Capítulo 30 - Entendimento e... Ochako, mas que porra é essa?

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[...]

A falta de luz não foi um grande problema. Izuku manteve seu fogo aceso durante todo o momento em que o grupo caminhava pelos corredores da base. Com Ochako liderando o caminho, eles saíram por uma janela lateral.

Desde a saída de Stain, ninguém ousou dizer uma palavra. O que eles diriam? Um silêncio constrangedor era o que consumia o ambiente, e nenhum deles se designou a quebrá-lo até o momento.

Os passos de Katsuki eram fundos, mas ainda silenciosos. Bem, silenciosos o suficiente se comparados aos de Izuku, que nem pareia estar presente, e Nakahara, que flutuava. Literalmente.

Mas de maneira alguma Bakugou poderia ser comparado a um amador.

Assim que a caminhada finalmente parou, em um beco escuro próximo. O som de uma respiração pesada, foi ouvida. Imediatamente, todos os olhares voltaram para Katsuki.

— O que caralhos eu acabei de presenciar? — A realidade parecia finalmente tê-lo atingido. Seus olhos carmesins encararam as duas pessoas com ele sobre uma nova luz. Nakahara estava sem a máscara e sorria suavemente.

— Um resgate. — Izuku respondeu seco. Não entendendo a pergunta como sendo retórica. Kartsuki imediatamente lhe lançou um olhar que dizia 'Não me diga!'

— Eu sei que foi um resgate Nerd! Mas eu esperava profissionais! Alguém que tem experiencia, ou até mesmo os professores! — Era nítido que ele ainda estava incrédulo pelo que acabou de acontecer — Não dois dos meus colegas de sala, sozinhos! Não- Não sozinhos. Com Stain! O assassino de heróis. Deixa eu repetir: Assassino de Heróis! E o atual maior vigilante! Como você sequer conhece ele? —

Izuku e Nakahara ouviram atentamente aos gritos de Bakugou. Absorvendo toda a descrença que o loiro praticamente exalava com a sua voz sem respondê-lo.

— Vocês têm noção de que a maioria dos vilões lá dentro eram classe A? —

Nesse momento, Ochako retrucou — Não venha me dizer que você não planejava lutar com eles sozinhos assim que tivesse a chance. —

Katsuki ficou sem palavras, como ela poderia dizer algo tão insultante? Não que ela estivesse errada, ele teria aproveitado cada pequena abertura para explodir a cara dos bastardos. Mas de qualquer forma! Reagir a um sequestro e planejar uma invasão a uma base inimiga são duas coisas diferentes.

— Escuta aqui sua-! —

Antes que Bakugou pudesse completar o que viria a ser um insulto, três pessoas viraram a esquina do beco em que eles estavam.

Imediatamente, todos entraram em guarda.

— Se acalmem. Sou eu. — Apesar da fala, o único que se acalmou foi Izuku. Por ser o único a reconhecer a voz.

Nakahara imaginou que a terceira pessoa fosse Stain. E Bakugou nem sabia que eles tiveram ajuda de dentro.

— Está tudo bem. — Izuku disse, indo em direção as figuras. Assim que eles chegaram perto o suficiente para que as sombras da noite parassem de esconder suas feições, Todoroki Shoto, Dabi e Toga foram revelados ao pequeno grupo.

Dessa vez, não foi apenas Bakugou que ficou incrédulo, mas Nakahara também. Ela não sabia sobre nada disso. Pela primeira vez, ela se pegou perguntando o quão fora dos planos de Izuku ela estava.

Conhecer Chuuya Nakahara já deixou Ochako ciente de que Izuku não era alguém comum. Alguém que costumava ser um civil. Quando ele ligou perguntando para a Máfia do Porto, sobre o esconderijo da Liga, Ochako praticamente viu os avisos de 'perigo' a sua frente.

E se Izuku tivesse uma quirk demoníaca?Onde histórias criam vida. Descubra agora