte, um tanto ansiosa pelo encontro com o garoto da cafeteria, ela se arrumava enquanto ouvia música classica.
Anastacia usava um vestido azul e um chapeu branco por cima do cabelo cacheado
Ela chegou atrasada, mas não tanto assim. Perto das três e dez da tarde.
Quase uma hora depois e nem um sinal de Louie e ela só conseguia pensar que realmente deveria ser bom demais para ser verdade. Esperou até as cinco horas, mas ele não apareceu, como havia imaginado. Mas quando ela estava prestes a deixar a cafeteria, viu ele entrar acompanhado de uma mulher alta de cabelos longos, 20 e poucos anos. Uma ponta de decepção surgiu por esperar algo a mais, mas já estava voltando ao seu apartamento no Centro.
Antes de entrar, avista Louie parado na entrada, e se pergunta "como ele chegou tão rápido?"-Não é um bom gesto me deixar esperando e aparecer com outra mulher.- Riley disse com uma ponta de cinismo.
-Acho que você entendeu errado.-Ele responde soltando uma risada sútil.-Me desculpe pelo atraso, não foi como planejei. Agora sobre a mulher, era apenas minha irmã que estava conhecendo o Centro, como eu já estava a vir para cá, ela me pediu para que a trouxesse comigo. Eu ia lhe explicar mas você não me deu a oportunidade.-Ele diz e um sorriso surgiu em seu rosto.
-Bom, em minha defesa, vocês não se parecem nem um pouco.
-Sabemos disso. Ainda podemos tomar um café?- O rapaz pergunta a ela, com uma cara de quem imploraria se fosse preciso.
-Não gosto de café. Prefiro chá branco, e uma fatia de torta. Vamos.- Disse, mas sem demonstrar muito intusiasmo.
A tarde foi ótima, muitas risadas, muita conversa e novas descobertas. E assim foi por exatamente um ano, todas as tardes, eles se encontravam as cinco e meia da tarde na cafeteria e faziam exatamente o mesmo pedido.
Chá branco com uma fatia de torta de framboesa para Anastacia e um café para Louie. Essa se tornou a marca registrada deles, aquela cafeteria no Centro de Burford.
Os dois sabiam que estavam se apaixonando, mas não é como se alguém pudesse culpá-los. Eles tinham muito em comum, e ao mesmo tempo, eram totalmente diferentes.
A família de Louie sempre teve uma condição financeira apertada, enquanto Anastacia sempre teve tudo do bom e do alto, mimada por ser a única filha mulher de seu pai, que era dono de quase tudo na Europa. Aos 18 anos, decidiu por si só ir embora, ela não queria carregar o peso de ser uma Riley. Seu pai não negou. Ele era um homem ruím, mas quando se tratava de sua filha, o fazia de tudo para vê-lá sorrir.
Enquanto Louie sempre morou em Burford com seu pai, seus dois irmãos, sua irmã e sua mãe. O pai havia morrido lutando em uma guerra, e ele sabia que teria de ser o próximo a ir defender seu povo por ser o filho mais velho.
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Thing of Souls
FanfictionEm meados do século 17, Anastacia e Louie vivem um romance apaixonante, eles só não contavam com um contra-tempo que destruirá esse relacionamento. Mas, uma conexão de almas nunca se perde... Já no ano de 2022, em Outer Banks, um pogue e uma kook qu...