𝔸𝕦𝕤𝕥𝕣á𝕝𝕚𝕒 𝕟𝕒𝕣𝕣𝕒𝕟𝕕𝕠
Saio da sala de aula assim que o sinal para o recreio bate, andava pelo corredor calmamente até sentir alguém segurando meu braço esquerdo com força.
- AUSTRÁLIA - abaixo o olhar e vejo China me olhando - VOCÊ PRECISA ACHAR O BRASIL - ele diz me fazendo gelar. Oque aconteceu com ele para fazê-lo sumir?
- o que? Oque aconteceu? - solto meu braço
- hoje na aula de filosofia o professor expulsou ele da sala porque ele tava dormindo, mandou ele pra diretoria e agora ninguém acha ele - ele fala em um ritmo acelerado sem respirar durante a fala.
- ele pode ainda estar lá - digo tentando parecer calmo. Eu sei que pode parecer que eu estou exagerando, mas eu me preocupo muito com ele, Brasil tem muitos problemas, ele não demonstra mas eu sei que tem.
- não está - o menor exclama parecendo com raiva - vamo fazer assim, você procura ele no dormitório dele, EUA, Rússia, Canadá, Argentina e Japão já estão procurando por ele.
- tudo bem, eu vou - ele dá um sorriso aliviado - se eu achar ele eu aviso - digo e saio em direção a escada para os andares de cima. A escola tem quatro andares, o dormitório do Bra fica no terceiro.
Subo as escadas correndo, os elevadores estão em reforma e não poderam ser usados pelos próximo dois meses.
Quando chego em frente ao dormitório que o Bra dividia com Jamaica, paro para recuperar a respiração e abro a porta, que por sorte não estava trancada.
Entro no quarto e vejo o garoto chorando em uma cama que eu presumo ser dele - Bra? Você tá bem? - pergunto fechando a porta e paro o olhando.
Sua cabeça se ergue lentamente, ele parecia não ter força para fazer isso.
- Aus...trá...lia? - ele pergunta gaguejando durante a palavra.
Seu corpo tremia e seus olhos quase não ficavam abertos. Corro em sua direção e seguro sua cabeça com a mão direita enquando seguro sua mão esquerda com a outra.
- oh darling, what's happening? - pergunto e o garoto começa a fungar.
- nada que você precise se preocupar - ele tira minha mão de cima da dele e começa a secar as lágrimas, fazendo uma feição de felicidade, o que eu sabia que ele não sentia.
- Honey, você pode contar comigo, para tudo - recoloco minha mão sobre a sua, dando um pequeno sorriso.
- É que - seus olhos lacrimejam mais uma vez, meu coração apertava cada vez mais por ver o meu tão amado Brasil, naquela situação - eu não sei mais o que fazer - uma lágrima escorre dos seus olhos.
- me diga, oque está acontecendo? No que eu posso te ajudar?
- você não pode fazer nada, eu... Tenho pesadelos, muitos e eu não consigo dormir - ele seca o rosto.
- você já foi em algum especialista? Com um diagnóstico você pode tomar remédio controlados para dormir - me sento na cama, de frente para ele.
- não, e nem vou - devo ter mudado de expressão, já que ele começou a se explicar - Portugal não me deixa tomar remédios - começo a ficar nervoso. Pelo oque eu percebi de pequenas conversas entre Brasil e o pai, os dois tem uma relação péssima, não sei o porque.
- porque não? Isso é pro seu bem! Ele não pode te privar disso! - passo as mãos pelo meu cabelo, tentando me acalmar.
- ele diz eu vou me viciar e nunca me deixa tomar nada, nem pra dor de cabeça, barriga, mal estar, nada - nunca gostei de Portugal, ele parece tratar o coitado do Brasil tão mal, e isso é uma prova disso - E eu não posso fazer isso escondido, ele controla todo o meu dinheiro, tudo que eu ganho, vai direto pra ele, eu quase nunca tenho acesso - cada palavra sua me deixava mais revoltado e triste. Brasil sempre foi uma boa pessoa, nunca fez mal a ninguém, não merecia nem de longe passar por isso.
- Eu... - tento dizer alguma coisa, fico em silêncio até uma idéia se passar pela minha cabeça - eu posso pagar para você - ele arregala os olhos
- não!
- porque não? Minha família tem dinheiro de sobra, EUA, México, Canadá e o meu pai também ficariam de acordo comigo - tento o convencer, mas parece que quando ele coloca algo na cabeça, nada tira isso dela.
- nem pensar! Olha - ele respira fundo - muito obrigado, mas eu não posso aceitar.
- porque não? - repito a pergunta anterior.
- porque eu não quero que ninguém tenha gastos por minha causa. Você já me ajudou muito Austrália, não posso aceitar isso de novo.
- então... O EUA paga - digo e ele me olha sério - Canadá? - sua expressão continua séria - não? ta bom - digo derrotado, por enquanto, mas eu ainda não desisti.
[...]
Avisei para o chinês que havia encontrado Brasil e que ele estava bem, falei com URSS e ele me deixou ficar com o brasileiro o resto da tarde, e disse que ia falar para os professores que eu tinha passado mal. Ele se importa muito com o Bra, ele cuida dele como se fosse seu filho, uma coisa que o próprio pai do garoto não faz.
URSS é meu padrasto, ele é casado com o meu pai, Reino Unido há 6 anos, e eu acho tão linda a forma em que os olhos dele brilham de orgulho quando falam do Brasil.
Eles se conheceram quando o Bra tinha 8 anos, o soviético praticamente criou ele, junto dos seus filhos, eles tem uma relação linda.
Passei a tarde conversando e me divertindo com Brasil, ele parecia estar se divertindo, bom trabalho Austrália.
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Oi gente, foi esse o segundo capítulo da fic, ficou curtinho e meio ruinzinho, pq eu não tive muito tempo mas queria atualizar. Hoje ou amanhã sai mais um.
Até mais e qualquer coisa me falem ;)
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mᥱᥙ ᥙ́ᥣ𝗍іm᥆ ⍴ᥱძіძ᥆ - ᑲrᥲsіᥣ
Fanfictionsіᥒ᥆⍴sᥱ: Brasil era o garoto carismático, sempre rodeado de amigos e iluminando qualquer ambiente com seu entusiasmo contagiante. . Após um surto suicida, acaba atraindo involuntariamente a atenção dos amigos para si. "Oque está acontecendo com Br...