𝐗𝐈𝐕 - eles.

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Urss estava em casa, aproveitando um raro momento de tranquilidade. Após a conversa com Brasil, as coisas haviam se acalmado. A sala estava iluminada por uma luz suave, e ele relaxava no sofá, os pés descalços, com um livro de poesia que havia começado recentemente. O som da chaleira no fogão preenchia o ambiente com uma sensação de aconchego. Ao seu lado Reino Unido estava absorto em algum artigo de relações econômicas.

O telefone de Urss toca, o som estridente quebrando o silêncio delicado da casa. Ele esticou a mão preguiçosamente para a mesa de centro, mas seu coração já pressentia o que estava por vir. Quando viu o nome no visor, suspirou profundamente. Era do trabalho.

- De novo? Reino Unido levantou os olhos do artigo, a expressão de leve irritação no rosto.

Urss atendeu o telefone, e antes que pudesse sequer cumprimentar a pessoa do outro lado, uma voz apressada começou a falar. - Urss, precisamos de você e do Reino Unido em uma reunião agora. É urgente. Algo surgiu e não pode esperar.

Ele fechou os olhos por um momento, sentindo o peso das palavras. Tentou argumentar. - Hoje? Mas estávamos de folga. Não pode ser resolvido amanhã?

A resposta foi rápida e incisiva: - Infelizmente, não. É uma questão sensível, e ambos são essenciais para a resolução. Precisamos de vocês dois no escritório em trinta minutos.

Ao desligar, Urss se permitiu um suspiro frustrado, jogando o celular no sofá com um gesto irritado. Reino. Unido já sabia o que viria a seguir. Ele não precisou perguntar. Estava tão envolvido no trabalho quanto Urss, e conhecia a urgência dos chamados inesperados.

- Vamos? - Reino Unido perguntou, fechando o laptop e se levantando do sofá, esticando os braços com um leve bocejo.

Urss assentiu, embora soubesse que esse seria mais um daqueles encontros em que não haveria fim de tarde tranquilo, nem noite despreocupada. Apenas mais responsabilidades, mais decisões difíceis.

- Me espere no carro, vou dizer para Brasil que estamos saindo - Reino Unido apenas revira os olhos e saí da casa - Brasil? - Urss diz assim que chega na porta do quarto.

- oi - fala baixo olhando para trás.

- Eu e Reino Unido estamos de saída. Você se importa de ficar sozinho por umas horas?

- Tudo bem - sorri fraco - vou ficar aqui mesmo.

- Mesmo? Qualquer coisa podemos te levar a outro lugar.

- Tá tudo bem, fica tranquilo - sorri fraco novamente.

Urss tem a atenção chamada para o desenho que o brasileiro fazia. Várias flores, uma família e uma paisagem.

- qualquer coisa me liga, se cuida.

- se cuida também - diz fazendo o homem sorrir enquanto vai embora. O medo toma conta do mais velho, deixar Brasil sozinho é uma decisão arriscada.

[...]
algumas horas se passaram e a casa estava vazia. Nenhum som. Brasil estava sentado no chão de seu pequeno quarto, de costas para a porta. As mãos tremiam enquanto ele tentava concentrar-se em uma folha amassada de papel, um esboço que jamais terminaria. A luz fraca que entrava pela janela não iluminava completamente o ambiente, deixando a maioria das sombras em paz, o que, ironicamente, trazia certo alívio. O silêncio era quase sufocante, mas melhor do que os sons de gritos e violência que ecoavam em sua mente.

Foi então que ele ouviu. Primeiro, passos pesados do lado de fora, misturados com o leve arrastar de pés machucados. O coração de Brasil disparou. Seus olhos se arregalaram, focados na porta de madeira desgastada que, agora, parecia um portal para o inferno. Eles estavam ali. Eles estavam de volta.

mᥱᥙ ᥙ́ᥣ𝗍іm᥆ ⍴ᥱძіძ᥆ - ᑲrᥲsіᥣOnde histórias criam vida. Descubra agora