With love

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POV : LOUIS

Louis, e-eu...

— Não, não diz nada ainda. Só me abraça !

E na mesma hora ele me abraçou, nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Era como se meus braços tivessem sido feitos pra abraçar o corpo dele.

Harry se afastou do abraço e começou a beijar o meu rosto. Ri achando aquilo a coisa mais adorável do mundo. Enfim tendo já beijado todo o meu rosto, Harry pegou na minha nuca e roçou nossos lábios como na primeira vez em que nos beijamos.

— Eu posso?

— Claro que sim ! –falei rindo e ele deu uma risada.

E a mágica aconteceu. Era como se os lábios dele fossem viciantes pra mim. Eles eram como o oxigênio serve para respirarmos. Eu precisava dos toques doces e gentis dos lábios fartos e macios dele.

Logo sua língua adentrou a minha boca, permiti passagem pondo minha língua na boca dele também. Arrastei minha mão tentando chegar até ele e então apertei sua cintura. Harry gemeu alto e paramos o beijo, eu tomei um susto e ele começou a rir com a cabeça apoiada no meu ombro, com certeza estava com vergonha.

Eu achei a coisa mais fofa do mundo. Parecia que tudo o que Harry fazia se  tornavam "as melhores coisas do mundo" pra mim.

Ele me beijou outra vez antes que minha respiração voltasse ao normal.

Um tempo depois paramos e ficamos em silêncio, um silêncio confortante, era apenas silêncio. Nossos corpos estavam abraçados e deitados na cama. Não tinha nada melhor que isso.

— Sabe, eu...–quebrei o silêncio começando a falar. — No dia em que te encontrei desmaiado eu estava indo te propor uma coisa...

— O que era?

— Eu queria sair. –soltei o ar, eu nunca "saí" depois da cegueira.

— Sério? Você tem certeza?

— Sim, eu tenho ! –disse confiante.

— Então vamos hoje mesmo. –ele disse empolgado desfazendo o abraço, se levantando da cama. — Vamos, levanta gatinho. Podemos sair agora mesmo ! –suas intensões eram as mais sinceras e eu sorria de orelha a orelha por tamanha sorte que eu tinha, de ter o único Harry Styles do mundo só pra mim.

— Claro baby ! –levantei com a ajuda dele.

Harry me levou para o quarto e escovou os meus dentes, me deu uma roupa e as coisas para fazer minha higiene. Entrei no banheiro e ele foi para o quarto dele.

Minutos depois eu já estava pronto, apalpei o ar até achar a porta e saí do banheiro.

— Que lindo você está. –sua voz saiu doce e um pouco rouca, mas mesmo assim eu me assustei. Pensei que ele estava no quarto dele.

— Aí que susto merda ! –pus a mão no coração e ele soltou uma gargalhada gostosa, o que me fez rir também. — Você já se arrumou?

— Já, estava só te esperando.

— Eu já estou pronto. –sorri satisfeito, mas logo me assustei com Harry tentando tirar a minha blusa. — O que você tá fazendo?!

— Pera aí Lou. –ele disse calmo depois de tirar a blusa da minha cabeça. Um segundo depois ele a colocou de volta. — Pronto.

— O que você fez?

— Estava do lado do avesso Boo Bear. –pisquei o olho algumas vezes por aquele apelido.

— "Boo Bear" ??

— Eu ouvi sua mãe te chamar assim e achei a coisa mais fofa. –riu baixinho e eu dei de ombros.

Entrelaçamos nossas mãos e Harry abriu a porta do quarto para eu sair, depois fez o mesmo com a porta da casa. Saímos enfim. Senti a brisa da manhã e a queimação do sol na minha pele que deveria estar mais pálida que o normal por eu não estar pegando sol.

Faz alguns dias que parei com a terapia, então não tinha saído mais.

Mesmo assim eu estava bem e feliz, e era isso que importava ! Entrei no carro com a ajuda de Harry que colocou meu cinto de segurança.

— Para onde vamos?

— Vamos pra um lugar que eu gosto muito aqui em Londres.

— hum, aonde?

— Na padaria "With love..."

— Existe mesmo esse lugar? –ri desacreditado.

— Claro, eu sempre ia lá com...–ele parou e eu fiquei atento. — Com a minha mãe. –disse baixo e meu coração se apertou.

— A propósito, como ela está?

— Na mesma, vão...vão desligar os aparelhos. –sua voz embargou com tamanha tristeza que ele carregava nela.

— O-o que?! –praticamente gritei e ele ficou em silêncio.

— Você tá bem Lou? –eu assenti totalmente trêmulo e choroso.

— Eu só tô... impressionado. Você deve estar muito mal Harry. Eu sinto muito mesmo. –lamentei com dor em minha voz, porque em mim também doía, essa senhora ia morrer por minha causa.

— Tudo bem meu gatinho, eu sei que ela suportou enquanto pôde. Se estiver na hora dos anjinhos levarem ela eu sei que vai ficar tudo bem. Ela sempre fala isso " We'll be alright, We'll be a fine line".

Ele estava certo tudo ia ficar bem, eu tinha que manter esse pensamento também. Era isso ou eu entraria em estado de pânico.

Continuamos a viagem até chegar na tal padaria. Harry abriu a porta para eu sair, entrelaçamos nossas mãos e fomos andando até a entrada da padaria.

— Me espera aqui gatinho. –sentei com a ajuda de Harry.

— Ok ! –ele beijou minha testa e saiu. Foi ao balcão buscar nosso café da manhã.

×

Alguns dias se passaram em alegria e harmonia. Mamãe e papai haviam aceitado de bom grado nosso namoro. O que me aliviou. Eu tinha medo do meu pai não gostar da ideia, mas ele já adorava Harry, agora então, nem se fala !

— Amor tá tudo certinho pra nós irmos. –sorri grande e estendi a mão, que ele delicadamente pegou dando um beijo estalado.

— Vamos meu narcisista implicante. –ele riu e eu também.

Estávamos indo no hospital. Eu iria conhecer a mãe do Harry e meu estômago estava num turbilhão de emoções. Eu estava completamente desesperado !!

Chegamos no hospital antes do almoço, Harry e eu fomos até o quarto dela. Travei perante a porta com medo mas ele me assegurou de que daria tudo certo.

— Olá mamãe, este é o Louis. Meu namorado. –disse meigo levando-me até a cadeira perto da cama.

— O-olá senhora Styles, é um prazer conhecê-la. –acaricirei sua mão, mas não obtive nenhuma resposta, ela ainda estava em coma.

Harry e eu ficamos mais um tempo falando com ela e contando como nos conhecemos. Dizem que as pessoas que ficam em coma ainda assim ouvem o que a gente fala.

Depois fomos pra casa e passamos o dia comendo besteiras e conversando.

Um Covarde Para O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora