Capítulo 17 - Estágios

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[...]


No dia seguinte ao festival esportivo Aizawa declarou que eles teriam uma folga, e assim foi feito. No dia seguinte não houve aulas.

Mas ninguém ainda estava ciente das mudanças que os circulavam, isto era, com as exceções de Green, Aka to Kuro e Le Noir, este último tendo se revelado para o pequeno demônio como Aizawa Shouta, o Pro Hero EraserHead

Ainda não havia sido revelado ao público o ataque a Ingenium, mas Green é um fofoqueiro e já sabia sobre tudo. Ele teve que fazer alguns favorezinhos ao Stain para saber todos os detalhes, mas nada que fosse muito difícil para si

Enquanto isso Todoroki Shoto encarava a porta do hospital hesitante, sua mão tremia. Ele nunca visitou Rei depois que Enji a levou embora

Mas ele sentia que a ver resolveria todas as confusões postas em sua cabeça, Shoto queria matar Endeavour e fazê-lo pagar por tornar sua vida um inferno, fazê-lo arrepender-se de ter nascido. Mas Izuku disse que matar era crime e errado. Ele deveria sentir remorso por tirar vidas não deveria? Então por que ele se sentia tão bem? A melhor opção seria o vilanismo como Izuku havia falado? Ou vigilanismo? Mas o vigilanismo era para pessoas que tem boas intenções, mas métodos questionáveis. Sua única intenção era trazer o inferno a Enji e as pessoas que ele matava era porque ele gostava disso. Então ser um vilão é a melhor opção? Mas ele estava na 1-A da melhor escola de heróis do Japão! Mas Izuku também estava lá e era um vigilante... Sua mente estava uma bagunça completa

Em um impulso ele abriu a porta.

Era um quarto de hospital normal, uma cama com lençóis azuis esverdeados, uma escrivaninha de madeira e uma janela com um vaso de flores azuis nela. Ele reconhecia essas flores. Eram as favoritas de sua mãe, quem as deixaria ali?

A pessoas lá dentro estava sentada na cama olhando para a janela, seus cabelos eram inteiramente brancos e completamente lisos. Assim que ouviu o barulho da porta ela se virou um pouco surpresa

Seus olhos eram um cinza profundo e tedioso, como se não se importasse com nada no mundo. Ela olhou para o bicolor fechando a porta atrás de si e sorriu, foi um sorriso gentil e colhedor que entrou em contraste com aqueles olhos mortos, mas com esperanças

Era confuso

— Sho... você cresceu — uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto sem a sua permissão ao ver o filho ali

— Mãe... eu... — depois de tanto tempo, ele não sabia mais o que dizer

— Sente-se primeiro — disse apontando para o pequeno banquinho que formava um conjunto com a escrivaninha, Shoto não contestou e sentou-se ali

Sem mais delongas, Rei derramou-se em lágrimas — Me desculpe — disse soluçando

O mais novo sabia sobre o que ela falava, era sobre quando ele havia acabado de fazer quatro anos e ele despertou a quirk onde ela viu Enji em seu lado esquerdo e sem hesitar derrubou a água quente da chaleira em si, doeu como o inferno, mas um tempo depois aquela dor se tornou mínima, pois o estrago que seu pai fazia em si era maior do que uma simples queimadura de terceiro grau

Ele levantou-se e a abraçou pela primeira vez em pouco mais de dez anos — Não se preocupe, mãe... — murmurou

Demorou um tempo, mas ela se acalmou, Shoto não voltou para o banco, mas sentou-se ao seu lado na cama, com o tempo eles começaram a conversar normalmente e ele contou a ela sobre tudo o que estava em sua cabeça, Rei simplesmente ouviu em silêncio

— Apenas siga seu coração Sho... — falou depois de um tempo

— Mesmo se meu coração me disser para matar indiscriminadamente? Apenas por que eu gosto? — perguntou hesitante olhando para o chão, era a primeira vez que ele falava sobre isso com alguém

E se Izuku tivesse uma quirk demoníaca?Onde histórias criam vida. Descubra agora