Capítulo 31 - Motivações

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Katsuki olhou para o teto banhado pelos pequenos feixes de luz da manhã. O Sol estava se infiltrando através da janela lentamente. E ele não conseguiu fechar os olhos por mais de alguns segundos.

Tudo bem que há apenas algumas horas ele estava amarrado a um bar cheio de vilões e foi resgatado pelos idiotas de seus colegas de classe, ele entende que mentir para um detetive com uma individualidade que funciona como um detector de mentiras foi um pico de adrenalina.

Mas principalmente, tudo foi cansativo.

E ele ainda não conseguia dormir!

Katsuki rolou para o lado, e depois para o outro, inquieto. A coberta se embolando contra seu corpo a medida que o frio da madrugada se esvaia. Ele chutou o pedaço de tecido para fora da cama, agressivamente.

O que estava de errado com ele?!

Sua mente divagava para tudo e nada ao mesmo tempo. E no fundo Bakugou sabia o que o incomodava.

E tinha nome e sobrenome

Kirishima Ejirou.

Quando ele se tornou tão ligado ao namorado?

Katsuki queria se agarrar aquele homem com o cabelo de merda e não soltar mais. Queria puxá-lo para a cama com ele e mantê-lo preso lá enquanto o obriga a lhe dar carinho.

Mas principalmente, ele queria desabafar.

Ele deu um olhar persistente para seu telefone carregando na escrivaninha perfeitamente ao alcance de seu braço. Isso não durou mais de 5 segundos antes dele imediatamente arrancar o aparelho da carga e começar a procurar pelo número correto em seus contatos.

Impaciente, ele clicou.

Bakugou acha que nunca viu uma chamada sendo atendida tão rápido em sua vida.

— Katsuki!? —

— Eai, Eji — Seu peito se aqueceu, toda a inquietação que ele sentia repentinamente sumiu, como se nunca tivesse estado lá em primeiro lugar.

— Puta merda! Você ta bem? O que aconteceu? Como você fugiu?! Você fugiu né? Katsu- — Katsuki se deixou levar, aproveitando a sensação gostosa e acalorada que veio junto da voz dele

— Eu estou bem. É... ah... — As palavras de Izuku surgiram em sua mente, dizendo explicitamente para deixar todo o incidente apenas entre as pessoas que participaram dele. — Foda-se. Vem cá, eu estou em casa. Preciso te contar tudo o que aconteceu. —

Ejirou apareceu em menos de dez minutos. Katsuki decidiu esperar do lado de fora da porta, para não arriscar que o barulho estridente da campainha acorde seus pais. Ele não perdeu o flash vermelho correndo em direção a ele a uma velocidade incrível.

Ele abriu um sorriso suave, carinhoso, ao abrir os braços e esperar o impacto chegar. Katsuki mal se equilibrou de pé ao ser agarrado pelo outro.

Kirishima o segurou como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo. Uma relíquia rara e única.

— Nunca mais faça isso! —

— Sendo sequestrado? —

— Me preocupar desse jeito! Seu idiota! — Kirishima agarrou o rosto dele com as duas mãos e o puxou para um beijo cheio de paixão. E, principalmente, saudade.

Aquele momento não durou muito tempo, não importa o quanto ambos quisessem. Katsuki tinha coisas que queria falar e precisava tirar da cabeça o mais rápido possível.

Dentro de alguns minutos, ambos estavam sentados na cama de solteiro de Katsuki no aconchego do quarto. Lado a lado e olho no olho, eles se atualizaram sobre os ocorridos.

E se Izuku tivesse uma quirk demoníaca?Onde histórias criam vida. Descubra agora