12 - Right people don't exist...

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P.O.V'S DANI

depois de sair do escritório do pastor deixando uma kauana irritada pra trás, fui direto pro banheiro lavar minhas mãos e em seguida fui procurar meu pai, entrei no grande salão e o vi conversar animado com o pai da kauana, como não queria interromper apenas fui me sentar em um dos bancos que tinha ali, me sentei e fiquei encarando o nada por algum tempo.

mas isso foi interrompido por alguém que se sentou ao meu lado, tentei não me importar com a presença do garoto que acabará de sentar ao meu lado, porém o mesmo me olhava curioso.

- você é amiga da kauana? - olhei pra ele de relance e assenti, não queria conversar ainda mais com ele que tinha cara de mauricinho.

- me chamo Guilherme - diz e eu olho pra ele com uma expressão neutra. - Daniela - digo seca e ele me olha dos pés a cabeça.

- você é muito próxima da kauana? - questiona e isso me faz ter um certo receio, afinal pra que ele quer saber qual minha relação com ela?.

- não é da sua conta - digo o mais séria que consigo e ele dá uma risada forçada.

- bom e que eu estava perto do escritório do pai dela e ouvi uns barulhos estranhos, e logo após isso você saiu de lá, pensei que talvez vocês fossem íntimas - fala em um tom de voz bem calmo, mas consegui sentir as segundas intenções nas entrelinhas.

- como eu disse, não é da sua conta - digo dessa vez irritada já que só a presença dele me deixa desconfortável.

- claro, só queria saber mesmo - diz e se levanta indo na direção contraria, observo ele sair da igreja e logo volto a me sentar confortavelmente no banco.

vi meu pai se aproximar junto com o pastor Luis e parar a minha frente. - vamos filha, já terminei - diz e eu assinto.

- então Dani está gostando do culto dos jovens? minha filha kauana e a encarregada - diz e eu assinto.

- com toda certeza, ela é ótima! - digo com um duplo sentido que passa despercebido pelo mais velho que apenas sorri orgulhoso da filha.

- que bom, espero vê-la no próximo - diz e me estende a mão em forma de cumprimento, aperto a mesma e tenho que conter um sorriso só de imaginar que a mesma mão que ele está apertando agora, é a mão que proporcionou há alguns minutos um orgasmo na filhinha dele.

após isso meu pai e eu nós despedimos do mesmo e fomos em direção ao estacionamento onde o carro do meu pai estava estacionado, entrei no banco do carona e logo meu pai deu partida indo em direção a nossa casa.

nem notei quando chegamos na frente do prédio, na minha cabeça só vinha a conversa que eu tive com o tal de Guilherme, e o porquê dele querer saber sobre minha relação com a kau, e o mais preocupante, se ele desconfiava de nós.

sai desses devaneios com meu pai me chamando, peguei minha mochila no banco de trás e sai do carro, e entrei no elevador. fiquei o tempo todo em silêncio, meu pai notou que eu estava muito calada, mas não me importei, não queria dar explicações naquele momento.

assim que chegamos em casa fui direto pro quarto ouvindo minha mãe gritar falando que tinha comida pronta, me joguei na cama soltando a mochila no chão e soltei um suspiro frustrado.

não parava de pensar naquele maldito garoto e nas palavras dele, se ele realmente soubesse que há algo entre mim e a kauana ele diria pra alguém, provavelmente pros pais dela o que causaria uma enorme confusão.

e eu não queria isso, deve ser decisão dela contar ou não pros pais sobre sua sexualidade, não eles ficarem sabendo por fofocas.

isso deixaria a kauana arrasada, ele ainda tá se descobrindo e nem eu nem ninguém deveríamos nós meter nisso.

Angel who fell into my lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora